Siemens espera cerca de R$ 41 bilhões em novos pedidos oriundos de programas governamentais de estímulo à economia

As tecnologias ambientais serão responsáveis por 40 por cento do volume planejado de pedidos até o final de 2012.

A Siemens espera conseguir novos pedidos da ordem de aproximadamente R$ 41 bilhões nos três próximos exercícios de 2010 a 2012, que serão gerados por meio de programas de estímulo do governo já anunciados ao redor do mundo. As tecnologias ambientais serão responsáveis por 40 por cento ou aproximadamente R$ 17 bilhões deste total, o que aumentará significativamente a fatia das receitas da empresa geradas por seu portfólio ambiental no futuro. A Siemens baseou suas projeções em uma análise inicial sistemática dos principais programas de incentivos.

No Brasil, a Siemens espera pedidos oriundos de programas de incentivos de cerca de R$ 1 bilhão. “Com seus programas, os governos no mundo inteiro estão enviando o sinal certo. Ante o cenário da pior crise econômica em décadas, essas medidas governamentais estão pelo menos amortecendo em parte, em alguns casos, as quedas bruscas na demanda do setor privado. Eles também deverão ter um efeito estabilizador em nosso negócio”, disse o presidente e CEO da Siemens, Peter Löscher. “Além disso, os programas governamentais protegerão os empregos no mundo. Grande parte dos investimentos em tecnologias ambientais provavelmente criará novos empregos ambientais também. Isto se aplica em especial à Siemens, o gigante da infraestrutura ‘verde’”, acrescentou Löscher.

Para vencer a crise econômica global, no mundo foram anunciados programas de incentivo de aproximadamente R$ 5,5 trilhões os quais, em alguns casos, já foram iniciados. Cerca de um terço deste total – ou algo em torno de R$ 1,9 bilhão – está destinado a investimentos em projetos de infraestrutura. O restante será obtido de cortes nos impostos dos domicílios privados.

O volume total planejado para gastos com infraestrutura que interessam à Siemens chegam a aproximadamente R$ 410 bilhões nos próximos três exercícios. Tendo em vista a atual participação média de mercado da empresa no mundo, esses gastos deverão gerar pedidos para a Siemens de cerca de R$ 41 bilhões, dos quais R$ 17 bilhões provavelmente virão de tecnologias ambientais. No exercício de 2008, as tecnologias ambientais da Siemens geraram receitas de R$ 52 bilhões. A empresa tenciona aumentar essa cifra para ao redor de R$ 69 bilhões ao ano até 2011.

Em uma comparação país a país, as parcelas dos programas de incentivo que a Siemens pode atender são maiores nos Estados Unidos, onde totalizam pouco mais de US$ 234 bilhões. A China está em segundo lugar, com parcela pertinente à Siemens de cerca de R$ 69 bilhões, seguida da Alemanha com aproximadamente R$ 14 bilhões. Grande parte desses programas de incentivo estão reservadas para tecnologias ambientais. Por exemplo, na China os investimentos ‘verdes’ são responsáveis por praticamente 50 por cento e cerca de 60 por cento na Alemanha. “Os vários governos estão fortemente focados nos investimentos sustentáveis. A Siemens tem como ajudar outros países a atingir suas metas de proteção climática, especialmente em estreita parceria com as comunidades locais”, disse Löscher.

O governo brasileiro lançou um programa ambicioso para acelerar o crescimento do país, que está focado principalmente em infraestrutura e apoia a intenção do Estado de impulsionar o plano estratégico das infraestruturas de transporte e energia. Aproximadamente R$ 500 bilhões estão sendo investidos para melhorar o que o país necessita: energia (45%), social/ urbano (40%) e logística (15%). De acordo com o governo brasileiro, esta iniciativa continuará nos próximos anos: os investimentos projetados para após 2010 deverão ser da ordem de R$ 500 bilhões, que serão distribuídos entre energia (93%), social/ urbano (~1%) e logística (6%).

O governo brasileiro também está patrocinando a utilização de energias limpas e renováveis e, mais do que isso, impulsionando a crescente demanda doméstica por eficiência ecológica. O tratamento das águas servidas também é uma questão que preocupa devido aos efeitos na saúde pública que sua ausência acarreta. Perto de R$ 10 bilhões estão sendo destinados para essa finalidade, principalmente em saneamento da água, energias renováveis e biocombustíveis.

A Siemens tem raízes profundas na maioria de seus mercados locais – e, na maioria dos casos, há mais de 100 anos. Valor agregado local, reputação como empregadora respeitada e importante e compromisso social da empresa e de seus colaboradores locais fazem da Siemens uma parceira confiáveis e valorizadas nas regiões ao redor do mundo. A empresa já ajudou a construir as infraestruturas em muitos países, agora trabalha para reviver suas economias por meio de investimentos adicionais nessas áreas.

Este é o caso das operações no Brasil, uma das economias com melhor atuação entre os mercados emergentes. Estabelecida ali desde 1905, a Siemens tem mais de 9 mil colaboradores sediados no País, atuando em sete centros de pesquisa e desenvolvimento e onze unidades fabris. Todos os três setores da Siemens detêm posições de liderança no Brasil (é a primeira em todos os setores, e a primeira ou segunda na maioria das divisões). ”A empresa está muito bem posicionada no mercado brasileiro devido a sua longa presença no país e seu compromisso com a história brasileira”, salienta Adilson Primo, CEO da Siemens Brasil. “A Siemens cresceu em conjunto com o Brasil desempenhando papel-chave na construção e modernização da infraestrutura do país: Temos uma história aqui!”