Firjan: Rio de Janeiro gerou saldo de quase oito mil empregos em maio

Construção Civil volta a contratar, impulsionada por grandes obras.

Pelo quarto mês seguido as contratações superaram as demissões de trabalhadores no Rio de Janeiro (7.920) e no Brasil (saldo de 131.557). Apesar da atividade econômica em níveis inferiores aos de 2008, o resultado aponta um quadro de crescente recuperação. A conclusão é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) na Nota Técnica Acompanhamento Mensal do Mercado de Trabalho, divulgada nesta quarta-feira com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

No Estado do Rio observou-se manutenção do ritmo e da trajetória ascendente de geração de postos de trabalho formal, com 7.920 novos empregos celetistas. O setor de Serviços foi o principal responsável, com mais de 3.800 vagas em maio. A Construção Civil, depois de leve arrefecimento no mês anterior, voltou a contratar, impulsionada por obras públicas como o Porto do Açu.

A Indústria da Transformação fluminense teve saldo positivo expressivo, de 1.741 vagas, pela primeira vez desde o início da crise, no fim de 2008. O setor que mais contratou foi o de Produtos Alimentícios, Bebidas e Álcool Etílico, graças à safra recorde de cana-de-açúcar este ano. A Indústria Têxtil e do Vestuário gerou 540 novos postos de trabalho, mais do que o dobro do registrado em maio de 2008 (214). A Indústria Química apresentou saldo de 228 novas contratações no mês, quase revertendo o acumulado negativo no ano.

Foi reduzido o número de demissões na Indústria Automotiva no Sul Fluminense. A maior movimentação de trabalhadores na Extração Mineral se deu em Areia, Pedra e Argila, e não em Petróleo, o que sinaliza aquecimento da atividade de Construção Civil. Espera-se mais contratações, também por causa do diferimento de ICMS para o setor de mármores e granitos garantidos pela publicação do Decreto nº 41.858, de 8 de maio, atendendo a pleito do Sistema Firjan.

Saldo 23,9% maior contra o mês anterior no País - Em termos nacionais, o saldo de maio foi 23,9% maior do que o de abril, contrariando o movimento sazonal observado desde 2005 de redução nesses meses. O Sudeste criou 100.020 novos postos de trabalho, o que representou 77% do saldo brasileiro. São Paulo (44.521), Minas Gerais (37.518), Paraná (11.682), Espírito Santo (10.061) e Bahia (9.060) foram os principais estados geradores de emprego no país em maio.

Houve influência das safras de cana-de-açúcar e de café, e os principais setores empregadores foram a Agricultura (52.927) e a Indústria Alimentícia, Bebidas & Álcool Etílico (13.382), associadas a essas culturas.

Todos os setores da economia apresentaram saldo positivo, o que não ocorria desde julho de 2008. A Indústria da Transformação apresentou seu primeiro resultado positivo em abril e manteve-se estável em maio com tendência positiva, criando 700 novas vagas.

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