Aracruz anuncia resultados do 2º trimestre

Vendas de 832 mil toneladas representam recorde para um segundo trimestre. Empresa tem lucro líquido de R$ 595 milhões, devido em grande parte ao fortalecimento do real.

Vendas – As vendas de celulose da Aracruz totalizaram 832 mil toneladas, volume recorde para um segundo trimestre. As vendas foram 2% acima do primeiro trimestre de 2009 e 8% maiores que do segundo trimestre de 2008. As fortes vendas para a China mantiveram o percentual de vendas para a Ásia em torno de 45% do total do volume vendido no 2º trimestre de 2009. Como resultado, o nível de estoque ao final de junho apresentou redução de sete dias de produção, para um total de 42 dias.

Produção – A produção de celulose da Aracruz atingiu 780 mil toneladas (incluindo a participação da Veracel), quantidade 8% acima do primeiro trimestre de 2009, quando ocorreram paradas nas fábricas de Barra do Riacho (ES), e em linha com o segundo trimestre de 2008.

Mercado de celulose – A combinação de um dólar mais fraco, somado ao equilíbrio no nível de estoques em função da disciplina na oferta – associada ao fechamento de fábricas e redução de capacidades de unidades com alto custo de produção, além da forte demanda chinesa, criaram condições para que os grandes produtores de celulose de mercado anunciassem aumento de preço. Os preços de celulose anunciados a partir de julho ficaram maiores em US$ 30/t, para todas as regiões e situam-se agora em um patamar de US$ 530/t.

A redução na demanda de papel e embalagens, nos mercados de maior consumo, indicou uma queda acentuada. Na América do Norte e Europa essa redução foi sentida principalmente pelos produtores de papel, como de imprimir e escrever, o que levou à necessidade de ajustes na produção para adequá-la ao baixo consumo ao longo do período. Ao contrário de outros segmentos o mercado de papel sanitário permanece estável, mesmo diante da fraca situação econômica, e ainda sustenta a projeção 2,3% de crescimento mundial em 2009, tendo a China como a principal força motriz.

Apesar da redução no consumo global de papel e embalagens, a demanda na Ásia mostrou sinais de crescimento no segundo trimestre de 2009. Até o momento, a China tem registrado expansão, variando entre 4% e 6% no acumulado do ano, em comparação com o mesmo período de 2008.

A demanda mundial por celulose de eucalipto continuou em expansão, com crescimento acumulado de 11% até maio, comparado ao mesmo período de 2008. A celulose de eucalipto representou 35% do consumo mundial nos primeiros 5 meses do ano, comparada à participação 29% no mesmo período de 2008.

Custo caixa de produção – O custo caixa de produção de celulose foi de R$ 423/t, 9% abaixo do custo de R$ 464/t do primeiro trimestre de 2009, devido em grande parte à menor despesa com insumos e à maior diluição de custos fixos. Quando comparado ao segundo trimestre de 2008, ficou 10% menor, graças ao programa de redução de custos anunciado pela empresa no terceiro trimestre de 2008 e ao menor custo com insumos, principalmente químicos e madeira.

Resultado – A Aracruz obteve lucro antes do imposto de renda e contribuição social (IR/CSL) de R$ 932 milhões no segundo trimestre de 2009. Resultado esse favorecido em grande parte pela receita de variação monetária e cambial, devido a valorização de 16% do real frente ao dólar no período, já que 69% do endividamento da companhia era denominado em moeda estrangeira. Também contribuiu para esse lucro o resultado operacional positivo apurado no período. O lucro líquido, após a provisão de IR/CSL, foi de R$ 595 milhões, ou R$ 0,58/ação.

Endividamento – A dívida bruta fechou em R$ 8,2 bilhões, uma redução de R$ 1,3 bilhão em relação ao valor do primeiro trimestre de 2009, devido principalmente à valorização do real em relação ao dólar (16% - taxa fechamento) sobre a parcela da dívida denominada em moeda estrangeira, e a liquidação de parcelas da dívida vencidas ao longo do trimestre. A posição de caixa da companhia em 30/6/09 era de R$ 614 milhões, sendo 70% em moeda local.[www.aracruz.com.br/ri]