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03/07/2009 - 09:14

Rio de Janeiro tem maior exportação do ano no mês de maio, vendas de US$ 959 milhões


É o terceiro estado exportador no ranking nacional no período 2008/2009.

Em maio, as exportações fluminenses exibiram o maior valor do ano (US$ 959,5 milhões), apesar da retração mensal interanual de 57,3%, a mais expressiva em dez anos. Por sua vez, as importações recuaram 36,5%, com compras no valor de US$ 863,9 milhões. Consequentemente, o saldo da balança comercial voltou ao campo positivo em 95,6 milhões.

De acordo com os dados do boletim Rio Exporta, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), as exportações de produtos básicos auferiram o maior valor do ano (US$ 603,9 milhões), uma vez que o petróleo respondeu por 62,8% do total vendido ao exterior no mês de maio. No ano, a indústria metalúrgica sobressaiu-se aos demais segmentos industriais fluminenses, sendo a única dentre os principais a aumentar suas vendas externas no período (29,7%). No acumulado doze meses, a participação de produtos semimanufaturados nas exportações fluminenses registrou novo piso histórico, 0,8% até maio, diante de um recuo de 52,8%.

Nas importações, por mais um mês, o total importado de bens de consumo não duráveis apresentou a maior variação positiva tanto na comparação mensal quanto na interanual (3,7% e 18,1%, pela ordem), puxada pelas aquisições de produtos de perfumaria e vestuário. Dentre as principais indústrias fluminenses, o segmento de material de transporte foi o único a crescer suas importações, 6,5% ante o mesmo mês de 2008, com maiores compras de artefatos aeronáuticos. Por outro lado, a retração no total mensal foi influenciada pela menor demanda por combustíveis (-62,6%), acompanhando a queda na cotação internacional do petróleo (-53,3%).

No acumulado em 12 meses até maio, o Estado manteve a terceira colocação entre os maiores exportadores nacionais. O crescimento das exportações e das importações no Rio de Janeiro (12,0% e 24,8%, respectivamente) neste período superaram as taxas observadas no Brasil (5,1% e 10,6%).

Os Estados Unidos mantiveram a primazia como destino das exportações fluminenses, tanto no mês de maio quanto no ano. Por sua vez, o Reino Unido foi o único a apresentar taxas positivas de crescimento mensal, interanual e no acumulado em 12 meses. Em ambos os países, as exportações de petróleo responderam pelas marcas.

Nas importações, a Arábia Saudita forneceu US$ 230,5 milhões em petróleo, assumindo assim a posição de principal parceiro no mês. No acumulado no ano, contudo, os Estados Unidos mantiveram a primazia. A Austrália, por sua vez, verificou as maiores taxas de crescimento mensal, interanual e no acumulado em 12 meses pela venda de carvão e outros combustíveis minerais.

Maio foi o melhor mês para as exportações fluminenses em 2009 - Em maio, as exportações fluminenses exibiram o maior valor do ano (US$ 959,5 milhões), apesar da retração mensal interanual de 57,3%a mais expressiva em dez anos. Por outro lado, as importações recuaram 36,5%, com compras no valor de US$ 863,9 milhões. Consequentemente, o saldo da balança comercial voltou ao campo positivo em 95,6 milhões.

Neste início, cabe ressaltar, contudo, que em maio do ano passado houve a regularização das operações portuárias após greve de dois meses dos fiscais da Receita Federal. As vendas externas fluminenses observaram naquele mês seu recorde (US$ 2,2 bilhões), contribuindo diretamente para o também superávit histórico (US$ 890,8 milhões). Estes resultados revelam como esta paralisação, iniciada em março, prejudicou em maior grau as operações de saída de produtos do território fluminense. Em suma, este cenário adverso em maio de 2008 aumentou sobremaneira as bases de comparação mensal apreciadas no boletim deste mês.

As exportações de produtos básicos auferiram o maior valor do ano (US$ 603,9 milhões), tendo o petróleo respondido por 62,8% do total vendido ao exterior no mês de maio. Entretanto, pelo exposto no parágrafo acima, verificou-se diminuição nas vendas de todas as classes de produtos no confronto mensal interanual.

Nas importações, a retração no último mês foi influenciada pela menor demanda por combustíveis (-62,6%). Cabe ter presente que, como efeito do fim dos embargos fiscais na área portuária fluminense, as compras desta categoria em maio do ano passado alcançaram o recorde de US$ 568,6 milhões. Por outro lado, por mais um mês, o total importado de bens de consumo não duráveis apresentou a maior variação positiva tanto na comparação mensal quanto interanual (3,7% e 18,1%, pela ordem), puxada pelas aquisições de produtos de perfumaria e vestuário. Ademais, a participação de 65,6% dos bens industriais (Bens de Capital e Bens Intermediários) no total importado pelo Estado em 2009 expôs a confiança do empresariado local na recuperação da economia, em que pese sua natureza incipiente e as incertezas que a cercam.

No ano, o comércio exterior fluminense tem revelado um comportamento distinto do apresentado em âmbito nacional. No Estado do Rio de Janeiro a desaceleração das exportações (-32,7%) tem sido mais acentuada que das importações (-11,8%), tendo como resultado um déficit na balança comercial de US$ 505,7 milhões até maio. Em sentido oposto, o superávit nacional nos cinco primeiros meses avançou 9,2%, para US$ 9,4 bilhões, pelo fato das importações estarem apresentando uma frenagem mais intensa que as exportações.

No acumulado em doze meses, a participação de produtos semimanufaturados nas exportações fluminenses registrou novo piso histórico, 0,8% até maio, diante de um recuo de 52,8% em ralação aos doze meses imediatamente anteriores. Em especial, outros produtos semimanufaturados de ferro/aço reduziram suas vendas em 81,0% no período. Ao mesmo tempo, todas as categorias de uso das importações auferiram crescimento, totalizando 24,8%

Rio de Janeiro é o terceiro estado exportador no ranking nacional - Os melhores resultados para o comércio exterior do Rio de Janeiro ante o total nacional no acumulado em 12 meses credenciaram o Estado a manter sua taxa de crescimento da corrente de comércio2 (17,5% em maio) acima da nacional (7,6%). Sob esta ótica, cabe mencionar que quanto mais elevado o nível de trocas comerciais, maior a inserção internacional e a atividade econômica local, demonstrando assim uma melhor desenvoltura do comércio exterior fluminense frente às turbulências do momento.

Exportações Fluminenses: Indústria Metalúrgica caminha na contramão da crise - Em maio, todos os principais gêneros industriais do Rio de Janeiro diminuíram suas exportações na comparação mensal interanual. Como mencionado, pode-se atribuir este movimento ao recorde das vendas externas em maio de 2008 com o encerramento da greve auditores fiscais, elevando sobremaneira a base de comparação. Como exemplo, a indústria química despontou com o pico mensal histórico de exportações em maio do ano passado (US$ 204,1 milhões), ante US$ 129,7 milhões no mesmo mês deste ano. Todavia, cabe salientar o desempenho da indústria de material elétrico e de comunicações, que auferiu em maio o melhor resultado de 2009, US$ 7,0 milhões em vendas, seguido de alta de 11,2% - em especial, isoladores para uso elétrico, exceto de cerâmica ou vidro.

No ano, a indústria metalúrgica sobressaiu-se aos demais segmentos industriais fluminenses, sendo a única dentre os principais a aumentar suas vendas externas no período (29,7%). Destaca-se deste crescimento a agregação de valor aos produtos básicos, em face à alta de 184,3% nas exportações de outros produtos metalúrgicos - US$ 57,9 milhões em construções e suas partes de ferro fundido, ferro ou aço para plataformas e US$ 61,2 milhões em torneiras e outros dispositivos para canalizações. Ademais a este desempenho, as vendas de artigos plásticos também se ampliaram (69,2%), com acréscimos em polipropileno sem carga em forma primária e tubos de plásticos. Conjuntamente, estes dois segmentos mitigaram o recuo das exportações fluminense (-32,7%), puxada pelas menores vendas de petróleo (-36,9%).

No acumulado em 12 meses, a indústria fluminense de celulose e papel bateu recorde de exportações pelo vigésimo sexto mês consecutivo. Em maio acumulou US$ 52,1 milhões, impulsionada sobretudo pelo aumento nas vendas de papéis para cigarros (68,9%), produto este fabricado no Sul Fluminense e responsável por 88,4% do setor. Na via oposta, o segmento têxtil vem registrando pisos históricos desde abril, retrocedendo a US$ 26,8 milhões no acumulado até maio de 2009

As exportações da indústria de metalurgia mantiveram sua trajetória ascendente - alta de 7,6% até maio. Cabe observar que neste mesmo mês em 2008 as vendas externas deste segmento recuavam 30,6%, respondendo ao pujante desempenho do setor automotivo nacional. Diante do revés mundial na comercialização de automóveis, o segmento de borracha manteve sua taxa positiva (12,6%) através da diversificação de seu portfólio, incrementado com pneus para equipamentos de mineração e terraplanagem produzidos na nova fábrica de importante indústria francesa inaugurada ano passado.

Ainda no acumulado em 12 meses, agora no campo das taxas descendentes, a retração na indústria química (-22,9% até maio) foi a maior de sua série histórica, iniciada em 1996. Concomitantemente, o recuo nas vendas de combustíveis respondeu à um cenário global de recessão econômica e menor demanda por energia. Ademais, o desempenho da indústria mecânica (-35,3%) justifica-se por apenas uma grande exportação realizada no último período (US$ 56,2 milhões de partes e peças de plataformas em janeiro passado) ante duas no período anterior de comparação (US$ 72,2 milhões de dois módulos de compressão de plataformas em janeiro de 2008 e US$ 56,4 milhões de partes e peças de plataformas em agosto de 2007).

Cabe ainda destacar o desempenho da indústria de material de transporte, que verificou duas oscilações bruscas de suas variações acumuladas. Primeiro, a queda em setembro de 2008, em consequência da venda de um equipamento de transporte oceânico em setembro de 2007 (US$ 555,7 milhões), que elevou sobremaneira a base de comparação. Segundo, a recuperação em novembro, com a “exportação ficta3” da plataforma de petróleo P-51 no valor de US$ 623,3 milhões.

De modo geral, a taxa positiva de crescimentos das vendas externas do Estado no acumulado em 12 meses (12,0% até maio) sustenta-se principalmente nos recordes de exportações de petróleo auferidos ao longo de 2008. A análise das exportações desta commodity demonstra que a média móvel de 12 meses da cotação do barril de petróleo tipo Brent reverteu-se a partir de setembro, contudo impactando as exportações somente a partir de novembro, por conta do hiato temporal entre o período de fechamento do contrato de exportação e sua efetiva venda. No entanto, a desaceleração das exportações não acompanhou o tombo da cotação, mantendo o patamar de vendas via aumento de quantidade exportada4– até maio de 2009 exportou-se 23,8% mais petróleo (em quantidade) que no acumulado até novembro, sendo que a receita foi 12,8% menor, a despeito do recuo em 29,6% nos preços

Importações Fluminenses: Indústria Aeronáutica foi o destaque do mês - Em maio, dentre as principais indústrias fluminenses, o segmento de material de transporte foi o único a incrementar suas importações, 6,5% ante o mesmo mês de 2008. Com o maior valor mensal de 2009 auferido em maio (US$ 93,1 milhões), o destacado desempenho desta indústria adveio das compras de produtos aeronáuticos, como aviões e turbinas. No total, as importações do Rio de Janeiro retraíram 36,3%, diante da diminuição nas compras da indústria extrativa mineral (-60,6%). Nesse sentido, o recuo na demanda por petróleo e gás natural (-62,8%) foi intensificado pela grande quantidadedesembarcada em maio do ano passado, com o fim da greve da Receita Federal.

No ano, as três principais indústrias fluminenses (extrativa mineral, material de transporte e química) reduziram conjuntamente suas importações em 22,4%, reforçando o resultado negativo do Estado (-11,8%). Em assimetria, os segmentos mecânico, metalúrgico e farmacêutico aumentaram suas compras no período. Particularmente, a elevação de 34,7% nas importações de máquinas, equipamentos e instalações de uso industrial anunciam uma possível retomada da produção industrial fluminense.

No acumulado em 12 meses, a análise setorial revelou recordes de importações das indústrias de perfumaria, sabões e velas (US$ 81,7 milhões, até maio), artigos plásticos (US$ 73,0 milhões) e de couros e peles (US$ 18,3 milhões). Em relação ao primeiro segmento citado, cabe ressaltar que este resultado foi o décimo segundo valor histórico consecutivo, além de ter apreciado no acumulado do ano o maior crescimento dentre as vinte e duas atividades industriais pesquisadas (54,8%)

Uma análise mais profunda do setor automotivo demonstra que o recuo anual nas importações (-32,9%) exprime a menor demanda por automóveis de origem argentina (-45,5%), uma vez que a valorização cambial de 13,9% impulsionou a compra de veículos de luxo franceses (alta de 36,7%).

Porém, as importações de veículos da Argentina voltaram a crescer em maio, reflexo da normalização das vendas de automóveis no mercado interno. Cabe ter presente que na região sul-fluminense do Estado do Rio de Janeiro está estabelecida uma indústria automobilística de origem francesa, que também possui filial na Argentina, incentivando o intercâmbio supracitado.

No acumulado em 12 meses, apesar da notória diminuição das taxas de crescimento das principais indústrias importadoras fluminenses, em um cenário de menor atividade econômica mundial, todas ainda mantiveram-se positivas. Como exemplo, a alta de 80,6% da indústria metalúrgica incluiu em seu portfólio hulha, utilizada como combustível, e laminados, destinados ao setor naval, que manteve seu ritmo de produção de plataformas e navios de apoio para dinamizar a exploração da camada pré-sal fluminense de petróleo.

Ainda no mesmo período de comparação, a alta de 28,3% da indústria farmacêutica foi sustentada pelos produtos dosados, que cresceram 41,6%, puxados pelas importações italianas de US$ 51,4 milhões de Interferon Beta - medicamento utilizado no tratamento da Esclerose Múltipla.

Principais Parceiros Comerciais do Rio de Janeiro - Os Estados Unidos mantiveram a primazia como destino das exportações fluminenses no mês de maio, com US$ 212,3 milhões e participação de 22,1%. Em relação a 2008, contudo, tanto no mês quanto no ano, os menores embarques de petróleo (-67,8% e -44,3%, pela ordem) foram determinantes para o recuo das vendas do Estado do Rio de Janeiro para este país, a despeito da grande demanda por outros produtos metalúrgicos - alta de mais de 1.000,0% puxada pelas vendas de construções e suas partes de ferro fundido/ferro/aço para plataformas no valor de US$ 57,7 milhões em abril.

Por sua vez, o Reino Unido voltou a figurar dentre os principais destinos dos produtos fluminenses em maio, sendo o único a apresentar taxas positivas de crescimento mensal, interanual e no acumulado em 12 meses (981,8%, 141,5% e 97,3%, respectivamente). Novamente, desta vez no campo positivo, as exportações de petróleo responderam por estas marcas. Em direção oposta, Argentina e Cingapura verificaram retrações em todas as comparações intertemporais, face à menor exportação de óleos combustíveis para países com atividade econômica declinante.

No acumulado do ano, o arrefecimento nas exportações de petróleo mais uma vez foi determinante para os recuos observados de China, Chile, Portugal e Peru. Com taxas positivas de crescimento, destacaram-se as exportações de outros produtos metalúrgicos para os Países Baixos (982,9%). Como principal produto em sua pauta, compreendia torneiras, tubos flexíveis de ferro/aço, válvulas tipo gaveta, acessórios para tubos de ferro fundido, ferro ou aço e âncoras, fateixas e suas partes, que juntos somaram US$ 169,7 milhões. Já na variação acumulada em 12 meses, Santa Lúcia, nação insular caribenha, auferiu o maior crescimento (136,9%), com US$ 3,5 bilhões em exportações exclusivas de petróleo.

Nas importações, a Arábia Saudita respondeu por 23,6% do total fluminense em maio, com US$ 230,5 milhões exclusivos de petróleo, assumindo assim a posição de principal parceiro. Desta forma, respondeu em maio por 100,0% da demanda fluminense por petróleo leve, ainda que no acumulado do ano tenha dividido com Iraque e Nigéria este fornecimento.

Também nas compras externas, os Estados Unidos mantiveram a primazia no acumulado do ano, com 26,0% até maio. Destaque para as encomendas de partes de turborreatores e turbopropulsores (US$ 273,0 milhões) para indústria aeroespacial localizada na região serrana do Estado e hulha (US$ 88,0 milhões), utilizada como combustível pelas siderúrgicas. Puxado pelo desempenho americano, o NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) também manteve a liderança dentre os principais blocos de origem das importações do Rio de Janeiro, tendo sido o único a apresentar crescimento no acumulado dos últimos cinco meses (11,3%).

Por sua vez, a hulha apresentou relevância ainda maior nas importações de origem australiana, possibilitando a inserção deste país entre os principais exportadores para o Estado. Nesse sentido, o país oceânico verificou as maiores taxas de crescimento mensal, interanual e no acumulado em 12 meses, 1.778,6%, 44,8% e 100,3%, pela ordem. Ainda, sob a forma de coque, impulsionou as importações de origem chinesa no ano (alta de 21,0%).

Do Reino Unido, as compras de outros veículos, peças e acessórios conduziram o crescimento interanual observado pelo país (+10,1%), sobretudo pelas partes para aviões e helicópteros (US$ 30,8 milhões).

Por fim, observa-se que máquinas, equipamentos e instalações de uso industrial responderam pela maior parte das importações fluminenses de origem italiana nos três períodos de observação. A demanda por estes produtos, utilizados na ampliação e modernização dos parques fabris do Rio de Janeiro, revela otimismo por parte dos empresários locais com a retomada da economia regional e nacional.

Seção Especial: Indústria Fluminense de Vestuário - A Indústria fluminense de Vestuário vem apresentando forte inserção internacional, justificando sua escolha para figurar na Seção Especial do Rio Exporta, que desde maio traz análise detalhada de comércio exterior de um segmento selecionado.

A primeira edição examinou a indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos - Desde o ano 2000, as exportações fluminenses de vestuário cresceram 150,0%, sendo 88,7% em valor e 32,3% em quantidade. Este avanço torna-se ainda mais expressivo ao ser comparado com a média da indústria nacional deste segmento, que vislumbrou retração de 15,3% no mesmo período. Ademais, o preço médio das exportações da indústria de vestuário do Rio de Janeiro ao final do ano passado situava-se em US$ 70,7 por quilo, valor 88,7% maior que o verificado no início da década e o dobro da média brasileira. Desta forma, a participação das exportações fluminenses superou a casa dos 10,0% ao final do ano passado, sustentado a terceira colocação dentre os maiores exportadores nacionais.

Em contraste com o desempenho observado nos últimos anos, e apesar do aumento na participação nacional, o desenvolvimento recente da indústria fluminense de vestuário reflete um cenário de recessão mundial e produção brasileira do setor em declínio (14,6%6). No acumulado do ano de 2009 até maio as vendas externas do Rio de Janeiro recuaram 24,8%. No acumulado em 12 meses (-7,3%) o quadro manteve-se, porém com menor amplitude por carregar parte do crescimento de 7,2% auferido pelas exportações do Estado em 2008. Pelo lado das importações, a valorização cambial incentivou a alta de 53,3% nas compras estaduais de vestuário no ano.

A abertura das exportações por segmento apresentou uma divisão quase uniforme, expressando a grande diversidade de produtos têxteis exportados pelo Estado. Quanto às mercadorias de malha, estas compuseram a maior parte da pauta exportadora no mês de maio (52,9%), onde o destaque foram as vendas de maiôs e biquínis (US$ 206,4 mil). Cabe salientar a presença de polos industriais de moda praia na região Leste Fluminense. Entretanto, no acumulado do ano e em 12 meses, a primazia recaiu sobre os artigos manufaturados com outros materiais, com principal relevância para sutiãs e bustiers, produzidos sobretudo no polo de moda íntima localizado na região Centro-Norte Fluminense.

O principal destino das exportações da Indústria de vestuário do Rio de Janeiro continuou a ser os Estados Unidos, com 22,3% de participação em 2009. Entretanto, o epicentro da atual crise em solo americano impactou diretamente as vendas para este país (-40,3%). Por sua vez, Portugal e Itália, países europeus igualmente afetados pela atual turbulência mundial, registraram as maiores perdas de significância no ano, -3,9 e -0,9 pontos percentuais, pela ordem. Com efeito, no acumulado em 12 meses, apesar das exportações para a França terem quase dobrado (alta de 97,0%), as vendas totais para a União Européia recuaram 24,6% no período.

Com taxas positivas de crescimento, Emirados Árabes Unidos (83,9%) e Angola (68,4%) respaldaram a diversificação da pauta de moda fluminense quanto aos países compradores, uma vez que no acumulado em 12 meses as exportações para os “Demais destinos” saltaram 41,9%. Por fim, a Bolívia, país sul-americano, auferiu a maior taxa de crescimento no ano.

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