Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

14/08/2009 - 11:12

Banco do Brasil atinge lucro liquido de 2,348 bilhões, cresce 42,8% no 2T09, ante 2T08

O lucro do Banco do Brasil no segundo trimestre aprofundou no dia 13 de agosto (quinta-feira), embate entre bancos privados e o governo quanto ao papel do setor financeiro diante dos efeitos de uma crise global que empurrou o mundo para a recessão.

O BB reportou que seu lucro líquido deu um salto de 42,8% em relação ao mesmo período de 2008, para 2,348 bilhões de reais.

O número refletiu sobretudo do incremento de 32,8% na carteira de crédito em 12 meses, para 252,5 bilhões de reais --bem acima da expansão de 19,7 por cento do sistema financeiro.

Foi a primeira mostra mensurável da pressão do governo federal de usar os bancos públicos como instrumento para baixar a taxa de juros do sistema, iniciativa apontada como detonadora da tumultuada troca de comando do BB, em abril.

De quebra, o índice de inadimplência do banco, embora tenha crescido de 2,5 para 3,3% em 12 meses, ficou bem abaixo da média de seus principais rivais. O índice do Bradesco, por exemplo, ficou em 4,6 por cento.

Tais números deram munição ao discurso do próprio BB e do governo, ao defenderem a postura anticíclica do banco estatal, reduzindo taxas, estendendo prazos e elevando a oferta de crédito num momento de economia em desaceleração.

"Adotamos a estratégia correta", afirmou o presidente do BB, Aldemir Bendine, a jornalistas ao comentar os resultados do trimestre.

Representantes do governo foram mais longe. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou uma coletiva de imprensa para comentar o assunto e afirmou que, se os bancos privados não seguirem o exemplo das instituições públicas, "vão comer poeira". E o do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o setor privado está se queixando da concorrência dos bancos públicos.

Ainda nesta data , o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, havia dito em palestra a empresários que algumas taxas de juros praticadas pelos bancos públicos são "insustentáveis".

Ainda na quinta, ao anunciar os resultados trimestrais, o BB comunicou também que seus ativos totais chegaram aos 598,8 bilhões de reais, número que lhe devolveu a liderança no país, posição que tinha sido perdida para o Itaú Unibanco, após emergir de uma fusão em novembro do ano passado. "O Banco do Brasil retomou o posto que lhe é de direito", disse Bendine.

Alheios à guerra de palavras entre governo e bancos privados, analistas receberam os resultados do BB com elogios.

"A qualidade dos ativos (do BB) foi mais resiliente que a apresentada por seus concorrentes", disse em relatório o Bank of América Merrill Lynch, ao elevar o preço-alvo das ações do banco estatal.

Na bolsa paulista, a ação do BB subia 2,58% a 25,48 reais, às 16h41, no momento em que o Ibovespa avançava 0,53%.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira