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14/04/2007 - 08:16

Consórcio com Santander tem interesse em comprar ABN

Londres - O Royal Bank of Scotland, o Fortis e o Santander confirmaram em comunicado conjunto nesta sexta-feira que enviaram uma carta ao ABN Amro para expressar o interesse em adquirir o banco holandês.

A iniciativa pode ameaçar o atual proponente em comprar o ABN, o britânico Barclays.

O ABN está em negociações desde o mês passado com o Barclays a respeito de uma fusão, no que seria a maior transação entre duas instituições financeiras. Mas as conversas exclusivas entre as duas partes expiram na semana que vem.

"Fortis, Royal Bank of Scotland e Santander confirmam que enviaram uma carta conjunta... para expressar o interesse dos bancos em avançar rumo a uma proposta de aquisição do ABN Amro", disseram os bancos em comunicado enviado por email.

Os três bancos pediram para ter acesso às mesmas informações que foram fornecidas ao Barclays na 'due diligence'.

O ABN --que tem forte presença no Brasil-- disse que seus conselhos de Supervisão e Gerenciamento irão "considerar cuidadosamente a carta", e confirmaram que continuam em negociações exclusivas com o Barclays.

Uma proposta conjunta pelo ABN, que atualmente tem valor de mercado de 64 bilhões de euros (87 bilhões de dólares), provavelmente incluiria todas as operações do banco holandês.

Sinergias - Analistas afirmaram que o trio de bancos poderia conseguir mais sinergias de custos com o ABN e, por isso, estariam dispostos a pagar um preço maior pela instituição holandesa --até 40 euros por ação, ante expectativa de oferta do Barclays de 34 euros por ação. As ações do ABN terminaram a sexta-feira negociadas a 33,65 euros.

O presidente-executivo do Santander, Alfredo Saens, disse que ainda estava olhando oportunidades. Dependendo do acordo, o ABN poderia agregar valor aos negócios do grupo espanhol no Brasil, na Itália e em outros países da Europa.

Reportagens sugeriram na semana passada que um acordo conjunto daria ao Santander os negócios de varejo do ABN na Europa e na América do Sul, enquanto o Royal Bank of Scotland ficaria com os negócios de varejo nos EUA e atividades de atacado.

O Fortis, por sua vez, tem prometido crescimento internacional e deseja que ao menos 30 por cento do lucro operacional venha de fora da Benelux --região que reúne Bélgica, Holanda e Luxemburgo até 2009.

O Barclays está sob pressão de acionistas para definir um valor para o negócio ou desistir da operação.

Juntos, o Barclays e o ABN formariam o quinto maior banco do mundo, avaliado em cerca de 180 bilhões de dólares.

O período de conversas exclusivas termina por volta de 18 de abril --apenas uma semana antes das assembléias de acionistas dos dois bancos marcadas para o dia 26.

As instituições não se manifestaram sobre a data de 18 de abril, mas uma fonte próxima ao assunto disse que os dois lados planejam dar uma atualização sobre a situação nesse dia, anunciando ao mercado se chegaram a um acordo, se estenderão as conversas exclusivas ou se desistiram da união.

Os dois bancos já concordaram que a empresa combinada terá sede em Amsterdã e que os dois principais postos de comando serão divididos, mas fontes disseram na sexta-feira que há dúvidas sobre a estrutura corporativa, as sinergias e o preço.

Reportagens têm dito que as sinergias pela união poderiam ser de 4 bilhões de dólares, ainda que fontes tenham dito que elas devem ser menores, devido à pouca sobreposição de negócios.

O Barclays recusou-se a comentar nesta sexta-feira se o movimento dos três rivais poderia acelerar as suas conversas com o ABN.| Por :Mathieu Robbins e Clara Ferreira-Marques, reportagem adicional de Jane Barrett em Madri, Emma Davis em Bruxelas, Inge de Brouwer, Harro Ten Wolde e Niclas Mika em Amsterdã/Reuters.

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