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20/04/2007 - 08:49

Nova escola, novas atitudes

Carlos Hilsdorf fala a gestores de escolas e faculdades no Congresso Internacional Educador/Feira Educar.

Mudar a escola passa por mudar o professor. E para mudar o professor, não basta buscar novas formas de ensinar. É preciso provocar uma verdadeira mudança de atitude. Essa é a posição que um dos mais respeitados conferencistas brasileiros, o economista Carlos Hilsdorf, pós-Graduado em Marketing pela FGV, consultor de empresas e pesquisador do comportamento humano, defenderá na palestra Atitudes Vencedoras – a educação na era do empreendedorismo, durante o Congresso Internacional de Educação Educador/Feira Educar 2007, que acontece de 3 a 5 de maio no Expo Center Norte, em São Paulo, sob o tema Novos caminhos para um velho desafio: transformar a educação. Inscrições antecipadas até o dia 20 de abril pelo site: www.educador.com.br ou no local do evento. Público: professores de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior, coordenadores, diretores, estudantes de pedagogia, gestores de escolas públicas e privadas, interessados em educação, de forma geral.

Mas quais são essas atitudes vencedoras? “São escolhas que tornam a vida e as pessoas qualitativamente melhores. Trata-se de mudar o foco dos problemas para as repercussões das soluções, possibilitando aos alunos desenvolver uma maneira vencedora de fazer escolhas, que os tornem melhores e abram um novo horizonte de possibilidades”, acredita o autor do livro Atitudes Vencedoras, que falará a um público de gestores do mundo da educação, no primeiro dia do evento, no Seminário Educador Management.

Embora aparentemente simples, a construção das atitudes vencedoras não é óbvia. Passa, segundo o autor, pela “revisão do nosso modelo mental e das nossas ferramentas para a solução de problemas”. No campo da educação, implica em abordar questões como empreendedorismo, da inclusão digital e a educação emocional. Além disso, diz o autor, trata-se de trabalhar muito para elevar a auto-estima e auto-motivação do educador (veja na entrevista abaixo).

O economista Carlos Hilsdorf é uma das muitas atrações do Educador 2007, que traz a São Paulo outros autores reconhecidos, como Rubem Alves, Jairo Bouer, Maria Helena Guimarães Castro, Gustavo Ioschpe, Tânia Zagury, entre outros.

Perfil de Carlos Hilsdorf - Conferencista, Economista, Pós-Graduado em Marketing pela FGV, consultor de empresas e pesquisador do Comportamento Humano. Palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha). Autor do livro Atitudes Vencedoras, apontado como uma das melhores obras do gênero (VEJA, “Guia de Carreira”, Ed. 1832).

Considerado pelo mercado corporativo um dos melhores conferencistas da atualidade. Responsável pela Abertura e Encerramento dos Maiores Eventos Empresariais do Brasil, é presença constante nos principais Congressos e Fóruns de RH, Liderança, Administração, Marketing e Vendas do país e da América Latina.

Membro do Conselho da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida). Colunista de importantes veículos, Hilsdorf é referência nacional em desenvolvimento humano.

Entrevista – Carlos Hilsdorf: Mudando o foco dos problemas para o das soluções

Educador– Sua palestra versará, entre outras questões, sobre atitudes vencedoras? Poderia adiantar algumas dessas atitudes, relacionando-as com o cotidiano da educação?

Carlos Hilsdorf – Atitudes Vencedoras, título de meu livro, e que serão abordadas na palestra, longe de ser uma lista estática de atitudes, representam uma filosofia e uma maneira particular de agir diante das dificuldades que caracterizam a vida. Atitudes vencedoras são escolhas que tornam a vida e as pessoas qualitativamente melhores. Desta maneira, no cotidiano da educação podemos auxiliar os alunos a não apenas encontrarem soluções para os problemas propostos, mas a irem além buscando as soluções que possuam as melhores repercussões e conseqüências para o futuro. Trata-se de mudar o foco dos problemas para as repercussões das soluções, possibilitando aos alunos desenvolver uma maneira vencedora de fazer escolhas, buscando não apenas uma solução para a resolução dos problemas, mas sim soluções que o tornem melhores e abram um novo horizonte de possibilidades. O processo de desenvolvimento de atitudes vencedoras passa pela revisão do nosso modelo mental e das nossas ferramentas para a solução de problemas. Na busca pelo desenvolvimento do senso crítico que caracteriza a educação, associamos o desenvolvimento de um senso ético mais profundo e de uma visão de longo prazo sobre as escolhas mais imediatas.

Educador – Em sua visão, a escola (e o professor) estão muito distantes de serem capazes de trabalhar sobre esses temas com seus alunos?

Carlos Hilsdorf – Há, evidentemente, uma distância a ser vencida entre o perfil atual da média dos professores quando comparado ao perfil ideal para que possam desenvolver juntamente com seus alunos competências como a do empreendedorismo. É inevitável que a escola contemporânea aborde de maneira mais eficaz questões fundamentais da era atual como as do empreendedorismo, da inclusão digital e a de um aprofundamento da educação emocional. Educar é preparar para a vida e, portanto, deve considerar a vida como ela é, em termos sempre atuais. A repetição contínua de um modelo pedagógico que não contemple as necessidades emergentes da vida econômica e social do mundo globalizado estará sempre apresentando uma perigosa lacuna na preparação de indivíduos que precisaram encontrar os caminhos para se incluir produtivamente neste modelo de sociedade.

Educador – O senhor diminuiria o tempo investido, na escola, para o ensino de disciplinas para ampliar o trabalho sobre educação emocional, entre outros temas?

Carlos Hilsdorf – Esta é uma questão muito complexa e demanda uma reflexão coletiva de todos os profissionais envolvidos com a pedagogia em seus níveis mais profundos. Particularmente, acredito que não se trata apenas de ampliar ou de diminuir o tempo dedicado a essas atividades, mais sim desenvolver um planejamento e um modelo pedagógico que permita trabalhá-las simultaneamente com as demais disciplinas. Trata-se mais de um melhor aproveitamento do tempo que de uma ampliação ou diminuição do mesmo.

Educador – Qual é, a seu ver, a principal dificuldade encontrada pelo professor hoje para dar conta de seu desafio de educar? Como o docente pode superar essa dificuldade?

Carlos Hilsdorf– As dificuldades são muitas e oriundas de áreas diferentes que contemplam da formação do professor ao seu reconhecimento e recompensas profissionais. Na minha visão, acima dessas questões que envolvem a formação, remuneração e reconhecimento, a principal dificuldade reside em um resgate profundo da sua missão pessoal como educador. Nada poderemos fazer de grande repercussão na educação se não conseguirmos resgatar o sentido de auto-motivação e o discernimento da nobreza e importância da missão do educador. A vida moderna e suas conseqüências econômicas acabam muitas vezes ocasionando a perda de foco na questão central da educação que envolve o educador e o educando e passa a versar sobre as questões exteriores ao processo, que são sem dúvida, importantíssimas. Mas não devem sobrepor a missão pessoal do educador e a sua responsabilidade na formação de pessoas para a vida.

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