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13/04/2007 - 09:19

WiMAX: discussões antigas, nova realidade

Acompanhar a evolução de algumas tecnologias é sempre muito interessante, mas não se compara a participar de seu processo de maturação, que é o que acontece hoje com a tecnologia WiMAX. Curioso perceber que, pouco mais de um ano atrás, discutia-se se o WiMAX teria vindo para ficar, se seria concorrente ou complementar a outras tecnologias e se teria futuro, no mundo e no Brasil.

Mesmo ocorrido há tão pouco tempo, este tipo de debate hoje é passado. Fornecedores de equipamentos, provedores de serviços e, mais recentemente, usuários e potenciais usuários de serviços de banda larga, não discutem mais a possibilidade de que a tecnologia venha a se firmar, mas como utilizá-la.

Este é um fato estatístico e várias pesquisas demonstram isso. Uma delas, divulgada pela ResearchandMarkets em agosto do ano passado, dava conta que, além de sua utilização atual em serviços de banda larga ao redor do mundo como alternativa ao ADSL e ao cable modem, o WiMAX tem em aplicações móveis um mercado maior ainda. Não se trata mais de qual tecnologia, mas de como ela será utilizada.

O mesmo estudo demonstra o potencial de crescimento do WiMAX no mundo, apontando que a tecnologia deve chegar a 2009 com cerca de 15 milhões de usuários no mundo, criando um mercado de cerca de US$ 13,8 bilhões em serviços. Estudo do Yankee Group divulgado recentemente aponta para um número equivalente. No mesmo ano, a tecnologia deve se tornar a mais utilizada para acesso à banda larga sem fio, graças ao suporte dos grandes fabricantes de equipamentos. Previsões assim não deixam dúvidas sobre a perenidade da tecnologia.

Ainda de acordo com a ResearchandMarkets, o WiMAX vem se adaptando às características específicas de diversos mercados. A região Ásia-Pacífico, por exemplo, desponta com o maior número de assinantes, fator atribuído ao grande número de habitantes e à natureza emergente de suas economias.

No Leste Europeu e na América Latina, a tecnologia surge como melhor opção para o aumento da penetração dos serviços de banda larga. Em regiões mais desenvolvidas, como a Europa e os Estados Unidos, a tecnologia se consolida com altos níveis na oferta de serviços de banda larga. Somente nos Estados Unidos há hoje 394 empresas com licenças WiMAX.

Estes números têm seus reflexos no mercado brasileiro. Outro estudo, divulgado em abril do ano passado pelo instituto Maravedis, faz algumas comparações que dão a medida sobre o potencial do crescimento do WiMAX no Brasil. Um exemplo: em 2005, os fornecedores de equipamentos WiMAX movimentaram cerca de US$ 6 milhões no País. A previsão é que este mesmo mercado alcance US$ 300 milhões em 2010, alavancado por fatores como o leilão de novas licenças, a certificação de novos equipamentos e a redução do custo de produção destes.

O estudo realizado pelo Maravedis revela que este parque dará suporte, em 2010, a cerca de 770 mil assinantes, incluindo aí usuários residenciais e corporativos. O mais interessante: a previsão é que 70% deste público seja formado por usuários de serviços móveis, predominantemente residenciais, enquanto o WiMAX fixo, como conhecemos hoje, continuará consolidando sua posição nas grandes corporações e nas pequenas e médias empresas.

As constatações e as previsões deixam claro que o WiMAX está maduro e que seus modelos de utilização estão em franco processo de maturação. O fato é que não há mais o que se discutir sobre a tecnologia, que vem demonstrando eficiência na oferta de serviços de banda larga, grande potencial de ser um elemento catalisador de iniciativas de inclusão digital (iniciativas como as das cidades Osasco e Parintins demonstram isso) e mostra ser promissora quando o assunto é mobilidade. A discussão sobre como desenvolver o WiMAX em todas estas frentes é o que nos cabe agora. O resto é passado e estatística.

. Por: Maurício Coutinho é presidente da Neovia. Perfil - Neovia - com grandes investimentos em equipamentos e infra-estrutura, a Neovia foi fundada em 2001 e iniciou suas operações em 2002. A companhia possui hoje uma rede totalmente baseada em tecnologia IP wireless e é pioneira na oferta comercial da tecnologia WiMAX. Seu foco é o mercado de transmissão de dados, corporativo e residencial, para o qual oferece serviços inteligentes e tecnologia de última geração, tendo como diferenciais: qualidade, preços competitivos, agilidade e operação através de rede própria.

A empresa possui também a maior área de cobertura sem fio no Estado de São Paulo, incluindo 52 municípios, na Grande São Paulo e nas regiões metropolitanas de São José dos Campos, Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto, onde oferece serviços de conexão Internet banda larga, VPN/IP, conexões dedicadas, serviços de valor agregado, VoIP e projetos especiais. No final de 2005, a Neovia adquiriu o controle da Directnet. A empresa possui hoje uma base de 35 mil assinantes e 5 mil pontos de presença no Estado de São Paulo, nas regiões metropolitanas indicadas.

Os principais acionistas da Neovia Telecomunicações são: - Vanguard - holding que concentra os investimentos dos fundadores.

- Intel Capital - criado pela Intel Corp., é um dos maiores programas de investimentos de capital de risco no setor de tecnologia no mundo. Sua missão é efetuar e acompanhar investimentos com bom potencial de rentabilidade, que apóiam os objetivos estratégicos da Intel Corp.

- Fundo REIF - FMIEE (Returning Entrepreneur Investment Fund - Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes) é administrado pela DGF Gestão de Fundos Ltda. Seus cotistas são o FUMIN / BID (Fundo Multilateral de Investimentos vinculado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID) ou MIF/IDB (em inglês) , o Sebrae Nacional, o Sebrae São Paulo e o Banco ABN AMRO Real. O fundo conta com onze investimentos totalizando R$ 22,0 milhões.

Fundo Stratus VC - fundo de investimento em empresas emergentes administrado pelo Grupo Stratus, que injeta capital em empresas com grande potencial de crescimento nos setores de tecnologia aplicada. Os principais investidores institucionais do fundo são BID, Banco Privado Português, Bovespa, FAPES, FINEP, Grupo PEBB, e Sebrae.

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