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13/04/2007 - 08:44

Perdigão inicia processo de sucessão planejada

Novo diretor-presidente da empresa será indicado em um ano

Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada no dia 12 de abril,em São Paulo, foram eleitos os novos membros do Conselho de Administração da Perdigão, que cumprirão mandato de dois anos. A atual configuração representa uma renovação superior a 50% em relação ao quadro anterior.

O diretor-presidente da empresa, Nildemar Secches, foi indicado para presidir o conselho, em substituição a Eggon João da Silva, que vinha exercendo o cargo desde 1994. Os demais integrantes são Maurício Novis Botelho, Décio da Silva, Francisco Ferreira Alexandre, Jaime Hugo Patalano, Luis Carlos Fernandes Afonso e Manoel Cordeiro Silva Filho. Para mandato de um ano no Conselho Fiscal/Comitê de Auditoria, foram eleitos Attílio Guaspari, Ivan Mendes do Carmo e Vanderlei Martins.

Com a indicação de Secches para a presidência do Conselho de Administração, tem início o processo sucessório na diretoria executiva da Perdigão. A partir de agora, o executivo acumulará as duas funções. No prazo de um ano, deverá ser apontado o nome do novo diretor-presidente, enquanto Secches continuará a presidir o conselho.

A saída de Nildemar Secches da diretoria executiva é uma decisão pessoal. “São 12 anos na mesma função. Para a empresa, a renovação é saudável, pois uma outra pessoa vai enxergar os mesmos desafios e oportunidades com outros olhos”, justifica ele.

O diretor-presidente considera este momento bastante propício para o desenvolvimento do processo de sucessão, uma vez que o sistema de gestão da empresa acaba de passar por ampla reestruturação, deixando de ser administrada por áreas para adotar o modelo de Unidades de Negócio. “A Perdigão é uma empresa sólida, tem hoje uma estrutura administrativa que depende menos do principal executivo, seu programa de investimentos está traçado e tem ações planejadas até o ano 2011”, detalha.

“Estamos construindo um processo de sucessão harmônico. O plano foi concebido a longo prazo de acordo com os princípios da boa governança corporativa. A companhia está preparada para esta transição”, explica ele.

Segundo Secches, ainda não há nome definido para ocupar a função de diretor-presidente. “A expectativa é que o sucessor seja um de nossos executivos, podendo no decorrer do processo serem analisadas alternativas externas”. Ele ressalta que os atuais diretores da Perdigão estão preparados para desempenhar a função, graças à política de Recursos Humanos desenvolvida pela companhia, que prioriza o crescimento profissional de seus funcionários.

Uma das técnicas adotadas pela empresa para obter ganhos contínuos em suas operações e estimular o desenvolvimento do quadro executivo é o job rotation (mudança de cargos e funções). “O trabalho de sucessão exige grande responsabilidade, bom planejamento e preparação profissional. Quase todos os nossos diretores passaram por diversas funções para adquirir experiência e ter uma visão abrangente do negócio”, afirma Secches.

Crescimento sustentado - Nildemar Secches está à frente da diretoria executiva da Perdigão há 12 anos. Neste período, a empresa manteve um crescimento médio anual de 24% em receitas e 13% em volumes. O total de investimentos, incluindo as aquisições, superou a casa de R$ 2 bilhões. E o número de funcionários cresceu de 12 mil para 40 mil.

A Perdigão está hoje entre os cinco maiores players de carnes do mundo. É uma empresa de escala internacional; seus produtos chegam a mais de 100 países. A meta agora é tornar-se uma empresa de classe mundial, isto é, implementar operações industriais fora do país e, para essa investida, já conta com o respaldo de estruturas comercial e de distribuição. Os planos estão traçados. A companhia vai buscar negócios em novos e competitivos mercados.

Nildemar Secches assumiu o cargo de diretor-presidente da Perdigão em 1995, quando a gestão da empresa foi totalmente profissionalizada, levando a uma nova cultura empresarial e a um reposicionamento estratégico, orientados para a busca de resultados. Para tanto, a companhia — que enfrentava grave crise societária em meados dos anos 1990 — passou por uma profunda reestruturação societária e administrativa.

Uma das principais tarefas da nova gestão foi recuperar a imagem da empresa junto ao mercado, a partir da transparência administrativa, formação de uma equipe homogênea e ajuste do foco em seu “core business”, a produção de alimentos. Com a otimização das unidades industriais, inovação tecnológica e diversificação do mix de produtos, acoplada a uma estrutura logística com canais de distribuição em todo país, a Perdigão preparou-se para o crescimento sustentado.

A abertura de uma nova fronteira agrícola, no Centro-Oeste, com a construção do maior Complexo Agroindustrial da América Latina em Rio Verde (Goiás), foi um dos marcos deste período. Em 1995, toda a Perdigão produzia 317 mil toneladas/ano de carnes. Este ano, só a unidade de Rio Verde deverá produzir 400 mil toneladas/ano. No total, em 2006, a produção de carnes da empresa chegou a 1,331 milhão de toneladas.

Enquanto diversificou sua presença geograficamente dentro do país, a empresa implementou projeto de internacionalização, com a montagem de uma estrutura de atendimento direto ao cliente, que conta com profissionais especializados em prospecção e vendas. Atualmente, mantém escritórios comerciais na Inglaterra, Holanda, Emirados Árabes Unidos (Dubai), Cingapura, Japão e Ilha da Madeira (Portugal), além de centro de distribuição na Holanda.

A Perdigão transformou-se num case em expansão, inovação e solidez. Nos últimos 12 anos, o valor de mercado da companhia cresceu em média 28% ao ano, passando de R$ 248 milhões para R$ 4,5 bilhões atualmente. No ano passado, ao ingressar no Novo Mercado da Bovespa — o mais novo e importante passo no aperfeiçoamento da política de governança corporativa —, a empresa consolidou sua posição de excelência em gestão, assegurando direitos igualitários aos acionistas e oferecendo um padrão ainda maior de transparência às operações.

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