Pesquisa da Catho Online mostra que mais de 30% dos profissionais conseguiram elevar a proposta de salário em até 20% em 2009

Profissionais já empregados são os mais favorecidos. 72,5% deles conseguiram salário superior ao emprego atual em 2009.

Como em qualquer negociação, aceitar uma nova proposta de emprego requer do profissional habilidade, paciência e capacidade de argumentação. Para obter uma posição melhor no mercado, ou simplesmente melhorar o valor do salário oferecido, nem sempre o profissional deve aceitar a proposta inicial feita pela empresa. E neste caso, a pesquisa “A Contratação, a Demissão e a Carreira dos Executivos Brasileiros”, realizada pela Catho Online, mostra que os profissionais já empregados possuem vantagem competitiva.

Por estarem no mercado, são eles que possuem maior poder de barganha. De acordo com a pesquisa, 72,5% deles conseguem elevar o valor da oferta em relação ao emprego atual. Número que cai para 44,7% no caso dos desempregados.

“O profissional que está no mercado possui mais oportunidades de realizar cursos e outras atividades que promovam a atualização e reciclagem profissional, o que conta muito na hora de pleitear um aumento junto ao atual empregador na negociação salarial caso tenha recebido uma nova proposta de emprego, ou ajuda a receber uma maior remuneração na negociação de uma nova oportunidade profissional – elevando seu salário atual. Isso não quer dizer, no entanto, que o profissional desempregado deixe de ser atualizado, mas por estar numa situação de desvantagem, é mais difícil negociar uma remuneração maior que ao antigo emprego", analisa o diretor de Marketing da Catho Online, Adriano Meirinho.

O executivo ainda oferece uma dica para quem está desempregado. “Primeiro, é necessário estar atuando no mercado de trabalho – mesmo que tenha recebido uma proposta inferior ao antigo salário, para que tenha mais chances de negociá-lo futuramente em uma nova oportunidade", aponta Adriano Meirinho.

Do total de 16.207 entrevistados pela pesquisa, 34,5% deles conseguiram aumentar o valor proposto entre 11% e 20%, enquanto que outros 26% deles conseguiram elevar entre 21% a 30%.

A porcentagem mediana de aumento obtida pelos profissionais é de 30,8% acima do valor inicialmente proposto, mas os profissionais empregados elevam esta mediana para 32,3%, enquanto os desempregados conseguem apenas 28%.

Seguindo o mesmo raciocínio, as maiores reduções de salário foram observadas entre os profissionais que estavam desempregados no momento da contratação.

Além de melhorar os salários inicialmente propostos, são os profissionais já empregados os mais requisitados pelas empresas. Isto demonstra que eles estão permanecendo menos tempo nos respectivos empregos e trocando mais de emprego.

Benefícios - A mesma tendência de negociação de valores vista anteriormente se aplica em relação aos benefícios oferecidos pela empresa contratante. 61,5% dos profissionais já empregados conseguem melhorar os benefícios, enquanto que somente 43,9% dos desempregados obtêm essa melhoria.

Perfil da Pesquisa - A pesquisa sobre Contratação, Demissão e Carreira dos Executivos Brasileiros foi realizada entre os meses de março e abril deste ano. A análise contou com a opinião de 16.207 participantes, que responderam a um formulário online com 299 perguntas, questionando sobre estas três dimensões da vida do profissional. Foram levadas em consideração apenas as respostas de profissionais que trabalham em empresas privadas e que possuem mais de 18 anos de idade. * Esta pesquisa é realizada pela Catho Online, a cada dois anos, desde 1988.

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