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09/07/2009 - 11:08

Programa SENAI de Gestão de Logística adiciona valor às empresas

Consultorias permitem ganhos de produtividade com adoção do lean manufacturing.

Florianópolis - Um grupo de seis empresas da Grande Florianópolis e do Vale do Itajaí está obtendo consistentes ganhos com a melhoria de desempenho do processo industrial, a partir de consultorias do Programa SENAI de Gestão em Logística. A Olsen Indústria e Comércio, de Palhoça, por exemplo, já projetou que até o final de outubro o lead time (tempo médio da entrada de matérias-primas e componentes até a entrega do produto industrializado) de uma das linhas cairá dos atuais 144 dias para 16 dias.

Embora o programa trate de três tópicos da logística - suprimentos, produção e distribuição -, as ações vêm se concentrando na logística interna da produção, com a aplicação da lean manufacturing (produção enxuta), filosofia oriunda do Sistema Toyota de Produção e que foca a redução de desperdício, custos e estoques. "As consultorias têm dado ênfase à aplicação das técnicas denominadas troca rápida de ferramentas e mapeamento do fluxo de valor", explica Maurício Cappra Pauletti, diretor do SENAI de Itajaí, unidade que está coordenando as ações em Santa Catarina.

A troca rápida de ferramentas tem como princípio reduzir o chamado tempo de set up de máquinas de alta produtividade e que representem gargalos de produção. É o momento em que um equipamento é preparado para uma nova função ou para produzir peças diferentes daquela que estava fabricando. O set up é analisado detalhadamente pelos consultores e pelos operadores e são identificadas oportunidades de melhorias, como a que ocorreu numa das empresas atendidas, na qual um desses procedimentos teve seu tempo reduzido de 2h30min para 45 minutos.

Já o mapeamento do fluxo de valor trabalha com um produto de grande impacto no faturamento e na rentabilidade da empresa. A técnica consiste em mapear a situação existente na linha de produção, identificando pontos que efetivamente agregam valor e operações que não adicionam valor ao cliente. "A partir desta análise, a produção é totalmente reprojetada, eliminando-se tempos de desperdício, estoques intermediários ou quaisquer outras operações desnecessárias", explica Pauletti.

Conhecimento - "Foi um grande aprendizado para a empresa, da presidência às pessoas que realizam as tarefas mais simples. Incorporamos uma nova filosofia de trabalho; mudamos a cultura de uma fábrica que produzia para a de um mercado que compra", afirma o diretor-industrial da Olsen, Lauro César Silva Melo. Com a mudança de paradigma, a empresa deixou de produzir estoques e passou a fabricar de acordo com as encomendas, podendo, a qualquer momento, industrializar cada uma das 3,4 mil variações de cadeiras odontológicas ou de medicina de seu catálogo. Segundo o executivo, a consultoria não vem num pacote pronto.

"Os sete consultores do SENAI que realizam a atividade se reúnem com as equipes da indústria e buscam soluções em conjunto. Não existem soluções prontas, elas precisam ser construídas de acordo com as especificidades de cada empresa", afirma.

Para o proprietário da indústria, César Augusto Olsen, "as empresas que acreditam estar corretas por estarem repetindo operações há muitos anos estão enganadas". Segundo ele, é necessário que as empresas reflitam e procurem continuamente pelas melhorias. | http://www2.fiescnet.com.br

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