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25/07/2009 - 11:58

O papel do Brasil no processo de integração da |mérica do Sul

Enfrentar os contrastes internos do Brasil, um país continental, é condição fundamental para o aprofundamento das relações sul-americanas.

Com essa afirmação o embaixador Jerônimo Moscardo abriu o Seminário sobre Integração da América do Sul, realizado hoje pela Fundação Alexandre de Gusmão, Instituto de Pesquisa e Relações Internacionais, no Palácio do Itamaraty, mo Rio de Janeiro.

O Debate - Instigados por tal proposição, os debatedores abordaram a constituição do Mercosul e o papel do Brasil para o desenvolvimento integrado da região. A integração é um processo essencialmente econômico ou prevalecem aspectos culturais e sociais?

Para Darc Costa, professor da UFRJ e presidente da Federação de Câmaras de Comércio da América do Sul, o motor da integração é o crescimento da economia brasileira, hoje responsável por mais de 50% do PIB Sul Americano. Segundo Costa, somente com o fortalecimento do mercado nacional é possível promover um crescimento sustentado de toda a região.

O fator econômico, sem o qual não seria viável nenhuma aliança institucional ou aproximação cultural sólida, também é preponderante na opinião do professor Ricardo Markwald, da FUNCEX - Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior. Para ele, a União Européia, por exemplo, teria se mantido e adensado pelos interesses e benefícios comerciais gerados, sem os quais as divergências políticas dos países membros e as próprias mudanças na conjuntura mundial teriam abortado o processo.

Essa visão foi questionada pela professora da Academia Paraguaia de História, Milda Rivarola. Para se avançar e criar convergências entre os países da região, antes de mais nada seria preciso pensar que América do Sul nós queremos. Buscamos somente um mercado integrado ou ambicionamos uma comunidade integrada, em que haja participação real e cotidiana dos cidadãos nos debates e caminhos escolhidos?

A posição de Rivarola resume, essencialmente, a preocupação demonstrada por diversos participantes, sobre a necessidade de se pensar a integração sul-americana como uma construção de cidadania, mais do que o estabelecimento de tratados econômicos e comerciais. Nesse sentido, seria imprescindível multiplicar iniciativas nos campos culturais e educacionais, alimentando a memória conjunta do continente e projetando um futuro comum.

A despeito das discordâncias expressas, das visões mais otimistas ou das mais pessimistas sobre o projeto de integração, para alguns um destino, para outros uma escolha, todos concordaram em um ponto: a importância de se cristalizar uma agenda objetiva e contínua entre os países da América do Sul.

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