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13/04/2007 - 08:39

Faturamento da pequena empresa de São Paulo em fevereiro aponta recuperação

E 130 mil vagas foram criadas no mesmo período, maior expansão de pessoal ocupado para um mês de fevereiro.

A melhora na atividade econômica chegou até as micro e pequenas empresas paulistas. Em fevereiro de 2007, o faturamento real dos pequenos negócios teve alta de 1,4% sobre fevereiro de 2006. Nesse período, os três setores de atividade registraram aumento de faturamento: indústria (+1,6%), comércio (+1,1%) e serviços (+2,2%).

Por regiões, o Grande ABC e o Interior são as áreas com melhor desempenho no faturamento na comparação entre fevereiro de 2007 e de 2006, respectivamente com índices positivos de 5,5% e 5,2%.

Os dados fazem parte dos Indicadores Sebrae-SP, pesquisa de conjuntura mensal realizada pela entidade com a colaboração da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), a partir do monitoramento de 2.716 empresas de micro e pequeno porte no Estado.

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, o desempenho positivo, embora modesto, nos três setores de atividade, pode ser indício da dinamização da economia.

“Depois de um ano difícil, nesse momento, a inflação baixa associada à recuperação da renda dos trabalhadores e aos juros em queda começam a beneficiar as vendas das micro e pequenas empresas. Essa melhora e a que ainda poderá vir, com a implantação da Lei Geral das Micro e Pequenas nos municípios, estão abrindo novas perspectivas para os pequenos negócios em todo o Estado”, afirma Tortorella.

Na evolução mensal, o menor número de dias úteis e o Carnaval contribuiram para a retração de 2,4% do faturamento das MPEs, comparando fevereiro com janeiro de 2007.

Na evolução mensal, de janeiro para fevereiro de 2007, apenas o Interior manteve bom desempenho com alta de 3%. No ABC, a queda foi de 20,7%. Nesse mesmo período, a Região Metropolitana de São Paulo teve queda no faturamento em 6,8 %. No município de São Paulo, a baixa foi de 3,6%.

Pessoal ocupado – Ao contrário do que aconteceu com o faturamento, na comparação de 12 meses (fev/07 contra fev/06), o nível de pessoal ocupado nas micro e pequenas empresas apresentou ligeira queda (-0,6%) sobre fevereiro de 2006.

Já na comparação entre fevereiro e janeiro de 2007, os pequenos negócios foram responsáveis pela abertura de 130 mil novos postos de trabalho, resultado da expansão de 2,4% na evolução mensal, o maior registrado até o momento.

“Isso indica uma tendência à recuperação no total de vagas, depois de um período de vendas fracas e enxugamento de quadros. Porém, apesar da melhora, o total de pessoas ocupadas nas pequenas empresas continua abaixo do verificado no ano passado”, destaca Bedê.

Rendimento e gastos - Em fevereiro de 2007, o rendimento real dos empregados das micro e pequenas empresas teve alta de 3% sobre fevereiro de 2006, descontada a inflação.

Segundo estudo do Sebrae-SP, da mesma forma que nos meses anteriores, as micro e pequenas continuam seguindo a tendência de recuperação dos salários, verificada na economia, devido à inflação sob controle e, aos dissídios com recuperação dos salários acima da inflação, puxados pelas negociações dos trabalhadores com as grandes empresas.

Na comparação de fevereiro de 2007 com janeiro deste mesmo ano, o rendimento real dos trabalhadores apresentou queda de 10,4%. Em janeiro, o “rendimento dos trabalhadores foi favorecido pelas comissões associadas às vendas natalinas, feitas no crediário, e às vendas em liquidações”, aponta Bedê.

Em fevereiro de 2007, os gastos totais com a folha de salários apresentaram aumento de 3,6% sobre fevereiro de 2006 e queda de 8,3% ante janeiro de 2007.

Expectativas - Em março de 2007, aponta a pesquisa, a maioria dos empresários (54%) registrou expectativa de estabilidade no faturamento de sua empresa para os próximos seis meses.

Acompanhando a melhora efetiva do faturamento das micro e pequenas empresas, aumentou a proporção dos que acreditam que a receita da empresa irá aumentar nos próximos 6 meses: 32% em março/07 ante 25% em fevereiro/07 e 31% em março/06.

Quanto à evolução da economia brasileira, 48% esperam manter o nível de atividade nos próximos seis meses. A proporção dos que acreditam em melhora no nível de atividade subiu de 25% em fevereiro/07 para 33% em março/07. Em março/06, os empresários que acreditavam em alta no faturamento eram 30%.

Para Ricardo Tortorella, a expectativa geral é de crescimento paulatino dos negócios de micro e pequeno porte. Mesmo com reduções mais suaves, tudo indica que a taxa de juros, embora ainda alta, continuará em queda, beneficiando todo setor produtivo e em especial as MPEs.

O setor - As micro e pequenas empresas representam 98% das empresas formais no Estado de São Paulo e ocupam 67% dos trabalhadores do setor privado formal e não-formal e respondem por 28% da receita bruta do setor formal da economia paulista.

A pesquisa é realizada com base em uma amostra de 2.716 empresas de micro e pequeno porte, representativas de um universo de 1.326.354 micro e pequenas empresas formais, presentes no cadastro de empresas da Fundação SEADE. Cerca de 11% encontram-se na indústria de transformação, 57% no comércio e 32% nos serviços. Em conjunto, essas empresas geram postos de trabalho para cerca de 5,7 milhões de pessoas, no Estado de São Paulo. No mês de fevereiro de 2007, o faturamento médio da micro e pequena empresas foi de R$ 14.169,68. A média de pessoal ocupado por empresa do setor – incluindo sócios e familiares – foi de 4,3 pessoas.

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