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19/04/2007 - 05:04

Relatório identifica riscos para o crescimento da América Latina

Conseqüências regionais de riscos globais podem impactar no ambiente empresarial e nas condições sociais e econômicas.

Genebra, Suíça - O World Economic Forum lançou hoje seu relatório de Risco na América Latina. Produzido pela Rede de Riscos Globais do Forum, ele destaca as incertezas relacionadas aos choques econômicos externos, mudanças no clima global, instabilidade política e desigualdades sociais, assim como seus efeitos sobre o crescimento regional.

O relatório mostra a robustez e a força crescente das economias latino-americanas e explora as principais questões econômicas, ambientais, geopolíticas e sociais que ameaçam o progresso da região. Embora essas quatro questões sejam oriundas de um ambiente global de risco, suas manifestações regionais se apresentam como grandes desafios para os governos, indústria e a sociedade em toda a América Latina.

“Os riscos globais se desenvolvem de uma maneira única na América Latina. Além disso, essas ameaças se apresentam de modo muito diferente em cada país da região, o que demonstra sua diversidade”, comentou Gareth Shepherd, da Rede de Riscos Globais e um dos autores do relatório. “Da mesma maneira, esses quatro itens - desigualdade social, instabilidade política, vulnerabilidade econômica e mudanças climáticas – estão na pauta de todos os estrategistas regionais."

O estudo conclui que as economias latino-americanas estão hoje muito menos vulneráveis a choques repentinos do que os presenciados em décadas passadas, graças principalmente aos avanços fiscais. Entretanto, em função do crescimento obtido com as exportações de commodities, a região enfrenta novos riscos globais, como uma desaceleração mais brusca da economia chinesa ou maior protecionismo dos Estados Unidos. A disciplina fiscal e as políticas preventivas aos ciclos econômicos devem ser fortalecidas para criar uma “margem de segurança” para a região.

De mesma forma, embora a América Latina desfrute de uma estabilidade econômica e política nunca antes vista, grupos de oposição populista/antiglobalização ameaçam se alastrar por um continente cujos países demonstram um nível muito alto de interdependência. Ao mesmo tempo, as mudanças climáticas criam situações que precisam de concessões regionais muito bem estudadas - especialmente em relação ao aproveitamento de oportunidades (por exemplo, a expansão da produção de biocombustível) e a gestão de recursos naturais (como as florestas tropicais e a água doce).

Talvez a maior preocupação regional seja a desigualdade econômica e social – que ainda é a maior do mundo. A globalização continua criando diferenças reais, pela estratificação de renda dentro da região e disparidades percebidas a medida a população local se dá conta do crescimento acelerado de outros lugares. Muitos latino-americanos ainda acreditam que a prosperidade global está os deixando para trás, uma percepção que parece perdurar mesmo com o declínio da pobreza absoluta. A reforma política, o apoio a pequenas e médias empresas e, o fator mais importante de todos, a educação, ainda são as áreas que representam o melhor caminho para manter a região no caminho do combate à desigualdade.

Mais de 20 dos principais líderes empresariais, instituições acadêmicas e centros de formulação de políticas na região contribuíram para o relatório, publicado uma semana antes da reunião latino-americana do World Economic Forum, que será realizada nos dias 25 e 26 de abril, em Santiago, no Chile. Para mais informações sobre o World Economic Forum da América Latina, visite nosso site: http://www.weforum.org/latinamerica.

O World Economic Forum é uma organização internacional independente compromissada em melhorar as condições do mundo, envolvendo lideranças para estruturar agendas locais, regionais e globais. Incorporada como uma fundação em 1971, e baseada em Genebra na Suíça, o World Economic Forum é imparcial, não tem fins lucrativos e não está ligado a interesses políticos, partidários ou nacionais. Site: www.weforum.org

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