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07/07/2009 - 12:37

Santo de casa não faz milagres

Frase batida?Sim,mas apesar de nada criativa,retrata uma realidade. Já percebeu a mania que temos de valorizar produtos importados e desvalorizar produtos nacionais?Como se no nosso país nada prestasse e não importa de onde é que venham, mas tudo que vem de fora parece ter mais valor. Fico um pouco indignada com essa realidade já que muitos produtos importados acabam se tornando inúteis na nossa realidade. Assim somos com os serviços,produtos,profissionais,ensino...Bom,que fique aqui claro que este texto é meramente reflexivo e em momento algum tenho a intenção de impor uma opinião. Mas,quem é que não valoriza um diploma de uma instituição alemã?Mesmo que o curso tenha sido feito a distancia(ora...fulano tem diploma internacional).Acredito que essa crença irracional pode ser considerada uma crença coletiva ou então um arquétipo brasileiro,digo isso porque é repetido coletivamente por muitas gerações durante a formação do caráter nacional. Acho que talvez por se sentir inseguro o brasileiro tem a necessidade de ter quem lhe diga pra onde ir,alguém para ser culpado caso a escolha não tenha sucesso.

O Brasil importa hoje não só bens de capital e tecnologia;importamos idéias,cultura,modos na mesa,moda nas ruas,referencias,padrões,formas de administrar, de andar,de comer...quem é que nunca foi para a Europa,Ásia ou qualquer outro lugar do mundo e ao ver algo diferente,não teve vontade de trazer a idéia para o Brasil?

Acho que já é tão“nossa”essa forma de agir,que muitas vezes não nos damos conta que o país adotou o protecionismo e a dependência de alguém se tornou comum... é mais fácil e já nos acostumamos a buscar idéias lá fora;é mais fácil copiar o que o outro fez e deu tão certo,do que de fato inovar(se você acredita que essa frase é verdadeira,pura ideologia).Quando damos ao“estrangeiro”um papel maior do que realmente teriam, manifestamos nossa insegurança nacional,nossa insegurança de um caráter próprio;de um caráter merecedor de olhares;de um caráter competente. Será que de forma encoberta nos achamos incompetentes?Inseguros?

Entendo que o mundo caminha cada vez mais para a mundialização e padronização,até a moeda querem tornar única. Mas será que vale a pena deixarmos de lado nossos valores,nosso jeitinho e nossa capacidade de criar;em nome de um comportamento padrão tão menosprezador de nós mesmos?

Até quando o nosso criar estará ligado ao copiar?Será que não é hora de começarmos a apostar em desenvolver potencialmente nossa capacidade criativa para que unida ao nosso“jeitinho brasileiro”de ser,possamos criar produtos potencialmente inovadores,mas que tenham a cara do nosso pais, da nossa cultura e da nossa gente? Será que temos que criar e inovar para atender as demandas do mercado externo ou criar e inovar com um olhar brasileiro,criando produtos e serviços que além de terem nossa cara, atendam nossa demanda e chamem a atenção do mercado externo?

. Por: Graziele Zwielewski, Administradora e Psicóloga;Especialista em Gestão Internacional | E-mail: [email protected]

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