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17/04/2007 - 08:56

Consumo de mel em escolas fluminenses é semelhante ao padrão europeu

Crianças da região noroeste do Rio de Janeiro estão consumindo cerca de 720 gramas de mel por ano com a distribuição gratuita do produto nas escolas, creches e orfanatos

Brasília - A distribuição de dois sachês com dez gramas de mel por semana para escolas, creches e orfanatos está mudando o padrão de consumo desse produto na região noroeste do Rio de Janeiro.

Nos 13 municípios dessa região, cada criança vai consumir cerca de 720 gramas de mel até o fim do ano, uma quantidade próxima ao padrão norte-americano (910g per capita/ano), ou europeu (até um quilo per capita/ano). É também um consumo 12 vezes maior que o padrão brasileiro (60g por pessoa/ano).

O gestor do projeto Apicultura do Norte e Noroeste Fluminense, José Maurício Apolônio Soares, do Sebrae em Itaperuna (RJ), explica que a distribuição do mel é feita por um convênio entre a Cooperativa Regional de Agricultura Familiar (Cooperafa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Pelo convênio, a Cooperativa vai entregar 40 toneladas de mel até agosto deste ano e há a possibilidade de renovar esse contrato até o fim do ano. "A Conab está distribuindo o mel para 23 mil crianças em cerca de 90 instituições da nossa região", diz.

Com o mel na merenda escolar, toda a comunidade da Região Noroeste Fluminense está sendo beneficiada. Os apicultores cooperados garantiram mercado para sua produção. "Praticamente tudo o que é produzido na região é comprado pela Conab", ressalta José Maurício. As escolas, orfanatos e creches ganharam um reforço para a alimentação das crianças. E os pequenos fazem a festa quando recebem o sachê de mel.

Em Porciúncula (RJ), Sebastião Barreto, diretor da Escola Municipal Jardim de Infância Carolina Oliveira de Almeida, conta que as crianças adoraram a inclusão do mel na merenda. "Além de ficarem felizes porque é um alimento docinho, elas também estão mais saudáveis, e melhoraram o condicionamento físico", ressalta. Nessa escola, o mel é entregue para 376 crianças de dois a oito anos de idade.

Maria de Lurdes de Castro, avó de João Pedro Gaspar, 8 anos, aprova o uso do mel como complemento alimentar. Ela diz que João tem ficado menos gripado durante o ano e que o mel também chamou a atenção do menino para a merenda da escola. "Ele não queria comer nada na escola, mas, agora com o mel, ele se interessou mais e acaba comendo", diz Maria.

A Organização Mundial de Saúde aponta que o consumo regular de mel na alimentação é importante para crianças, adultos e idosos. O mel ajuda na calcificação e crescimento dos ossos, na prevenção de anemias, na proteção do cérebro e do fígado e no desenvolvimento da inteligência.

O consumo de mel é tão importante que em alguns estados a inclusão desse produto no cardápio da merenda escolar tornou-se obrigatória. É o caso de Mato Grosso do Sul, por exemplo, que criou uma lei em 2005 para isso. Em Rondônia, além do mel, as crianças recebem cartilhas explicativas sobre a importância do mel como alimento. Já em Alagoas, as merendeiras receberam cursos para utilizar o mel na gastronomia regional. | Giovana Perfeito/Sebrae RJ

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