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26/06/2009 - 11:07

Como fazer um bom negócio na compra de um carro blindado usado

O mercado de carros blindados usados tem aumentado e atraído motoristas da classe média que prezam pela segurança e não querem correr risco de assaltos no trânsito.

A frota de carros blindados no País já soma 35 mil veículos, sendo que o Estado de São Paulo concentra 70% desse volume, segundo dados da Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem).

Com o aumento da frota de carros blindados, crescem também as ofertas no mercado de usados, tendo opções a preços bem acessíveis. Somente no maior portal de porta de divulgação de veículos do País, há mais de 2 mil opções carros usados blindados das mais diferentes marcas e modelos. Mas, todo o cuidado é pouco na hora de escolher um carro blindado usado para comprar. O consultor em reparação de veículos blindados e diretor da T-Cinco, Mario Lippi Reis, recomenda fazer uma avaliação minuciosa no veículo para garantir um bom negócio.

Antes de mais nada, é essencial verificar a documentação do veículo e exigir da loja o CR (certificado de registro emitido pelo exército brasileiro que autoriza a comercialização do carro. “Para comercializar um veículo blindado, a empresa precisa ter o CR, exigência que existe desde 1999 quando o veículo blindado passou a ser produto controlado por esse órgão do governo. Desde 2002, os veículos blindados também precisam ter um registro do Detran. Toda a parte de documentação deve estar rigorosamente em dia.

Depois de averiguar a documentação, o consumidor deve procurar ajuda de um especialista para avaliar o estado de conservação do veículo. Confira algumas dicas importantes:

- Verificar a qualidade do material utilizado para a blindagem. Há vários tipos no mercado, bem como formas de blindagem. O mais usual é o nível de blindagem que segue a norma NIJ nível III A, com espessura de 21mm nos vidros, aço inox de 3mm nas colunas . As rodas são protegidas por cintas aço e a manta é colocada nas portas, teto, painel corta fogo, pára-lamas dianteiro e caixas de roda. A manta mais utilizada é composta por kevlar de aramida prensada e possui de 8 a 12 camadas para NIJ III A.

- Avaliar a condição dos vidros (delaminação, encaixe, trinco e riscos internos)

- É necessário verificar se há indício de que o carro já foi batido e se isso aconteceu, analisar se a blindagem do local foi refeita, com a troca de material e também a garantia de três a seis meses do serviço realizado.

- Checar se houve infiltração decorrente de enchentes ou chuva forte que pode afetar as mantas balísticas diminuindo sua eficiência de absorção de impacto. “Quando o veículo blindado passa por uma enchente, as peças que tiveram contato com a água devem ter a blindagem refeita”, acrescenta Lippi.

- Fazer uma análise para verificar se foi feita blindagem na região da maçaneta do veículo e também nas colunas ao lado das portas.

- Solicitar o histórico de revisões do veículo. A blindagem do veículo pesa, em média, 200 kg, provocando um desgaste maior das peças de suspensão, como amortecedores e molas que precisam ser adaptados para suportarem o peso extra, o que também exige mais manutenção desses componentes. “As revisões de um veículo blindado devem ser feitas a cada 5.000km em um local especializado para fazer o serviço e que tenha a autorização do exército para fazê-lo, pois o material para blindagem retirado veículo deve seguir os procedimentos exigidos pelo governo com destinação correta para reciclagem e jamais devem ser reaproveitados”, alerta o consultor.

Mário Lippi Reis é consultor de reparação em blindagens, faz palestras sobre o assunto para seguradoras e é diretor da T-Cinco, empresa criada em 2002 para prestar serviços e reparação em veículos blindados. Com 22 funcionários especializados, a T-Cinco atende frotas de locadoras e de empresas que possuem veículos blindados, realizando serviços de funilaria e também a parte de mecânica em geral. O trabalho de reparação de blindagem é feito artesanalmente, exige técnica e conhecimento, por isso, os profissionais da T-Cinco são altamente capacitados para garantir a qualidade dos serviços prestados. Assim como Lippi, os outros dois diretores Alcides Martins Queiroga Neto e Luiz Augusto Biagioli Bassiquette também são profissionais especializados em reparação de veículos e já aturam na área de reparação em redes de concessionárias, como Volvo, Audi e Citroën.

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