Desafios da construção em aço em pauta

Mesa redonda promovida pelo CBCA e ABM reunirá especialistas no dia 15 de julho (quarta-feira), em Belo Horizonte

Cerca de 300 profissionais e estudantes de Arquitetura e Engenharia e representantes da cadeia produtiva da construção em aço deverão participar do debate que reunirá as principais lideranças do setor nesta quarta-feira (15), a partir das 14 horas, em Belo Horizonte (MG). A mesa redonda “Desafios da Construção em Aço” é organizada pelo Centro Brasileiro da Construção em |=Aço (CBCA) e faz parte da programação do 64º Congresso Anual da ABM (Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração), realizada desde segunda-feira, na Expominas.

O debate será aberto pela gerente executiva do CBCA, Catia Mac Cord, e contará com a participação de José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva); João Alberto Vendramini, vice-presidente de marketing da Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria); Eduardo Assis Fonseca, da Abcem (Associação Brasileira da Construção Metálica); Fernando Orsini Rodarte, da Construtora Andrade Gutierrez; Carlos Alberto Maciel, professor da UFMG, e Flávio de Figueiredo, sócio-gerente da Flasan, especializada em perfis metálicos estruturais. A mesa redonda terá como mediadores os arquitetos Ascânio Merrighi e Gustavo Penna.

Histórico, evolução e desafios - Elevar a participação dos sistemas construtivos em aço aos níveis praticados em outros países é um dos principais objetivos do CBCA. Segundo Cátia Mac Cord, a construção em aço apresenta inúmeras vantagens econômicas e ambientais e vem crescendo a uma média de 6% ao ano desde 1999. Apesar disso, ainda é pequena a sua participação no cenário da construção civil no Brasil.

Aqui, o consumo per capita de aço anual é de cerca de 100 kg/habitante há quase 30 anos, muito aquém do observado nas economias desenvolvidas, onde os níveis são superiores a 400 kg/habitante. Enquanto nos Estados Unidos o material está presente em 50% das edificações e, no Reino Unido, em 70% delas, aqui este percentual é de cerca de 15%.

Até a década de 80, o uso de estruturas metálicas nas áreas da construção industrial e comercial era pouco conhecido no País. Na área da construção residencial, o assunto nem era cogitado por arquitetos e engenheiros, e muito menos pelos proprietários ou investidores. Fatores histórico-culturais decorrentes da falta de produtos siderúrgicos adequados colaboraram com essa realidade. Entretanto, este cenário mudou positivamente nos últimos anos, tanto com relação a materiais e tecnologias disponíveis quanto à demanda por sistemas sustentáveis e de baixo desperdício.

“Hoje há um concorrido e vasto mercado de materiais para a construção. Estima-se que a metade dos aços usados atualmente não existia até o início dos anos 90”, explica a gerente executiva do CBCA. Atualmente, acrescenta, o aço é produzido em uma grande variedade de tipos (composições químicas) e formas, cada qual atendendo eficientemente a uma ou mais aplicações. Esta variedade decorre da necessidade de permanente adequação do produto às exigências de aplicações específicas que vão sendo criadas pelo próprio mercado.

Para o CBCA, a maior colaboração entre os agentes da cadeia e os planos de desenvolvimento das empresas indicam confiança num futuro promissor. “Acreditamos que todos os elos da cadeia produtiva da construção em aço devem estar em sintonia para que o setor alcance a performance já verificada em países mais desenvolvidos. E o esforço conjunto de todos os atores que atuam no setor é fundamental para promover uma maior participação da construção em aço no Brasil”, ressalta Catia.

. [ Mesa Redonda ‘Desafios da Construção em Aço’, dia 15 de julho, às 14 horas, na Expominas – Belo Horizonte – MG, Inscrições: No local do evento. Informações: http://www.abmbrasil.com.br/congresso/2009].