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16/07/2009 - 09:53

O trabalho das cores: a importância dos estímulos visuais nos ambientes empresariais


Os primeiros homens da história começaram a usar as cores como magia para atrair a caça, e daí em diante elas passaram a ter um papel cada vez mais fundamental e simbólico em todas as culturas e religiões do mundo. Na Índia e na China o poder das cores é estudado há milhares de anos, e sua aplicação se dá em forma de energias que influenciam todos os aspectos da vida. Para os budistas e hindus, os chacras (centros energéticos do corpo) são regidos por elas, que colaboram para o equilíbrio entre o material e o astral, fazendo com que saúde, sorte e sanidade sejam sempre preservadas. No ocidente, foi a religião que as empregou inicialmente; usavam-nas na coloração das roupas, para definir hierarquias cristãs.

A mais antiga teoria sobre o assunto, de que se tem notícia, é de autoria de Aristóteles. Para esse filósofo grego, as cores eram uma das propriedades dos objetos, assim como peso, material e textura – posteriormente Leonardo da Vinci refutaria essa ideia, afirmando que elas seriam propriedades da luz (e não dos objetos). Ele também afirmou que o preto e o branco não são cores, mas extremos da luz. Foi, no entanto, o físico inglês Isaac Newton que realizou os principais experimentos e revolucionou os conhecimentos sobre a luz e a composição das cores. Estudiosos contemporâneos ampliaram tais conceitos, acrescentando ainda os aspectos psicológicos envolvidos. Dessa forma, diz-se atualmente que a cor é vista (impressiona a retina), é sentida (provoca uma emoção) e é construtiva (tem valor de símbolo e capacidade de construir uma linguagem que comunica uma ideia).

Por tudo isso, e considerando pesquisas recentes de profissionais das áreas de atividades laborais, ergonomia e psicologia, a aplicação do esquema de cores no ambiente de trabalho tornou-se indispensável. Arquitetos e designers de interiores estão cada vez mais conscientes de que antes de elaborar o projeto cromático para os ambientes de trabalho é fundamental conhecer os requisitos e as necessidades do espaço considerado e das pessoas que o ocuparão, bem como os princípios científicos e os resultados psicológicos relacionados. Infelizmente, verifica-se ainda que em muitos casos o planejamento espacial é eficiente, a iluminação, o controle do ruído e o conforto térmico são adequados mas não há preocupação com o uso da cor, com grande apelo às cores da logomarca da empresa, nem sempre adequadas ao projeto cromático.

O bom uso das cores nos ambientes empresariais representa um auxiliar na promoção da saúde, da segurança e do bem-estar dos colaboradores e visitantes, uma vez que elas podem interferir nas reações psicológicas relacionadas a humor, satisfação e motivação; aumento do desempenho; menor fadiga visual; redução no índice de acidentes; facilidade de conservação e limpeza. Além disso, as cores são uma importante ferramenta na concepção da imagem da organização, no que se deseja transmitir aos clientes, colaboradores e fornecedores.

O arquiteto Fabio Rocha destaca alguns aspectos a serem considerados antes de planejar a composição cromática dos espaços corporativos: 1. As cores quentes (aquelas associadas ao sol e ao fogo – amarelo, vermelho e laranja) aproximam e aumentam os objetos, diferentes das cores frias (associadas à água e ao céu – azul, verde e violeta), que dão a impressão de distanciar-se e reduzem as dimensões aparentes dos objetos. As cores escuras criam a sensação de aproximação, enquanto as claras aparentam aumentar a amplitude.

2. Na percepção de tempo, experiências mostram que em ambientes com cores quentes o ser humano subestima a passagem do tempo, enquanto nos ambientes com cores frias o tempo é superestimado. No que diz respeito à percepção tátil, cores quentes parecem mais fofas e macias, e cores frias causam a sensação de dureza.

3. Pesquisas realizadas por psicólogos da Gestalt concluíram que sons altos e fortes fazem com que os olhos fiquem mais sensíveis ao verde que ao vermelho. Esses dados são importantes para o correto planejamento das compensações visuais, no caso de haver problemas com ruídos em diversos tipos de ambiente. Em relação à percepção gustativa e olfativa, verifica-se que os vermelhos, laranjas, amarelos e verde-claros são cores apetentes, diferentes de púrpura, mostarda e tons de cinza, que são menos desejáveis.

4. Quanto ao significado das cores, destaca-se: Amarelo: é uma cor de vivacidade e luminosidade, sugere proximidade. Se usado em excesso, pode se tornar cansativo.

Azul: na cultura ocidental está associado a fé, confiança, pureza. O azul-escuro dá sensação de frieza e formalismo.| Laranja: cor estimulante e de vitalidade, relacionada a ação, entusiasmo e força. | Rosa: aquece, acalma e relaxa. Está associada a feminilidade e delicadeza.| Verde: sugere tranquilidade. Em tom claro, transmite sensação de paz e bem-estar. Tons escuros podem deprimir. \ Vermelho: desperta entusiasmo, dinamismo e ação. Se usado em excesso, pode irritar e despertar violência. | Violeta: sugere proximidade e contato com a espiritualidade. O excesso torna o ambiente desestimulante. Assim como ocorre com o vermelho, com o azul-escuro e com o verde-escuro, não é recomendado o uso do violeta em grandes áreas.

Por fim, Fabio Rocha recomenda cautela no uso das cores em moda – como foi o caso dos tons de violeta usados fortemente no ano de 2008, por elas dificilmente se adaptarem a todos os aspectos, objetivos e necessidades de cada lugar e público. Para ele, a composição cromática com objetivo funcional atua ao lado das convenções estéticas e preferências pessoais, devendo prevalecer o projeto que amenize condições desfavoráveis e torne mais agradáveis os espaços empresariais. Estados de depressão ou fadiga podem ser decorrentes da permanência prolongada em ambientes cuja escolha das cores não atendeu à observação dos possíveis efeitos. “Nossa obrigação, como arquitetos corporativos, é contribuir positivamente para a jornada de trabalho, de forma que os usuários sintam-se confortáveis e motivados, em qualquer que seja sua função”, finaliza [ www.fabiorochaarquitetura.com.br]

Perfil dos sócios: Fabio Rocha - Diplomado pela tradicional Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Fabio Rocha atua desde 1993 em Arquitetura & Interiores. Cursos variados, relacionados às novas técnicas construtivas, materiais de acabamento, luminotécnica, decoração, feng shui, gerenciamento de obras, entre outros, o mantêm integrado às evoluções mercadológicas.

Conquistadas experiência e credibilidade, assume por meio da Fabio Rocha Arquitetura o compromisso de superar as expectativas de seus Clientes, apresentando soluções inovadoras e práticas, com o melhor aproveitamento do capital investido.

Criando projetos e gerenciando a execução das obras, principalmente no mercado corporativo, Fabio Rocha possui em seu currículo empresas de grandes cidades brasileiras, como por exemplo: Laboratórios Stiefel Brasil (Guarulhos-SP), Grupo Catho (São Paulo-SP), Grant Geophysical do Brasil (Rio de Janeiro-RJ), Indústrias Anhembi (Osasco-SP), Itambé Planejamento Imobiliário (São Paulo-SP), Maeda S/A Agroindustrial (São Paulo-SP), além de inúmeros outros clientes nos segmentos de lojas, clínicas e residências.

Sílvia Rocha - Pós-graduada em Negócios Imobiliários pela Faap de São Paulo, Sílvia Rocha fortalece as áreas de Administração e Marketing da Fabio Rocha Arquitetura. Graduada em Psicologia, diversificou seus conhecimentos com cursos nas áreas de direito, administração e marketing. Seu objetivo é o constante aprimoramento na qualidade da prestação dos serviços da empresa.

Sua experiência em gestão administrativa e sua visão geral do mercado possibilitaram a implantação de métodos modernos e eficazes, que garantem qualidade e agilidade na conclusão e entrega das obras.

Colunista do site Empresas Vale, contribui com diversos veículos de comunicação, disponibilizando informações sobre arquitetura, reforma & construção e mercado imobiliário.

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