Poli/UFRJ cria graduação em Engenharia Nuclear

Universidade é a primeira a oferecer o curso no país.

Para atender à demanda de profissionais do novo Programa Nuclear Brasileiro, a Escola Politécnica da UFRJ anuncia a criação do primeiro curso de graduação em Engenharia Nuclear do país. Com início no primeiro semestre de 2010, o curso oferece 20 vagas a partir do próximo vestibular, que acontece no segundo semestre deste ano. Para os alunos que já cursam o ciclo básico da Engenharia, a Poli oferece 30 vagas.

O aumento de profissionais formados na área nuclear atende aos interesses do país com retomada do Programa Nuclear Brasileiro e a construção da Usina Nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ). Para atender a demanda energética crescente do país, nos próximos anos, o setor nuclear brasileiro receberá altos investimentos para a expansão do uso da tecnologia nuclear e para a construção de mais oito reatores nucleares até 2030. Também haverá uma crescente demanda pelo usoda medicina nuclear em todo o país, com um aumento significativo nas áreas Nordeste e Sul do país.

Formação sólida - O coordenador do Programa de Engenharia Nuclear (PEN) da COPPE/UFRJ, professor Su Jian, explica que a nova graduação permitirá a formação de um profissional mais completo e voltado para a Engenharia Nuclear desde sua base de curso. “Estarão completas todas as etapas: graduação, mestrado e doutorado”, disse o professor.

Atualmente, o PEN oferece cursos de mestrado e doutorado em cinco áreas de pesquisa: Física de Reatores, Física Nuclear Aplicada, Engenharia de Reatores, Análise de Segurança e Engenharia de Fatores Humanos.

O mercado de engenharia nuclear precisa cada vez mais, de profissionais com conhecimento avançado. O problema da falta de recursos humanos é agravado, pois há um envelhecimento dos profissionais, que estão próximo dos 30 anos de serviço e poderão se aposentar em breve.

PEN - O Programa de Engenharia Nuclear foi criado em 1968, e até hoje formou mais de 640 profissionais em seus cursos de mestrado e doutorado. Junto com outras instituições de ensino e pesquisa da área nuclear, o PEN faz parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Reatores Nucleares Inovadores, financiado pelo MCT/CNPq e FAPERJ, o qual é coordenado pelo professor Aquilino Senra Martinez do PEN.