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26/06/2009 - 10:49

Queda de investimento e exportações fará PIB recuar 0,4% em 2009, prevê CNI

Brasília – A queda dos investimentos e das exportações é a principal razão que fará com que o PIB brasileiro caia 0,4% em 2009 ante o ano passado, de acordo com a previsão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que consta do Informe Conjuntural trimestral, divulgado no dia 25 de junho (quinta-feira),, em Brasília. A queda da demanda externa também fará com que o PIB industrial tenha um recuo de 3,5% neste ano ante 2008, segundo a projeção da CNI.

“A economia brasileira, em especial a indústria, é muito exposta ao mercado internacional. Como esse mercado está desaquecido, em virtude da crise internacional, a indústria nacional sofrerá mais por conta da queda das exportações, principalmente as de produtos manufaturados”, avaliou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

O Informe Conjuntural divulgado hoje mostra que o PIB industrial recuou 11,1% nos dois últimos trimestres. Se considerados apenas os quatro meses de 2009 para os quais já existem indicadores econômicos conhecidos, o recuo da produção industrial é de 15% sobre os quatro primeiros meses de 2008.

A Formação Bruta de Capital Fixo, que verifica o quanto é investido em bens de capital e bens imóveis, é outro componente que provocará a queda do PIB de 0,4% em 2009, segundo previsto pela CNI. “Para uma economia crescer, o investimento tem de crescer num ritmo maior do que o PIB. A Formação Bruta de Capital Fixo caiu 9,3% no último trimestre do ano passado e 12,6% no primeiro trimestre deste ano, ou seja, não está havendo o investimento necessário para o Brasil crescer”, disse Castelo Branco.

A CNI prevê que os investimentos no Brasil cairão 9% em 2009 na comparação com 2008. É o maior recuo do investimento em mais de 10 anos, informa a CNI. A projeção anterior da instituição, feita em março, era de queda de 4,4%. Nos dois últimos anos, em que o PIB cresceu 5,7% (2007) e 5,1% (2008), a Formação Bruta de Capital Fixo tinha crescido 13,5% e 13,8%, respectivamente.

Balança comercial - As exportações brasileiras deverão ter um recuo de US$ 46,4 bilhões em 2009 ante o ano passado, caindo de US$ 197,9 bilhões para US$ 151,5 bilhões. O saldo comercial não será tão afetado (cairá de US$ 24,7 bilhões para US$ 21,5 bilhões) porque as importações também terão uma queda equivalente, de US$ 43 bilhões, caindo de US$ 173,2 bilhões em 2008 para US$ 130 bilhões neste ano.

Mas nem todos os indicadores serão negativos neste ano, segundo a CNI. Isso porque a massa salarial real continua mantendo crescimento, apesar de num ritmo menor, e por isso o consumo das famílias, um dos principais componentes da demanda, teve crescimento no primeiro trimestre e deverá crescer 0,9% no ano.

“O grande fator de resistência da economia até aqui foi o consumo interno, o consumo das famílias, que no início foi afetado pelas expectativas negativas mas se recuperou, até porque o mercado de trabalho deixou de piorar. A renda preservada e a baixa inflação devem sustentar o consumo”, explicou Castelo Branco.

Além do consumo das famílias, o consumo do governo também deverá apresentar crescimento neste ano ante o anterior, na avaliação da CNI. Segundo a instituição, essa alta deverá ser de 3%.

Emprego - O emprego no Brasil ainda terá uma piora em relação aos níveis atuais antes de começar a melhorar, até o final do ano, de acordo com o Informe Conjuntural. Para a CNI, a taxa de desemprego calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) poderá passar dos 9%, mas deverá fechar o ano em 8,9%. Esse valor é um ponto percentual acima do verificado no fim do ano passado (7,9%), mas é menor do que o de 2007, quando terminou em 9,3%.

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