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16/07/2009 - 10:07

Cantoras do Brasil e Guiné-Bissau dividem o palco em "Nossa Língua, Nossa Música" no CCBB Rio

As cantoras Fabiana Cozza e Eneida Marta, juntas, vão protagonizar um momento raro: o encontro do samba do Brasil com a sonoridade africana de Guiné-Bissau. O cenário dessa reunião? O palco do projeto “Nossa Língua, Nossa Música”, no CCBB Rio, que estreia no dia 21 de julho, com Fabiana e Eneida puxando a programação.

Toda terça-feira, às 12h30 e às 18h30, o evento promoverá encontros musicais para lá de especiais, mostrando que o idioma não é o único elo entre os países onde se fala o português. A criatividade musical também nos une. O projeto se estende até 11 de agosto.

Considerada uma das mais importantes intérpretes de música brasileira na atualidade, Fabiana Cozza foi indicada ao Prêmio Tim 2008 nas categorias Melhor Cantora de Samba e Melhor Cantora pelo Júri Popular, pelo segundo disco, “Quando o Céu Clarear”. Ela continua em turnê com o CD, que marca ainda o lançamento de seu primeiro DVD, com as participações de Maria Rita e Rappin’Hood.

Fabiana vai dividir as atenções com Eneida Marta, nascida em Guiné-Bissau, na África. Seu pai, de origem angolana, a incentivou desde muito pequena a trabalhar sua voz e participar de concursos. Mais tarde, a cantora se mudou para Portugal, onde investiu na carreira, fez aulas de canto e continuou a freqüentar concursos. Em 2001, lançou o primeiro disco-solo, “Nossa História”, que arrancou elogios de público e crítica, mas foi só a partir do lançamento do terceiro disco, “Lôpe Kai”, em 2006, que Eneida iniciou a primeira turnê pela Europa.

A programação segue no dia 28 com as irmãs Tetê e Alzira Espíndola e Dam Felix. No palco, as brasileiríssimas Tetê e Alzira realizam uma verdadeira comemoração musical, ultrapassando as barreiras do regional e da música cabocla rumo ao som contemporâneo. Travando um dueto de vozes, craviola e violão, as duas cantoras exibem intimidade com suas raízes pantaneiras. O fadista Dam Felix, natural de Funchal, na Ilha da Madeira, também apresenta grande intimidade com a música que canta. Foi no Brasil que ele decidiu investir em sua carreira. Agora, comemora 30 anos dedicados à divulgação da canção nacional portuguesa, com agenda repleta de shows e seis discos gravados na bagagem.

No dia 4 de agosto, as cantoras Maria Dapaz e Rosa Madeira protagonizam o encontro Brasil-Ilha da Madeira. Pernambucana de Jaboatão dos Guararapes, Maria Dapaz tem a música presente em sua vida desde a infância. No final dos anos 70, se mudou para São Paulo. O primeiro disco, “Pássaro Carente”, veio em 80, mas foi o segundo trabalho, “Maria da Paz”, de 83, que a levou em turnê na Europa. Acabou morando 6 anos na Suíça. De volta ao Brasil, a também compositora viu uma música sua, “Brincar de Ser Feliz”, fazer sucesso na voz da dupla Chitãozinho & Xororó, que acabou gravando outras canções dela.

A fadista Rosa Madeira fez sua primeira apresentação internacional em 1985, em Jersey. Um ano depois, gravou “Aplauso Para Uma Voz” e continuou suas andanças pelo mundo, cantando principalmente para comunidades de língua portuguesa. Em 2008, passou a integrar um projeto especial, envolvendo quatro músicos e sua bela voz. O repertório divide-se entre o fado e a música tradicional portuguesa, com atenção especial ao folclore da Ilha da Madeira.

A dupla brasileira As ´Drianas e a portuguesa radicada no Brasil Maria Alcina encerram o projeto no dia 11 de agosto. Cantoras desde a infância, Adriana Sanchez e Adriana Farias formam a dupla As ´Drianas - a primeira à frente do acordeon e voz e a segunda, viola e voz. Juntas, elas percorrem o país e o mundo divulgando a boa e velha música caipira de forma inovadora, ao incorporarem elementos da música latina e da fronteira como as polcas e os chamamés.

Outra atração do dia, a portuguesa Maria Alcina se mudou para o Brasil aos 14 anos, onde consolidou sua carreira. Dona de uma voz encorpada, a fadista ganhou seu primeiro programa de auditório na Rádio Vera Cruz, "Maria Alcina – A Voz de Além Mar" e não parou mais, fazendo sempre a ponte Brasil-Portugal. Nos anos 90, foi escolhida representante dos artistas portugueses na festa de lançamento da Fundação Luso-Brasileira. Em 2000, fez parte das comemorações pelos 500 anos do Brasil na TV Globo e, recentemente, na mesma emissora, fez participação especial cantando na minissérie "Maysa".

Reformas e afins - "Apesar das diferenças de sotaques, os países que falam português são unificados pela cultura", acredita a curadora do projeto, Jocelyne Aymon. "Queremos promover o intercâmbio cultural entre esses países, apresentando o encontro de artistas de várias regiões do Brasil com cantoras da Ilha da Madeira, Guiné-Bissau e Portugal, em quatro belos espetáculos."

Desde janeiro, uma série de reformas tem mudado o jeito do brasileiro pensar o idioma, envolvendo trema, acentuação, hífens e outros ajustes. A proposta é que a nova ortografia padrão seja adotada por todos os países que falam o português, facilitando o intercâmbio cultural entre eles.

Nossa Língua, Nossa Música, às terças-feiras, 12h30 e 18h30, no Teatro II - Rua Primeiro de Março, 66 - Centro - Rio de Janeiro. Lugares: 155 lugares. Ingressos: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia entrada) | Informações: (21) 3808-2020 - www.bb.com.br/cultura | Horário de funcionamento da bilheteria: das 10h às 21h. *Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física // Ar-condicionado // Loja.

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