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02/07/2009 - 10:24

RO400 MaTaJuSi: a viagem de volta ao mundo continua


O barco MaTaJuSi continua sua viagem de volta ao mundo, levando os cruzeiristas Silvio Ramos e Lilian Monteiro por uma viagem cheia de novas experiências. Eles deixaram Brasil em janeiro, saindo de Natal em direção à Ilhas de Salut, navegaram por Trinidad e Tobago, Curaçao, San Blas, chegando à Ilha Linton em abril. Atravessaram o canal do Panamá, apreciaram as belezas naturais da fauna e flora de Galápagos e agora já rumam em direção às primeiras ilhas da Polinésia. 1.500 milhas já foram navegadas e nove dias no meio do mar, o que corresponde a metade do percurso para chegar novamente em terra firme.

É no MaTaJuSi que Silvio trabalha duas vezes por dia para a empresa Harte-Hanks, onde ele é diretor geral, enviando relatórios e tocando os negócios. Desde que Silvio se despediu do escritório localizado na região do Brooklin a empresa tem estado em contato diário com Silvio por meio do Sailmail - um servidor emparelhado a um rádio SSB que envia e-mails. Só no primeiro trimestre de 2009 a Harte Hanks teve um rendimento de 38,69%. O lucro nas operações bateu os 141,83%, mostrando que a fórmula barco-escritório está trabalhando muito bem. O Sailmail ainda permite que a dupla esteja em contato mais frequente com a família e amigos.

Depois de quase seis meses navegando a pesca foi uma das grandes fontes de alimentação da dupla. Impossível contabilizar as rodadas de sashimi, peixe grelhado, sopas e pratos elaborados com aquilo que conseguem retirar do mar. A responsável pela organização do barco, Lilian Monteiro divide seu tempo entre a arrumação do barco, o controle de suprimentos, preocupação com a saúde da dupla e o posto de assistente de navegação.

A viagem já rendeu grandes surpresas, como o encontro com nativos de Cayô Holandês, os kunas, que vivem espalhados num conjunto de 365 ilhas em San Blas. Os homens de lá curiosamente não raro se comportam como mulheres, pois decidem viver a mulher que há dentro deles. Nada a ver com a preferência sexual dos nativos, mas muito interessante de se observar. Assim passaram dois dias aprendendo a cultura local e conhecendo os moradores de lá.

Outra passagem agradável foi a estadia de um mês e três dias na Ilha Linton para a compra de suprimentos, manutenção e instalações no MaTaJuSi. Nesse meio tempo, Silvio e Lílian deixaram uma meia dúzia de macacos mal acostumados com o delicioso cardápio que a dupla ofereceu enquanto estiveram na ilha. “Alimentamos os macacos quase todos os dias ao final da tarde, quando retornavam da floresta e vinham dormir em suas casas. Ficamos surpreendidos quando acabavam de comer e desciam para os ramos de árvores mais baixas para beber água do mar com as mãos, em formato de concha”, diz Silvio.

Mas nem tudo foi tão tranqüilo assim. Entre as Ilhas de Salut e Tobago Silvio e Lilian toparam pela primeira vez com o que parecia ser um pesqueiro pirata, que navegava sozinho e que acelerou a todo o vapor assim que avistou o MaTaJuSi para interceptar a rota do barco. “Pedi para a Lilian ir tirando fotos e nos preparamos para a defesa do barco”, diz Silvio. Graças a uma tática de velas e da força dos motores do MaTaJuSi o pesqueiro não conseguiu alcança-los, mas ficou a certeza de que algo de negativo quase aconteceu.

As manutenções no barco são uma constante, e mesmo com todos os cuidados, imprevistos acontecem. No último dia 25 de junho a tira que prende a mestra à retranca (amura). “Na minha vistoria em Galápagos eu tinha visto que ela estava meio desgastada, então pus um cabo de reserva prendendo a amura na retranca, no caso da tira estourar, e não deu outra”, diz Silvio.

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