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08/08/2009 - 10:35

Estudo da UERJ constata reserva de mão-de-obra estratégica para transporte marítimo


"Projeções e Cenários para os Oficiais da Marinha Mercante até 2013", foi uma solicitação do Sindmar.

O setor de transportes marítimo nacional, incluindo navios de apoio às plataformas de petróleo (segmento off shore nacional e companhias estrangeiras), frota da Transpetro e cabotagem, contará com reserva estratégica de mão-de-obra para impulsionar seu crescimento nos próximos anos.

A conclusão faz parte do estudo "Projeções e Cenários para os Oficiais da Marinha Mercante até 2013", elaborado pelos professores de Estatística Narcisa Maria Gonçalves dos Santos e Marcelo Rubens dos Santos do Amaral, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Realizado a pedido do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), o estudo foi divulgado no dia 6 de agosto (sexta-feira), no Rio de Janeiro.

De acordo com o Relatório Técnico do Estudo, "as projeções - de embarcações e de Oficiais de Marinha Mercante - mostram que o cenário de formação da autoridade marítima atende à necessidade futura para a demanda no período estudado".

O levantamento examinou os movimentos de retração e expansão do mercado de trabalho para Oficiais da Marinha Mercante dos últimos 39 anos, conforme aspectos conjunturais do setor. A projeção utilizada contempla taxas de evasões dinâmicas para cada turma de Oficiais de Marinha Mercante que se forma.

As previsões apresentam resultados comparativos entre a oferta e a demanda dessa mão-de-obra especializada para os próximos cinco anos. Para tanto, foram utilizados dados constantes das bases da Diretoria de Portos e Costa (DPC), da Marinha, dos Armadores e do Sindmar.

Entre esses dados, consideraram-se a relação nominal de formados no período de 1970 a 2005, os totais de formados de 2006 a 2008 e a projeção do total a ser formado de 2009 a 2013, além do censo do pessoal ativo da categoria e a projeção da frota de embarcações até 2013.

O Sindmar encomendou o estudo ciente da importância dos Oficiais da Marinha Mercante para o desenvolvimento do transporte marítimo nacional.

"Nosso objetivo foi o de contribuir com os órgãos públicos, responsáveis pela formulação de políticas e programas que tenham como finalidade o desenvolvimento e a sustentabilidade do setor de transporte marítimo nacional", afirmou Severino Almeida, presidente do Sindmar. "Entendemos que, ao apoiar estudos desta natureza, estamos cumprindo o seu papel institucional".

No ano de 2008, o Sindmar somou 3.817 oficiais, profissionais num mercado que preocupa a entidade no sentido de criar mais condições atrativas ao trabalho, que dê orgulho e qualidade de vida às famílias.

O presidente ainda se preocupa com previsões ainda não reais para navios que vão operar no pré-sal, o que classificou como “chamamento à razão”.

Mas o presidente da Transpetro, Sérgio Machado tratou de tranquilizar os presentes: “O Brasil hoje tem a quinta carteira de construção de navios do mundo, e a nossa meta sempre é trabalhar com tripulação nacional, assim alavancamos a democracia, criamos mais emprego e renda”, frisou.

“Não pode ter a economia de um país baseada em logística de caminhões, temos oito mil quilômetros de costa, portanto, é definitivo a luta por uma Marinha Mercante forte com pelo menos 72% das embarcações, como aliás, em países desenvolvidos”, continuou o executivo.

Machado lembra que estamos no século dos BRIC's, “portanto, a nossa vez”.

“Agora, tem um setor que é motivo de preocupação, o reparo naval no Brasil é três vezes mais que o da China, a saída é implantar novos estaleiros de reparos, como os três novos que estamos planejando para iniciar atendimento ao segmento”, conclui o presidente da Transpetro.

Na conclusão do encontro o capitão-de-mar-e-guerra, Ivan Pinto do Departamento de Portos e Costas (DPC), diz que os oficiais de marinha mercante do Brasil tem uma das melhores formações do mundo, “ e com ajuda do Prominp com aporte de R$ 78 milhões, ampliou mais a capacitação de novas tecnologias, então, trabalhamos conectados com as entidades e alinhado ao mercado de trabalho”, lembrou.

[Foto: (esq./dir.) Os professores Narcisa Maria Gonçalves dos Santos e o professor Marcelo Rubens dos Santos do Amaral, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Hugo Figueiredo, presidente do Syndarma; Sergio Machado, presidente da Transpetro; Severino Almeida, presidente do SINDMAR; Murilo Barbosa e o capitão-de-mar-e-guerra, Ivan Pinto]

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