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01/08/2009 - 10:25

Broto/Batata-Semente livre de vírus: tecnologia do IAC chega à China na próxima semana

A tecnologia do broto/batata-semente livre de vírus produzida pelo Estado de São Paulo no Instituto Agronômico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (IAC) chega na primeira semana de agosto à China, fruto de uma parceria com o Hulunbuir Agricultural Research Institute.

Todos os brotos são de variedades IAC - Aracy, Aracy-Ruiva, Itararé, IAC clone 2,5 e Ibitu-Açu, livres de vírus e resistentes a importantes doenças presentes nas lavouras chinesas.

A tecnologia desenvolvida no IAC envolve o uso de subproduto da batata - que sempre foi descartado - e que apresenta a vantagem de reduzir os riscos de movimentação de doenças que acompanham a batata inteira, utilizados na forma convencional de plantio. Outra vantagem é que o broto tem peso dez vezes menor que o tubérculo convencional, o que representa redução no frete.

A convite do governo chinês, o pesquisador do IAC responsável pela técnica, José Alberto Caram de Souza Dias, esteve em Hulunbuir de 22 a 27 de julho, período em que voltou a expor o sistema desenvolvido no IAC e a visitar campos de batata (ele já havia visitado a China em setembro do ano passado com o mesmo propósito).

Lá, as lavouras enfrentam problemas fitossanitários semelhantes aos brasileiros. A expansão da bataticultura é meta do governo chinês, que pretende passar de 4,5 milhões de hectares para 6 milhões. Para isso, superar os desafios fitossanitários é fundamental, especialmente porque o combate a pragas e doenças tem elevados custos para os pequenos produtores. Em geral, cada agricultor chinês tem de 1 a 2 hectares; os maiores chegam a 20. A produtividade é pequena - média de 15 toneladas por hectare, ante 20 a 50 das lavouras brasileiras. A diferença é causada, principalmente, pela incidência de viroses.

De acordo com Caram, na China, a tecnologia adotada na produção de batata-semente é a de cultura de tecidos, sistema entre 50% e 70% mais caro que a tecnologia IAC. Outro fator relevante é que o modelo de produção usado naquele país requer mão-de-obra especializada e sistemas que encarecem a produção.

De 8 a 13 de agosto, o pesquisador estará no Canadá, onde vai expor a tecnologia de produção de minitubérculos de batata-semente livre de vírus durante o quase centenário Encontro Norte-Americano da Batata. De acordo com Caram, cientistas dos Estados Unidos (Alaska) e do Canadá (New Brownswick e Nova Escócia) vêm, há mais de seis anos, colaborando com a pesquisa desenvolvida no IAC.

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