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30/07/2009 - 11:28

Interconf discute conceitos de eficiência e estratégias para aumento do retorno econômico e redução dos impactos do confinamento sobre o ambiente

Palestra do Prof. Dante Pazzanese Lanna (Prof. da Esalq/USP, Diretor Técnico da Assocon e Confinador) avalia estratégias de gestão e técnica de manejo que permitem maior rentabilidade e menor emissão de gases nocivos ao ambiente

O interesse crescente em torno do aumento da capacidade biológica dos bovinos para converter alimento em carne (conversão alimentar), visando garantir eficiência econômica às fazendas de criação e ainda reduzir os impactos da pecuária de corte sobre os ecossistemas, trouxe o tema para a programação da 2ª Conferência Internacional de Confinadores (Interconf), promoção da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), entre 15 e 17 de setembro, em Goiânia (GO).

Com o título “O Confinamento Brasileiro: Maximizando a eficiência econômica e ambiental”, o professor e pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Dante Pazzanese Duarte Lanna, ministra palestra para o público da Interconf, onde apresenta os resultados dos mais recentes experimentos realizados pela Esalq/USP, sobre confinamento animal como alternativa para o pecuarista reduzir o impacto do boi sobre o ambiente, sobretudo em regiões como o bioma amazônico.

Segundo Pazzanese, o sucesso desse trabalho depende do uso estratégico do confinamento em associação ao uso do pasto, e de uma análise técnica rigorosa sobre a dieta do confinamento. Para isso, é preciso primeiramente atender as exigências nutricionais dos animais para energia, proteína, macro e micro nutrientes, minerais e vitaminas. Depois o ponto é identificar quais são os ingredientes mais baratos que fornecem os nutrientes para atender essas exigências. A terceira e última etapa é a maximização, onde se identifica qual é a taxa de ganho de peso mais econômica com os alimentos disponíveis.

O resultado de 20 anos de trabalho de pesquisa na Esalq/USP produziu um software que permite identificar por meio de técnicas de otimização linear e não linear, quais são os alimentos que permitem o menor custo de produção. O software simula ainda os processos de desenvolvimento do animal, digestão, metabolização, e utilização destes nutrientes para o crescimento. “O que é importante é que este é um trabalho altamente técnico que é conduzido por especialistas. Estes especialistas utilizam um grande volume de informações de pesquisa que estão bastante avançadas no mundo e também no Brasil”, diz.

A palestra apresentará ainda dados recentes de trabalhos de modelagem que demonstraram que o uso do confinamento na terminação de bovinos de corte reduz sensivelmente a taxa de lotação das pastagens, além de reduzir substancialmente o uso de terras e as emissões de metano na atmosfera. O resultado prático desta descoberta, segundo o especialista, está na menor emissão de GEE e menor pressão da atividade pecuária sobre o desmatamento ilegal de áreas para formação de pastagens.

O modelo de computador desenvolvido permite simulações de sistemas de produção baseados na cria, recria e terminação em regime exclusivo de pasto, e outro de animais criados e recriados a pasto, mas terminados em confinamento. Os resultados mostraram que apesar do confinamento elevar a emissão de dióxido de carbono na atmosfera, pela utilização de fertilizantes, máquinas e implementos, a redução na emissão de metano pelo animal compensa com sobra o passivo ambiental. “Em outras palavras o confinamento é ambientalmente eficiente,” conclui.

Por último, o Prof. Lanna apresentará dados de grandes estudos que seu laboratório foi pioneiro no Brasil, que tem avaliado o potencial de se aumentar a eficiência ambiental e econômica através da seleção para eficiência de conversão alimentar. Estes estudos, com orçamento de mais de R$ 2 milhões, conduzidos em diversas universidades e centros da Embrapa, esta procurando marcadores moleculares associados à capacidade de animais de converterem melhores os alimentos e produzirem menos metano por unidade de carne.

Assocon – Com pouco mais de dois anos de trabalho, a entidade presidida pelo pecuarista Ricardo Merola conta com 50 associados, espalhados pelos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, responsáveis por 25% do confinamento de gado no País (498 mil cabeças).

A entidade oferece diversos serviços aos seus parceiros, como o acompanhamento de abate, ação efetiva e importante da Assocon, assim como a implantação do Programa de Qualidade Assegurada Assocon (PQA), primeiro programa criado pela iniciativa privada e aceito pelo mercado, com bonificação ao confinador na venda do gado aos frigoríficos; Programa de Validação de Fornecedores (PVF), rede de fornecedores de insumos e equipamentos voltados à agropecuária; Guia de Fornecedores Assocon, central de vendas e relacionamento na internet, todas as ferramentas que integram o pacote de produtos e serviços da Assocon ao associado. [ Informações e inscrições acesse www.assocon.com.br ou (11) 3467-5366].

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