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25/07/2009 - 12:45

O varejo nunca mais será como antes

Fidelizar é uma das palavras do momento. Em um mercado bastante competitivo, é preciso encontrar alternativas e soluções para não só atrair o consumidor, mas para fazer com que ele volte à loja e consuma mais. Mas não basta criar promoções e proporcionar bom atendimento. O cliente precisa sentir que pode confiar naquele estabelecimento e ter vantagens ainda maiores.

Mas para chegarmos a esse ponto, voltemos um pouco no tempo. Há alguns anos, os varejistas começaram a adotar o private label, um cartão de marca própria, que passou a permitir que os clientes comprassem e pagassem suas compras parceladas. Foi um dos primeiros passos para a “plastificação” do nosso mercado. Quem não podia ter um cartão de crédito, considerado luxo anteriormente, podia ter seus private labels na carteira e fazer suas compras sempre que necessário.

O mercado evoluiu, tomou novos rumos, os cartões de crédito, débito e de lojas ganharam corpo e, hoje, as classes de menor poder aquisitivo passaram a comprar mais e melhor. Para termos uma ideia do mercado que estamos analisando, de acordo com a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), o faturamento dos cartões de lojas e redes cresceu 17% em 2008, encerrando o ano com uma movimentação de R$ 53 bilhões. Este bom resultado é a reflexão de três fatores: continuidade da migração de meios de pagamento como cheque e dinheiro para o meio eletrônico; crescimento das vendas no comércio e ingresso de novos portadores de cartões.

Porém, não basta apenas criar um cartão próprio para garantir que os clientes virão, e fidelizar, como já disse, é um verbo que deve fazer parte do dia-a-dia dos varejistas. Assim, o mercado passou a aderir a uma fórmula bastante inteligente: oferecer ao consumidor outros tipos de produtos, como seguros e títulos de capitalização, atrelados aos private labels.

Hoje, as classes de baixa renda podem fazer um seguro de vida, de forma rápida e simples, o que antes só era possível a quem tinha um certo poder aquisitivo. Ainda é possível se garantir de um temido desemprego, com os seguros específicos que garantem o pagamento da fatura em uma situação como essa.

E é nesse cenário que o varejo torna-se um importante canal de distribuição para o público de grande massa. Isso porque os serviços financeiros oferecidos pelas seguradoras são cobrados diretamente na fatura do cartão da rede ou loja, proporcionando maior comodidade ao cliente. Além de fidelizar o consumidor, o objetivo destas parcerias também é aumentar a circulação no chão de loja, uma vez que os pagamentos são realizados na própria rede.

Que todos ganham com essa história, ninguém discute. É algo irreversível, que somente visionários enxergaram lá atrás e a tendência é ter uma curva de crescimento cada vez maior. É só analisarmos as projeções de crescimento dos cartões de loja para 2009, que está entre 10% e 14%, comparado com 2008, segundo a Abecs.

Novos tempos vão chegar, mas a fidelização continuará a caminhar lado a lado com os serviços financeiros. Por isso, o varejo brasileiro nunca mais será como antes. É só uma questão de tempo.

. Por: Rubens Nogueira Filho, diretor presidente da Classic Corretora de Seguros. Formado em administração de Empresas, possui especialização nos segmentos de Seguro e Varejo. O executivo está há trinta anos no mercado segurador e desde 1993 no comando da Classic Corretora de Seguros, onde implementou, de forma pioneira no Brasil, uma linha de produtos de seguro massificado, com foco no varejo nacional.

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