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12/08/2009 - 10:38

Cadeia produtiva da pesca marítima será debatida em fórum na Alerj

As oportunidades e desafios da indústria pesqueira são tema do debate "Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Pesca Marítima no Estado do Rio de Janeiro", que será realizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio no dia 12 de agosto (quarta-feira), no plenário da Assembleia Legislativa (Alerj). Na ocasião será apresentado estudo inédito organizado pela Federação de Agricultura, Pesca e Pecuária do Rio de Janeiro (Faerj) em parceria com o Sebrae-RJ, que traz um mapeamento da pesca comercial no estado, incluindo histórico da atividade, implicações sociais, impacto na economia e regulamentação governamental. O debate é gratuito e aberto ao público.

A Faerj e o Sebrae-RJ, que coordenaram o estudo, são duas das 29 entidades da sociedade civil integrantes do Fórum de Desenvolvimento do Rio, que se reúne periodicamente para propor mudanças na legislação e o aprimoramento de políticas públicas para o estado. Na lista de convidados estão os deputados da bancada fluminense, prefeitos, secretários estaduais, representantes dos sindicatos de armadores de pesca e do Ministério da Pesca. O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, o presidente da Faerj, Rodolfo Tavares, e o presidente da Fundação Instituto da Pesca (Fiperj), Antônio Emilio Santos, confirmaram presença.

O presidente da Alerj e do Fórum, deputado Jorge Picciani (PMDB), explica que o objetivo do debate é trazer o tema para a pauta do Parlamento estadual e fomentar políticas públicas que garantam o crescimento socioeconômico sustentável. "Temos a terceira maior produção de pescado em escala industrial do País e o maior mercado consumidor. Quando garantimos a sustentabilidade e o desenvolvimento da pesca, estamos beneficiando também todas as famílias cuja renda vem desse mercado", afirma Picciani.

O estudo foi coordenado pelo pesquisador Marcelo Vianna, do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "O mercado e as condições ambientais do Rio são favoráveis à pesca comercial, mas é preciso investir", avalia Vianna, enumerando medidas fundamentais para alavancar o setor: reduzir a poluição costeira, aumentar a infraestrutura e a capacitação profissional, e fomentar o repasse de tecnologia para as empresas e pessoas que vivem da pesca.

Para o presidente da Faerj, Rodolfo Tavares, a apresentação do diagnóstico é apenas o primeiro passo. "A nossa área de exploração pesqueira no mar corresponde a quatro vezes o tamanho do estado. Apesar de todo esse potencial, a infraestrutura ainda é precária", explica Tavares. Ele afirma que a modernização dos postos de descarga (atualmente são 36 em toda a costa fluminense) e a construção de um terminal pesqueiro são demandas antigas. "A pesca também tem uma função social aliada à questão econômica: garante sustento das famílias que trabalham nesse segmento e é fonte de proteína barata para a população de baixa renda", completa.

O Rio de Janeiro tem produzido uma média de 62 mil toneladas de pescado nos últimos anos, sendo 75% do total referentes à pesca industrial comercial. A atividade permite geração de valor em toda uma cadeia produtiva que abarca três esferas interligadas: a captura e recolhimento do pescado; preparação, refrigeração e preservação do pescado e fabricação de conservas; e comércio atacadista de pescado fresco, refrigerado, congelado, preparado e enlatado. Os 25% restantes dos peixes, mariscos e crustáceos coletados no estado correspondem à pesca artesanal ou de subsistência. Ao longo dos 640 km da costa marítima fluminense (a terceira mais extensa do país) são contabilizados um total de 25 municípios costeiros e igual número de colônias de pescadores. [ www.alerj.rj.gov.br]

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