Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

26/06/2009 - 10:49

ABEMI completa 45 anos investindo no potencial econômico brasileiro

Presidente da entidade comenta participação da engenharia na exploração de petróleo e faz balanço do setor no período.

Com 115 associadas e participação ativa no crescimento econômico do país, a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI) tem forte incentivo para comemorar os 45 anos de sua fundação: petróleo. Os investimentos no setor prometem crescimento para boa parte das associadas da entidade, que festeja presente satisfatório e futuro promissor neste mês de junho.

A expectativa positiva deve-se ao anúncio de crescimento dos investimentos da Petrobras em todas as suas unidades de negócio, projetando antes impensáveis 174 bilhões de dólares nos próximos cinco anos. Além disso, empresas privadas que atuam no setor deverão investir cerca de 34 bilhões de dólares no país até 2013, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). Isso se deve à descoberta da camada pré-sal, que pode colocar o país entre os maiores produtores do mundo e vem contribuir para a confiança no futuro de grandes realizações.

Para o presidente da ABEMI, Carlos Maurício Lima de Paula Barros, a engenharia tem importante papel não apenas na geração de empregos e renda, mas também no fortalecimento da soberania nacional. “Foi o domínio da engenharia de ponta que deu segurança e autonomia à Petrobras para aventurar-se a provar o gosto do pré-sal das águas ultraprofundas, conduzindo o país à autossuficiência na produção de petróleo”, diz.

História - A ABEMI foi fundada em maio de 1964 por um grupo de 12 empresários que visavam a desenvolver ações conjuntas de valorização do setor de engenharia de projetos e montagem industrial, buscando conquistar representatividade junto aos contratantes, indústrias das áreas de energia, mineração, siderurgia, papel e celulose, química e petroquímica e petróleo e gás. É a única associação do país que reúne empresas de todas as áreas da engenharia industrial, do projeto à manutenção, passando por montagem, construção e gestão, permitindo a troca frutífera de informações no setor, o que gera o desenvolvimento tecnológico e a consolidação do conhecimento.

Era uma época de mudanças significativas no cenário econômico nacional. A fundação de grandes indústrias – como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1941; a Vale, no ano seguinte; a Petrobrás, em 1953; e a Usiminas, em 1958 – atraiu empresas especializadas do exterior e serviu de incentivo para a criação das primeiras companhias brasileiras do setor.

De acordo com Barros, a fundação da entidade antecipava o futuro promissor do país. “Foi uma aposta correta no pioneirismo e espírito arrojado dos empresários brasileiros, que permitiram o milagre econômico da década de 1970 e a construção de obras inicialmente polêmicas, e depois de sucesso, emblemáticas, como a Ponte Rio-Niterói, a Usina Nuclear de Angra I, a Hidrelétrica de Itaipu e as plataformas da Bacia de Campos, todas com expressão internacional”, afirma.

Após essa fase de crescimento, o país mergulhou em um período de retração econômica. Na década de 1980, apesar da diminuição dos investimentos, a ABEMI coordenou esforços no objetivo de instituir uma nova cultura na engenharia nacional voltada para assegurar nível de qualidade dos projetos industriais. Esta mobilização, que mudou o patamar das empresas, permitiu a execução das plataformas da primeira fase da Bacia de Campos, com alto índice de nacionalização.

Na década de 1990, o Brasil esteve perto da estagnação econômica. O setor estacionou, e muitas empresas de engenharia industrial fecharam as portas. Mas Barros acredita que a articulação sempre presente entre as associadas, visando a defesa dos interesses coletivos, foi o que permitiu a retomada no início de 2000.

O empresário crê que a profissionalização deu mais autonomia ao setor, que agora se mobiliza para evoluir o nível de produtividade, priorizando a qualificação de pessoal. Por isso o investimento em mão-de-obra qualificada é uma das principais realizações da ABEMI. Em parceria com a Petrobrás, a entidade coordena o Plano Nacional de Qualificação Profissional (PNQP) do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), criado pelo Governo Federal em 2003 com o objetivo de tornar a indústria nacional de bens e serviços mais competitiva na implantação de projetos de petróleo e gás no Brasil e no exterior. O PNQP realiza cursos em 40 entidades de ensino distribuídas em 50 cidades de 17 estados do país, e deve capacitar 130 mil profissionais nos próximos três anos.

“A ABEMI tem o papel de coordenar os esforços de suas associadas para que tenham respostas adequadas e com a velocidade que o mercado impõe, na deseja da engenharia industrial brasileira e, portanto, do desenvolvimento e soberania do país”, finaliza o presidente.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira