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17/04/2007 - 09:28

O Papa e a Igreja na América Latina

Pela primeira vez, o Papa Bento XVI visita um país não-europeu, vindo ao Brasil no próximo mês. Sob vários aspectos, trata-se de um fato de importância muito grande. Em primeiro lugar, o Brasil é o país que tem mais católicos no mundo, com cerca de 75% da população católica. Ainda que muitos não tenham uma vivência real de sua fé, isso reforça a figura do Papa como uma referência para a maior parte do povo.

João Paulo II sempre arrastou as multidões atrás de si. Bento XVI não deve ser diferente. O povo brasileiro, por sua profunda religiosidade, sempre vê no Papa “o homem de Deus” e aquele “que vem em nome do Senhor”. Por isso, ouvirá a sua voz e acolherá suas palavras, que deverão tocar nos principais problemas que afligem a Igreja e a seus fiéis. Para muitos, será a única oportunidade de ver o Papa.

Não há dúvida de que o Papa falará dos problemas sociais que o povo da América Latina enfrenta: a brutal concentração de renda e a falta do mínimo necessário para a sobrevivência de muitos. Sem dúvida, ele trará o seu alento àquele que sofre no corpo ou na alma, apresentando o remédio de Deus para todos. Certamente, ele falará dos graves problemas e ameaças que sofre a família em nossos dias: aborto, divórcio, segunda união, casamento de homossexuais, manipulação de embriões, uso de células-tronco embrionárias, eutanásia etc. Ainda que muitos não concordem com o seu discurso, ele não deixará de apontar para o povo católico os caminhos ensinados pela Igreja.

O Papa vem, também, para a 5ª Conferência dos Bispos da América Latina. Trata-se de um evento de grande importância para o Continente, em que ele e os bispos vão analisar a situação de evangelização na América Latina – que ele chama de Continente da “esperança cristã”. Certamente, suas palavras vão animar a evangelização em um contexto difícil de relativismo religioso e moral, em que Cristo e a Igreja católica são muitas vezes deixados de lado, enquanto crescem as seitas.

O discurso inaugural que o Papa fará na 5ª Conferência será temático para os bispos em seus estudos e análises da missão da Igreja na América Latina. Durante cerca de 25 anos, ele foi o braço direito do Papa João Paulo II como Prefeito da Congregação da Fé, e pôde conhecer bem os problemas da Igreja na América Latina. Isso lhe dá a oportunidade de propor caminhos e soluções para a missão evangelizadora da Igreja em nosso Continente. Não há dúvida de que suas palavras vão ser um referencial para os estudos e programas pastorais das dioceses.

Não menos importante é o fato da canonização do primeiro santo nascido no Brasil, frei Antonio Galvão. Isso é um marco para o Brasil, sinalizando que outros santos brasileiros poderão em breve ser canonizados, a exemplo do que João Paulo II disse: “O Brasil precisa de santos, de muitos santos!” Certamente, o Papa vai falar da importância da santidade para os cristãos, para o país e para a Igreja. Ele tem dito que a santidade dos seus filhos é a força mais poderosa da Igreja na missão de evangelizar.

Por fim, o Papa vem também como homem da Paz. Aquele que traz em seu traje branco a esperança de um mundo novo onde reine a paz e a vitória sobre a morte. A esse povo sofrido e amedrontado pelo sofrimento ele virá trazer a Luz de Cristo que ilumina as trevas do pecado, do medo, da angústia, da tristeza e da morte.

. Por: Prof. Felipe Aquino, teólogo e apresentador dos programas Escola da Fé e Trocando idéias, na TV Canção Nova (www.cancaonova.com)

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