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12/04/2007 - 07:50

Transpetro assina contratos com estaleiro do Rio de Janeiro no valor de US$ 866 milhões para construção de nove navios petroleiros


Sob o lema “ Levantar âncora, Brasil”

A Transpetro (Petrobras Transporte) assinou no dia 11 de abril, no Rio de Janeiro, os contratos com o Consórcio Rio Naval para a construção de nove navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota da empresa, que faz parte do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal.

Participaram da solenidade, no Estaleiro Sermetal, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, o ministro do Desenvolvimento Econômico, Miguel Jorge, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, deputados federais Edmilson Valentim, Edson Santos, Luiz Sérgio, entre outros.

Ainda acompanhando o governador Sérgio Cabral, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, dos Transportes Júlio Lopes, da Habitação Noel de Carvalho, dos Direitos Humanos, Benedita da Silva, presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha, presidente do Sindmar e Conttmaff Severino Almeida, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Maurício de Mendonça Ramos, o presidente da ADVB/Rio, Aleksander Santos, a secretária municipal de Ciência e Tecnologia de Niterói, Jandira Feghalli, o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, o presidente do BNDES Demian Fiocca, Graça Foster, presidente da BR, diretores da Transpetro, deputados estaduais, dezenas de trabalhadores dos estaleiros e a turma de formandos de oficiais da marinha brasileira lotaram o evento.

O Consórcio Rio Naval vai construir cinco navios Aframax e quatro Panamax. As embarcações encomendadas no Rio serão entregues à Transpetro entre 2009 e 2012. A previsão é de que dois novos Aframax sejam incorporados à frota da empresa já no primeiro ano de entregas.

Esta primeira fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro prevê a construção de 26 navios. A metade será construída no Rio de Janeiro, gerando no estado mais de 11 mil novos empregos diretos. O outro estaleiro do Rio que fabricará embarcações para a empresa é o estaleiro Mauá Jurong, que venceu a licitação do lote de quatro navios de produtos. No dia 31 de janeiro, a Transpetro assinou contrato com o Consórcio Atlântico Sul, em Pernambuco, que irá construir dez navios Suezmax.

Base de desenvolvimento - O projeto terá reflexo importante no mercado de trabalho, com abertura de 22 mil novos empregos diretos, em um setor que passou por um longo período de estagnação. Para fazer frente a essa demanda, estão sendo criados diversos programas de reciclagem e qualificação de mão-de-obra, do nível básico ao superior. Só no Rio de Janeiro, já estão abertas mais de dez mil vagas em cursos que formarão profissionais de diferentes áreas do setor de construção naval, como soldador, mecânico, operador de máquinas, eletricista industrial e técnicos eletromecânicos, entre outras. A qualificação será feita pelo Senai e pelos Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica). No total, o Ministério do Trabalho investirá R$ 4 milhões para a qualificação profissional, no Rio e em Pernambuco, onde serão construídos 23 dos primeiros 26 navios encomendados pela Transpetro, nesta primeira fase.

O programa oferece ainda uma base estruturada de apoio tecnológico à indústria naval, ancorada em convênio com a Petrobras, o Ministério da Ciência e Tecnologia, via FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), e o Centro de Excelência em Engenharia Naval e Oceânica (CEENO). Esta parceria gerou a Rede Tecnológica de Construção Naval, com recursos da ordem de R$ 32 milhões, destinados a oito projetos que darão sustentabilidade à indústria de construção de navios de grande porte, como o laboratório de simulação de sistemas de construção naval e a plataforma para ensaios de manobras de embarcações, implantados na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Próximos passos - Após a assinatura com o Rio Naval, a Transpetro se prepara para assinar os contratos dos sete navios que serão encomendados aos estaleiros Mauá Jurong (RJ) e Itajaí (SC).

O Mauá Jurong construirá quatro navios de produtos, com preço global de US$ 277.079.543,00, enquanto o Itajaí fabricará três navios de GLP (gaseiros), ao preço global de US$ 130,9 milhões.

O resultado da licitação da Transpetro foi anunciado em março do ano passado. O valor total dos 26 navios (US$ 2.483.479.543) ficou apenas 1% superior ao que seria pago se a encomenda fosse feita no exterior, considerando a equivalência financeira e a necessidade de customização das embarcações, que têm altas exigências de projeto e de construção.

No total, o Programa de Modernização e Expansão da Frota da empresa prevê a construção de 42 navios. O objetivo é substituir navios e modernizar e ampliar a frota própria da empresa; aumentar a capacidade de atendimento às necessidades de transporte do Sistema Petrobras, e contribuir para a revitalização do segmento de construção de grandes navios, promovendo desenvolvimento para o Brasil, com geração de tecnologia, empregos e renda. A segunda fase, que será implementada logo após a assinatura dos contratos dessa etapa inicial, levará à construção de mais 16 navios.

Os navios fabricados no Brasil vão permitir uma redução nos gastos do país com afretamento de embarcações de bandeira estrangeira. O Brasil gasta US$ 10 bilhões por ano em transporte marítimo. Só a Petrobras gasta, anualmente, US$ 1,2 bilhão com afretamento de navios.

Empresas vencedoras da licitação, por lotes -Lote 1 (dez navios Suezmax) – Consórcio Atlântico Sul, formado pelas empresas Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, com parceria tecnológica da Samsung : * Preço global: US$ 1.209.500.000,00 | * Preço médio, por navio: US$ 120.950.000,00.

Lote 2 (cinco navios Aframax) – Consórcio Rio Naval, formado pelas empresas MPE Participações e Administrações S.A e Sermetal Estaleiros S.A, com parceria tecnológica da Hyundai: * Preço global: US$ 517.000.000,00 | * Preço médio, por navio: US$ 103.400.000,00.

Lote 3 (quatro navios Panamax) – Consórcio Rio Naval, formado pelas empresas MPE Participações e Administrações S.A e Sermetal Estaleiros S.A, com parceria tecnológica da Hyundai : * Preço global: US$ 349.000.000,00 | * Preço médio, por navio: US$ 87.250.000,00.

Lote 4 (quatro navios de Produtos) – Estaleiro Mauá Jurong: * Preço global: US$ 277.079.543,00 | * Preço médio, por navio: US$ 69.269.886,00.

Lote 5 (três navios GLPs - gaseiros) – Estaleiro Itajaí: * Preço global: US$ 130.900.000,00 | * Preço médio, por navio: US$ 43.633.334,00.

O presidente do Sindmar e Conttmaff Severino Almeida comparou o evento da assinatura aos àureos tempo do Barão de Mauá, com uma Marinha Mercante se fortalecendo e uma tripulação totalmente brasileira.

“ É importante dizer que este presidente ouviu os trabalhadores e e empresários e respondeu as suas solicitações”, ressalta Severino.

Num discurso emocionado, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Maurício Ramos enfatizou as lutas dos trabalhadores metalúrgicos no setor naval, e diz que os 90 anos do Sindmetal estava se fechando com chave de ouro, pois começa uma nova era não somente para os estaleiros abertos e competindo, mas também para a grande indústria de navipeças. - Os trabalhadores saberão reconhecer este momento histórico do Rio de Janeiro e Brasil-conclui Ramos.

O setor naval e offshore acaba de conquistar uma nova etapa brasileira de estaleiros de grande porte para construção de navios e plataformas. O setor é estratégico e está inserido no conjunto logístico do PAC, portanto, tanto o Rio de Janeiro como os outros estados estão ampliando suas infra-estruturas logísticas nos vários segmentos pois estará imbuído neste crescimento os transportes, os terminais hidroviários, portos, rodovias e ferrovias.

A economia brasileira dará grandes saltos, a indústria naval traz consigo uma rede de suprimentos, complexo que gera empregos e negócios. Do Sudeste, Nordeste, Sul e Centro-Oeste surgirão o desenvolvimento econonômico e social em grande escala.

A modernização da frota mundial passa pela construção de novas embarcações, com destaque para o desafio brasileiro que é a construção dos porta-contêineres.

“A indústria naval e offshore brasileira lhe apresenta senhor presidente, o reconhecimento da política acertada de vossa excelência para este segmento produtivo” - termina Ariovaldo.

Sérgio Machado, presidente da Transpetro disse que o resultado deste evento era a compreensão intensa dos trabalhadores e empresários que buscaram não serem convenientes, e sem unanimidade tratou o assunto com muita seriedade pra chegar ao resultado positivo.

O Rio de Janeiro onde tudo começou hoje não somente construirá navios, mas será competitivo no setor, - resolvemos que queremos participar do mercado mundial, completa Machado.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrieli disse que preferia olhar para o futuro e ver que para uma indústria naval forte e competitiva, também a siderurgia, a indústria mecância e dezenas de atividades terão perspectivas reais de crescimento, porque tudo funciona em volta de uma cadeia.

O governador Sérgio Cabral, a parceria entre as esferas federal e estadual é uma grande vitória para o desenvolvimento fluminense. Tornar a indústria naval novamente competitiva será mais uma grande conquista para o estado do Rio.

- O Rio de Janeiro tem perspectivas econômicas, de crescimento econômico invejáveis. Este investimento vai beneficiar muita gente, vai gerar prosperidade e crescimento econômico. Como governador, só tenho a agradecer ao presidente Lula – disse.

“O Rio de Janeiro é ícone brasileiro no turismo e na cultura, e agora está prestes a conquistar a inteligência, que países do mundo inteiro almeja”, diz o presidente Lula no início do seu discurso.

O Brasil precisa definir o que quer, e urgente, só exportando não resolve, temos que exportar conhecimento. Temos que conquistar autonomia, o que vale para as famílias, é a mesma matemática que vale para as nações, independência se conquista.

Para ele, para andar de cabeça erguida temos que procurar ser o melhor, e parar de desistir de seguir em frente, porque tem ou outro obstáculo. -Enquanto recuamos em algum aspecto, outros dão passos largos, então, vamos reagir e estratégicamente conquistar o nosso lugar no planeta – conclui o presidente Lula.

Foto: Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval

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