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11/07/2009 - 08:05

Saramago eleito sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras


O escritor português, vencedor de um Prêmio Nobel da Literatura, acaba de ser escolhido para ocupar a vaga deixada após a morte do francês Maurice Druon.

José Saramago já tinha visitado a ABL em novembro do ano passado.

Brasília - A Academia Brasileira de Letras (ABL) acaba de eleger o escritor português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, seu novo sócio correspondente, na vaga do escritor francês Maurice Druon, decano da Academia Francesa, falecido em abril de 2009. Saramago obteve 28 votos dos acadêmicos.

Comentando a eleição, o presidente da ABL, Cícero Sandroni, lembrou que José Saramago esteve na Academia em novembro do ano passado, para o lançamento mundial de seu mais recente romance, "A viagem do elefante". Ao ressaltar que as vagas de sócios correspondentes são preenchidas por escolha dos acadêmicos – e não por solicitação dos interessados –, disse que "a Academia não elege agora apenas o Prêmio Nobel de Literatura cuja obra já tem o reconhecimento universal, mas também um velho amigo e colaborador".

O quadro de sócios correspondentes da ABL é composto de 20 escritores de diversos países. A penúltima vaga havia sido preenchida no dia 4 de junho passado, com a eleição do francês Didier Lamaison para o lugar do português António Alçada Baptista.

Entre os atuais ocupantes figuram Mia Couto, Alain Touraine, Curt-Meyer-Clason, Daisaku Ikeda, Mário Soares, Claude L. Hulet e Adriano Moreira, entre outros.

Saramago na ABL - José Saramago esteve na ABL no dia 25 de novembro de 2008 para o lançamento mundial de seu livro "A viagem do elefante", com sessão de autógrafos. No Salão Nobre do Petit Trianon, o escritor falou para mais de 200 pessoas. Elogiou Machado de Assis, "dono de uma obra imensa e um humor inconfundível", e a língua portuguesa.

"O português é a mais bela língua do mundo e não me digam que não é", afirmou na ocasião. Segundo José Saramago, seu novo livro tem um roteiro simples. "Trata-se só de um elefante que sai andando. Mas o leitor é conduzido por algo mais, a linguagem", comentou.

Maurice Druon morreu aos 91 anos - O escritor e membro da Academia Francesa de Letras Maurice Druon morreu em abril, aos 91 anos. Parisiense, Maurice Druon teve entre seus antepassados um bisavô brasileiro, o escritor, jornalista e político Odorico Mendes (1799-1864), célebre pelas traduções de Homero e Virgílio. Durante a Segunda Guerra Mundial combateu no interior de França, ingressando, depois nas forças da Resistência. Deixou o país em 1942, atravessando clandestinamente Espanha e Portugal para trabalhar nos serviços de informações da chamada “França Livre”, em Londres. Recebeu a Grande-Cruz da Legião de Honra, foi Comendador das Artes e das Letras e titular de muitas outras condecorações. Celebrizou-se com Os Reis Malditos (Les Rois Maudits), uma série de sete romances históricos que estão traduzidos no mundo inteiro.

Maurice Druon foi eleito para a Cadeira nº 16 da ABL (cujo patrono é José Bonifácio de Andrade e Silva) em 1995, na vaga decorrente da morte do alemão Hermann M. Gorgen.| Portugal Digital

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