Empresas se adaptam aos novos horizontes

Os desdobramentos da crise financeira têm impactado setores e segmentos da economia brasileira de forma irregular. Em comum, apenas a certeza de que não se trata de uma recessão como as que marcaram o século 20. Estamos de fato testemunhando um novo arranjo da ordem econômica mundial.

Na pauta do dia de várias empresas a prioridade é “sobreviver”. Outras, seguem cautelosas em meio às incertezas, tentando planejar como vão se posicionar quando a crise passar e os negócios voltarem à normalidade. Mas, que normalidade é essa? Muito provavelmente, uma vez que nunca antes tantas economias influentes foram pegas de surpresa por transformação semelhante, nada será igual a um ano atrás. Voltaremos aos moldes do ganho por produtividade, não mais por pura especulação. Só que de uma forma diferente.

Em meio às mudanças, as inovações tecnológicas continuarão dando as cartas. Os executivos terão de avaliar o que mudou, definir um novo padrão de normalidade dentro das empresas, e buscar avançar em meio a um leque semi-aberto de oportunidades.

A terceirização certamente continuará na agenda das organizações. Afinal, depois que os últimos anos comprovaram as vantagens de se concentrar mais nos negócios, reduzindo a folha de pagamento e delegando a gestão de serviços de infraestrutura para especialistas, não há por que voltar atrás.

Uma indústria, por exemplo, não deixará de se concentrar nos processos produtivos para voltar a fazer a gestão dos serviços de limpeza, data center, segurança física e da rede de comunicação. Entretanto, talvez sua necessidade de comprovação da eficiência desses serviços venha a aumentar, exigindo uma nova postura também dos fornecedores. Amadores cairão por terra. Todo investimento, por menor que seja, deverá apresentar resultados concretos. Estamos entrando numa época em que a transparência é palavra de ordem.

Os departamentos de TI das empresas, que atravessam agora turbulências de origem econômica e geopolítica, terão de otimizar seus serviços rapidamente, de acordo com as necessidades específicas de clientes internos e externos. Deverão se mostrar ainda mais flexíveis e rápidos, promovendo total integração entre a empresa e seus clientes, fornecedores e parceiros de negócios. Manutenção, up grade, atualização de centenas de aplicações relacionadas a servidores, banco de dados e rede continuarão gerando expectativas altas em relação a desempenho e eficiência, embora esses serviços tenham de se ajustar a orçamentos mais adequados aos novos horizontes.

. Por: Ezequias Sena, diretor comercial da Online Brasil – Soluções de negócios em tecnologia [www.onlinebrasil.com.br], empresa com 16 anos de atuação na área de TI.