Combater inseguranças para melhorar resultados

Atuar com eficiência passou a ser uma das maiores prioridades das empresas, principalmente diante de um mercado cada vez mais competitivo, em um mundo globalizado como o atual e repleto de consumidores bem-informados e exigentes. Mas, para garantir uma atuação realmente eficiente, como os gestores devem agir para manter o equilíbrio emocional e o estímulo a funcionários e colaboradores em um momento de crise?

Em épocas como a que vivemos, muitas empresas enfrentam um terrível efeito sobre seus colaboradores, que é a insegurança provocada nos profissionais diante do risco real ou imaginário da perda do emprego, seja devido a temores sobre a continuidade da própria empresa, ou em razão da possibilidade de demissões. Este fenômeno acaba provocando sérias dificuldades, já que um número considerável de trabalhadores é afetado por este clima de potenciais demissões, o que redunda em problemas comportamentais ou em queda de produtividade. Trata-se de um risco para o adequado funcionamento da corporação que deve ser evitado.

Alguns colaboradores - muitas vezes trabalhadores experientes e com grande capacidade técnica - chegam a ser demitidos não pela crise, mas porque vivem um momento de insegurança, o que prejudica sua atuação profissional.

Este fenômeno é negativo tanto para o profissional, que perde o emprego, quanto para a empresa, já que, muitas vezes, investem vultosos recursos financeiros em treinamentos técnicos, capacitações e atualizações desses profissionais dispensados em razão de um momento de desequilíbrio.

Por isso mesmo, é essencial que as empresas e seus gestores nunca se esqueçam da importância de se investir em programas de acompanhamento emocional, em assistência social e em treinamentos comportamentais destinados a estimular o trabalhador a se manter sempre integrado e atualizado.

O ideal é que a empresa construa um ambiente de equilíbrio que permita que o profissional sinta-se o mais seguro possível. Para isso, é necessário: agir com transparência; investir em governança corporativa; promover uma comunicação eficiente; fomentar a integração e o bom relacionamento entre áreas, gestores e empregados; oferecer condições, recursos e equipamentos que permitam atuação saudável no trabalho; e estimular o envolvimento de todos no fortalecimento da companhia, usando tática e inteligentemente recursos como os incentivos destinados à ascensão profissional, estímulos ao cumprimento de metas e até cobranças bem colocadas.

O maior patrimônio das empresas é formado pelas pessoas que as fazem existir. Permitir que estas pessoas trabalhem sentindo segurança e harmonia é um desafio que, ultrapassado, gera resultados altamente positivos para todos.

. Por: Marcelo Gonçalves , sócio-diretor da BDO Trevisan.