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01/08/2009 - 09:47

Pacientes com Leucemia Mielóide Crônica (LMC) têm qualidade de vida ampliada e podem ser tratados como quem tem uma doença crônica

Novos medicamentos, como o recém-lançado Tasigna, permitem tratar o câncer sem os efeitos colaterais da quimioterapia.

Quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea. Essas eram algumas opções de tratamento para pacientes com LMC até a descoberta dos medicamentos alvo-moleculares, que atingem alvos específicos dos tumores e mantém as células sadias intactas. A descoberta do mesilato de imatinibe, há dez anos, mudou de vez o rumo do tratamento da Leucemia Mielóide Crônica.

A palavra câncer ainda é fortemente associada a sofrimento, queda de cabelo e morte, uma vez que a quimioterapia, muitas vezes, é agressiva e os casos de cura estão restritos a alguns tipos de tumores, diagnosticados em fase inicial e tratados adequadamente. Mas este tipo de leucemia, a leucemia mielóide crônica (LMC), já pode ser considerada uma doença crônica quando tratada com os novos medicamentos inteligentes.

Com os medicamentos alvo-moleculares, a LMC fica controlada por vários anos. Há pacientes, por exemplo, que convivem com a doença há dez anos e conseguem manter suas vidas normalmente, mesmo tendo o diagnóstico de um câncer. Parece difícil de acreditar, mas com o uso dos medicamentos alvo-moleculares, pacientes convivem com a LMC, assim como os diabéticos ou os hipertensos convivem com suas doenças crônicas. Já existem várias pessoas que estão se beneficiando com os novos medicamentos alvo-moleculares e que conseguem levar uma vida praticamente normal.

O primeiro medicamento alvo-molecular lançado foi o Glivec (mesilato de imatinibe), em 2001. Além da inovação na forma de administração do medicamento (apenas um comprimido diário) e na redução dos efeitos colaterais dos tratamentos anteriores, a nova droga continua mostrando resultados surpreendentes. Dados do estudo IRIS (International Randomized Study of Interferon), de 2008, revelam que desde a aprovação do medicamento pela agência reguladora americana (Food and Drug Administration – FDA), em 2001, 86% dos pacientes que usaram o mesilato de imatinibe como tratamento de 1ª linha, ou seja, 9 entre 10 pacientes, estão vivos e livres da progressão da doença.

Apesar da eficácia sem precedentes, controle da doença e aumento da sobrevida, em 15% dos pacientes com LMC há intolerância ou resistência ao tratamento padrão. Para esses pacientes, uma nova droga acaba de ser lançada no Brasil, o nilotinibe (Tasigna ). O medicamento inibe mais fortemente a proteína alterada Bcr-Abl que causa a LMC, oferecendo altas taxas de resposta e excelente tolerabilidade, o que mantém a qualidade e a rotina de vida dos pacientes resistentes ou intolerantes aos tratamento anteriores, inclusive, com o Glivec.

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