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30/06/2009 - 11:31

Uma típica cidade de Lars Von Trier

O Cinema Falado do Museu Victor Meirelles exibe o filme Dogville, do diretor dinamarquês Lars von Trier, no dia 02 de julho (quinta-feira), às 18h30min.

Realizado em 2003, este filme com características de montagem teatral tem os seus maiores trunfos na performance impecável e irretocável de Nicole Kidman, que como atriz parece ter chegado à maioridade pelas mãos do próprio Trier, e no seu final triunfal, tanto instigante quanto arrebatador, que não deixa ninguém impassível diante da tela.

A mediadora convidada da noite é a professora Aglair Maria Bernardo. Graduada em Comunicação Social, Aglair possui especialização em Ciências Sociais, mestrado em Antropologia Social e doutorado em Literatura, todos pela UFSC, onde atualmente é professora adjunta. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teoria da Comunicação, atuando principalmente nos temas Cultura Midiática, Câmeras de Vigilância, Violência Urbana, Narrativas Imagéticas e Subjetividades Contemporâneas.

O filme, que se passa numa pequena cidade dos Estados Unidos, nos anos 30, durante a Grande Depressão, retrata a história de Grace (Nicole Kidman), uma mulher que, fugindo de gângsters, encontra refúgio na pequena cidade de Dogville. Em troca de manter Grace escondida, a comunidade de Dogville decide que ela trabalhará para eles. Porém, à medida que Grace se adapta à comunidade, a procura por ela aumenta, fazendo com que os moradores da cidadezinha passem a exigir muito mais em troca pelo risco de mantê-la escondida.

Mais uma obra típica, com a marca inconfundível de Lars von Trier, Dogville se apresenta de maneira forte, expondo uma a uma as mazelas do comportamento humano através de suas características mais marcantes, ao menos neste filme, como mesquinharia, crueldade, egoísmo, hipocrisia, vingança e maldade.

Para a criação do espaço cinematográfico, o diretor utilizou elementos do teatro de Bertolt Brecht, destacado dramaturgo e poeta alemão do século XX, cujas peças pretendiam despertar o senso crítico e a consciência política do espectador. Outras citações do filme são provenientes do Teatro Caixa Preta, que é caracterizado por um único cenário, onde as paredes são todas pretas e do Teatro do Absurdo, onde a busca consiste em mostrar as mazelas humanas propondo reflexões ao público. O resultado em Dogville foi um espaço semelhante ao palco de um teatro, sem cenário, com apenas alguns objetos e linhas pintadas no chão, demarcando as ruas e as casas da cidade.

Lançado em 2003, Dogville recebeu vários prêmios, entre eles o Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Filme Estrangeiro, o prêmio Honorário no Festival Internacional de Cinema de Copenhague e o Bodil de Melhor Filme. O Bodil é a maior premiação dinamarquesa para o cinema, atribuída anualmente desde 1948 pela Associação de Críticos de Cinema de Copenhague.

Cinema Falado do Museu Victor Meirelles, dia 02 de julho de 2009, às 18h30min,Rua Victor Meirelles, 59 – Centro – Florianópolis (SC) | Tel.: 48 3222-0692. Dogville, de Lars von Trier | Mediadora: Aglair Maria Bernardo | Sala Multiuso do Museu Victor Meirelles.

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