Estudo da Thomson Reuters revela que pesquisa científica está em alta no Brasil

País integrante do 'BRIC' apresenta aumento constante da produção e do impacto.

Filadélfia e Londres -A Thomson Reuters anunciou no dia 13 de julho (segunda-feira), os resultados de um estudo que documenta o crescimento constante do Brasil nas duas últimas décadas em termos do volume e do impacto do seu trabalho científico. Conforme o Science Watch, estas revelações ressaltam a posição do Brasil entre as nações emergentes do "BRIC". A sigla se refere a Brasil, Rússia, Índia e China, os países que possuem os recursos e o potencial econômico para representar uma parcela significativa do crescimento econômico mundial no futuro.

Para avaliar a pesquisa brasileira, o Science Watch utilizou estatísticas de publicações e citações compiladas pelo banco de dados National Science Indicators (Indicadores Nacionais de Ciências) da Thomson Reuters.

A produção cientifica do país aumentou muito. O número de artigos de pesquisa publicados com pelo menos um autor que atue no Brasil aumentou de pouco mais de 3.000 em 1989 para mais de 19.000 em 2007.

Para examinar a produção em diversas áreas científicas, o Science Watch comparou a proporção relativa ao Brasil nos artigos indexados pela Thomson Reuters em dois períodos: de 1994 a 1998 e de 2004 a 2008. As ciências agrícolas ficaram à frente, com uma elevação de 3,2 pontos percentuais entre o período de 1994 a 1998 e o período de 2004 a 2008. As ciências botânicas e zoológicas ficaram em segundo lugar, com um aumento de três pontos percentuais, seguidas por farmacologia e toxicologia, com uma elevação de 1,78 ponto percentual.

O Science Watch também avaliou o impacto total da ciência produzida no Brasil, comparando com a média mundial o seu total de citações por artigo em todas as áreas.

"Desde 1985, o Brasil obteve a maior média de impacto total entre as nações do BRIC em comparação com a média mundial", afirmou o editor do Science Watch, Christopher King. "Embora ainda fique abaixo da média mundial total de impacto científico, o Brasil vem crescendo constantemente rumo à paridade desde o final da década de 1980. Ele passou de um escore de 44% da média mundial no período de 1985 a 1989 para 63% da marca mundial no período de 2004 a 2008. Nos últimos anos, contudo, a trajetória do Brasil vem sendo relativamente estável, enquanto a Índia e a China estão crescendo bruscamente em termos de impacto".

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