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14/08/2009 - 09:53

Foz do Iguaçu vai sediar conferência internacional sobre FIB (felicidade interna bruta)

Em vez do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de toda a riqueza (bens, produtos e serviços) produzida por um país, o FIB (Felicidade Interna Bruta), um conjunto de indicadores destinado a medir o bem-estar da população. O FIB é uma proposta inovadora para se mensurar o progresso e a qualidade de vida, que surgiu em um pequeno país asiático localizado entre a China e a Índia, o Butão. Esse indicador hoje vem sendo estudado em diversas partes do mundo, por empresas como a Natura, governos (o do Canadá, por exemplo) e organizações, inclusive as Nações Unidas (ONU).

O rei do Butão, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck, e o 1º ministro daquele país, Jigme Thinley, deverão vir a Foz do Iguaçu, no Paraná, no dia 19 de novembro deste ano, para participar da 5ª Conferência Internacional sobre o FIB. Os butaneses escolheram o Brasil para esta edição da conferência, que será realizada em Foz do Iguaçu, a convite da Itaipu Binacional. A conferência ocorrerá logo após o 6º Encontro Cultivando Água Boa, onde serão apresentados os resultados desse programa socioambiental, resultado de parcerias entre a empresa, prefeituras, órgãos federais e estaduais e a comunidade da Bacia do Paraná 3.

A responsável pela organização da conferência é a psicóloga e antropóloga americana Susan Andrews, coordenadora do FIB no Brasil. No ano passado, ela organizou em São Paulo a 1ª Conferência Nacional do FIB. As conferências são a forma que os butaneses encontraram para divulgar o sistema, hoje baseado num modelo de bem-estar que leva em conta quatro pilares, nove domínios e 72 indicadores de felicidade.

Os quatro pilares são: promoção de um desenvolvimento socioeconômico sustentável e igualitário; preservação e promoção dos valores culturais; conservação do meio ambiente natural; e estabelecimento de uma boa governança. Os nove domínios são: bom padrão de vida econômica; boa governança; educação de qualidade; saúde; vitalidade comunitária; proteção ambiental; acesso à cultura; gerenciamento equilibrado do tempo; e bem-estar psicológico. Esses domínios são desmembrados em outros, cada vez mais específicos.

O termo FIB foi cunhado pelo rei butanês Jigme Singye Wangchuck (pai do atual) em 1972, como uma alternativa ao Produto Interno Bruto. De lá para cá, reunindo cientistas e pensadores, o Butão desenvolveu estudos para que a felicidade interna bruta possa ser medida e se transforme em indicadores.

O Produto Interno Bruto, para os defensores do FIB, é parte integrante dos indicadores de Felicidade Interna Bruta, já que o crescimento econômico promove o bem-estar e a felicidade dos mais pobres. O problema é que, para o cálculo do PIB, não interessa se a riqueza foi gerada de forma ética ou não, se o trabalho é prazeroso ou estressante.

Para o cálculo do FIB, ao contrário, leva-se em conta o uso do tempo, valorizando-se também o lazer; a boa governança, que irá avaliar como as pessoas percebem várias funções governamentais em termos da sua eficácia, honestidade e qualidade; a vitalidade comunitária, que inclui até práticas de doação e o voluntariado; e, entre muitos outros fatores, o padrão de vida, com medição da segurança financeira, nível de dívidas, qualidade das habitações e o montante de assistência em espécie recebida por familiares e amigos. | www.itaipu.gov.br

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