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01/07/2009 - 10:49

Queda nas exportações deve reduzir atividade industrial em 8,8% no ano, prevê Fiesp

Estudo da entidade aponta redução como consequência de recuo de 35% nas vendas externas.

A atividade produtiva da indústria brasileira deve recuar 8,8% em 2009, como conseqüência de queda de 35% na exportação de produtos industrializados, puxada pela retração do mercado global. A previsão resulta do estudo elaborado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), divulgado nesta terça-feira (30).

“Calculamos que com um ganho cambial de 20%, com o dólar a dois reais, o efeito direto da queda nas exportações seria o impacto de 5,5% de queda na produção, que somados aos efeitos indiretos sobre insumos utilizados na fabricação de produtos exportados chegaria a uma queda total de 8,8%”, explica o diretor-titular do Depecon, Paulo Francini.

De acordo com dirigente da Fiesp, o resultado negativo das exportações poderia ser compensado por um melhor desempenho do mercado interno. Contudo, Francini indica três fatores, que mesmo positivos hoje, não são suficientes para neutralizar o forte impacto da queda das vendas industriais externas. São eles:

A tendência de redução de investimentos pelas empresas, devido à diminuição da demanda; A recuperação lenta da oferta de crédito a empresas e consumidores; Perspectiva de diminuição da taxa de crescimento da massa salarial, antes da crise avançava em média mensal de 10% e atingiu o índice de 2,9% em maio, sinalizando queda mais acentuada até o final de 2009.

“Este fatores, que seriam capazes de dinamizar o mercado interno, estão perdendo força e a condição deles de compensar as perdas externas é muito pequena”, analisou Paulo Francini.

Expectativa -Para a Fiesp, no entanto, o mercado interno deve minimizar a perda e fazer com que a atividade produtiva termine o ano com uma queda menor: 7,5%. Caso mantido ritmo de crescimento mensal de 1,3%, puxado pelo consumo interno e a manutenção do nível salarial.

“Se tivéssemos uma redução da atividade interna, com queda do emprego e da renda mais graves, certamente iríamos somar a queda das exportações aos efeitos domésticos”, afirmou o diretor do Depecon. “O mercado interno está segurando as pontas, aliviando essa perda de 8,8%”, considerou.

A Fiesp sinaliza que as exportações de manufaturas pelo País devam recuar para US$ 78 bilhões, contra US$ 120 bilhões da corrente de comércio industrial no ano passado, quando o setor produtivo liderou a pauta exportadora brasileira com 20% do volume, seguido pelo agronegócio (11%).

No 1° trimestre de 2009, as exportações de produtos industrializados recuaram 25,5%, em relação a igual período do ano anterior, com destaque para Veículos Automotores (52,7%) e Máquinas e Equipamentos (36%).

Segundo Paulo Francini, as exportações sofrem por estarem concentradas em economias muito afetadas pela crise econômica internacional: América Latina, Estados Unidos e Europa.

“A queda das nossas exportações é uma associação de uma queda de mercados mundiais de commodities industriais, e de mercados específicos que eram os motores das exportações de manufaturados brasileiros”, considerou.

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