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24/07/2009 - 11:16

Efeitos da crise perdem força e otimismo volta à indústria, indica pesquisa da CNI

Brasília – A Sondagem Industrial do segundo trimestre de 2009, divulgada no dia 23 de julho (quinta-feira), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, reforça a percepção de que os efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira estão perdendo força. A pesquisa indica também que o otimismo está de volta ao setor industrial brasileiro.

O indicador de evolução da produção ficou em 48,1 pontos na pesquisa divulgada hoje, o que denota queda da produção em relação ao trimestre anterior (segundo a metodologia da pesquisa, valores abaixo de 50 pontos indicam retração). No entanto, o número foi 12 pontos maior do que na pesquisa anterior, do primeiro trimestre, o que mostra que o ritmo de queda da produção industrial perdeu intensidade e está próximo da estabilidade.

O mesmo se deu em relação ao emprego industrial. O indicador ficou em 49,7 pontos, o que ainda demonstra demissões no setor em relação ao período anterior. Mas o fato de ter ficado quase cinco pontos acima do indicador do primeiro trimestre (44,8 pontos) e próximo da linha de estabilidade, de 50 pontos, demonstra que o ajuste no nível de emprego feito pela indústria está próximo do fim.

A utilização da capacidade instalada teve uma leve recuperação no segundo trimestre, segundo a pesquisa divulgada hoje pela CNI, mas ainda se mantém abaixo da média dos últimos sete anos. O indicador ficou em 69%, ante 68% do verificado na pesquisa do primeiro trimestre. No mesmo período do ano passado, a utilização da capacidade instalada estava em 77% na média do setor. Importante lembrar que a metodologia utilizada pela Sondagem Industrial para aferir a utilização da capacidade instalada é diferente da metodologia da pesquisa mensal Indicadores Industriais e, portanto, os números de uma e outra não são comparáveis.

Novo indicador - Esta edição da Sondagem Industrial estréia um indicador novo: a utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual. Ou seja, com o complemento desse indicador, será possível saber se o nível de utilização está dentro do esperado pela empresa. Ele tem metodologia igual aos demais indicadores da Sondagem, variando de zero a 100, com valores acima de 50 denotando que está acima do usual.

Na primeira edição, o indicador ficou em 36,5 pontos, 13,5 pontos abaixo da linha de estabilidade (50 pontos). Ou seja, os 69% de utilização da capacidade instalada estão, no entender das empresas, bem abaixo do usual para o período. De 2004 até 2008, o indicador ficou sempre acima dos 70% no segundo trimestre, sendo que o pico, de 77%, foi registrado no ano passado.

Estoques - A utilização da capacidade instalada ainda está abaixo do usual para o período, segundo as indústrias, porque os estoques ainda não passaram por todo o ajuste necessário. De acordo com a Sondagem Industrial da CNI, o indicador de evolução dos estoques ficou em 47,7 pontos, ou seja, as empresas diminuíram seus estoques no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro.

E o indicador de estoque efetivo mostra que os produtos acumulados ainda precisam ser vendidos antes de a produção industrial voltar a crescer mais fortemente. O indicador ficou em 52,7 pontos, o que demonstra que a indústria ainda tem mais produtos parados do que o desejado.

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