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17/08/2009 - 08:20

Presidente do México visita Centro de Pesquisas da Petrobras


“Estamos em busca de um acordo para ampliar a capacidade produtiva de petróleo do México, um convênio que seja benéfico para ambas as partes”, disse Felipe Calderón.

Brasil - O presidente da República do México, Felipe Calderón, visitou no dia 16 de agosto (domingo), o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), em companhia do presidente da empresa, José Sergio Gabrielli de Azevedo. O chefe de estado mexicano assistiu a apresentação sobre tecnologias na área de exploração e produção em águas profundas e no pré-sal e visitou plantas-piloto no Centro de Pesquisas. A visita ao Cenpes foi um dos compromissos do presidente mexicano no Rio de Janeiro. Calderón chegou na última sexta-feira (14/08), para uma visita oficial de três dias ao Brasil.

“Estamos em busca de um acordo para ampliar a capacidade produtiva de petróleo do México, um convênio que seja benéfico para ambas as partes”. Com estas palavras, o presidente Calderón encerrou sua visita. Após assistir as apresentações, o chefe de estado mexicano afirmou seu interesse em encontrar junto à Petrobras e ao governo brasileiro mecanismos de cooperação. “A Petrobras deverá duplicar sua capacidade produtiva. Acredito que a realização de um intercâmbio será muito importante neste sentido. Temos muito o que aprender com a experiência brasileira”, disse.

Presente ao evento, o gerente geral da Petrobras no México, Milton Costa Filho, informou que a Companhia já está produzindo gás naquele país, em parceria com uma empresa mexicana e uma japonesa. O objetivo inicial foi estudar o mercado mexicano, porém os resultados foram ainda mais significativos e hoje a Petrobras construiu um bom relacionamento com a Pemex, estatal mexicana. “Desenvolvemos um acordo tecnológico com eles bastante interessante. É um processo de ajuda mútua. A idéia agora é ampliar este convênio, estendendo-o a outras áreas, como petroquímica, biocombustíveis, refino e gestão de indústria”, explicou o gerente.

Cenpes - O Centro de Pesquisas & Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) está entre os maiores do mundo na pesquisa aplicada à indústria de energia. Nele são desenvolvidas atividades de pesquisa e desenvolvimento voltadas para superar os desafios tecnológicos enfrentados pela Petrobras em toda a sua cadeia produtiva: exploração e produção de petróleo e gás natural; refino de petróleo, transporte e logística de derivados; fontes alternativas de energia e desenvolvimento sustentável.

No Cenpes são realizadas as atividades de Engenharia Básica: projetos básicos e projetos conceituais para os empreendimentos estratégicos da Companhia. É também no Centro de Pesquisas que está a coordenação da gestão tecnológica da Companhia e subsidiárias, além da coordenação do relacionamento com a comunidade acadêmica e científica nacional. Hoje a Petrobras desenvolve projetos de pesquisa em parceria com mais de 100 universidades e institutos de pesquisa brasileiros.

Com mais de 1600 empregados diretamente voltados para atividades de pesquisa e desenvolvimento e de engenharia básica, o Cenpes ocupa uma área de 57 mil metros quadrados de área construída. Além disso, conta com cinco núcleos experimentais instalados junto a unidades operacionais da companhia, nos estados do Ceará, Sergipe, Bahia, Paraná e Rio Grande do Norte.

Para responder aos desafios decorrentes da expansão das atividades e do crescimento da Petrobras, o Cenpes está ampliando suas instalações. Em frente ao centro atual, está em curso uma obra de ampliação, com novos laboratórios, plantas-piloto, centro de convenções e um núcleo de visualização e colaboração para trabalhos em 3D a distância e em tempo real. As novas instalações serão concluídas em 2010.

Destaques da Petrobras em tecnologia -Águas profundas e pré-sal - A Petrobras é reconhecida internacionalmente pelo seu pioneirismo na exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultra-profundas. Isso se deve, em grande parte, ao desenvolvimento tecnológico realizado pela Companhia em parceria com fornecedores e comunidade acadêmica. Em 1986 foi criado, no Cenpes, o Programa Tecnológico para Águas Profundas, Procap 1000, voltado para o desenvolvimento de tecnologias que permitissem a produção de petróleo em profundidades d’água entre 400 e 1.000 metros . Superada a barreira dos 1.000 metros , o programa evoluiu para viabilizar a produção de óleo e gás em 2000 metros de profundidade. Atualmente, estão em curso pesquisas voltadas para águas ultra-profundas que permitem a produção em profundidades de mais de 3.000 metros .

A expertise da Companhia no desenvolvimento de tecnologia em águas profundas já foi reconhecida internacionalmente. A Petrobras recebeu duas vezes, em 1992 e 2001, o prêmio Distinguished Achievement Award for Companies, na OTC (Offshore Technology Conference), uma das mais importantes feiras de tecnologia offshore do mundo.

A experiência, o conhecimento acumulado e as tecnologias desenvolvidas para águas profundas conferem à Companhia um importante diferencial na indústria internacional de petróleo e gás. Parte dessas tecnologias está sendo utilizada no início da produção na camada pré-sal, no teste de longa duração de Tupi, na Bacia de Santos. As grandes descobertas da Petrobras no pré-sal trazem novos desafios tecnológicos, que já estão sendo superados pela sua equipe técnica para viabilizar a produção nestas reservas.

Petróleo Pesado - A Petrobras superou, com seu desenvolvimento tecnológico, outro grande obstáculo: a produção de petróleo pesado em grandes profundidades. Com a entrada em operação do projeto piloto do Reservatório de Siri (Campo de Badejo / Bacia de Campos), em 2008, a Petrobras é a única empresa do mundo a produzir, em águas profundas, petróleo ultra-pesado (12º API). O petróleo pesado representou também um desafio tecnológico para o setor de refino. Para tirar o melhor proveito deste óleo na produção de derivados nobres, a companhia desenvolveu e adequou tecnologias de processamento, que maximizam a transformação das frações pesadas do petróleo em produtos nobres como diesel, gasolina e petroquímicos. Tecnologias como Craqueamento Catalítico Fluído (FCC) e Coqueamento Retardado foram aperfeiçoadas, instaladas e testadas nas refinarias da Petrobras, para otimizar a produção de combustíveis exigida pelo mercado. Inovações desenvolvidas pela Petrobras nesses processos serão a base tecnológica de dois grandes empreendimentos de refino atualmente em construção. Na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, uma unidade inovadora de Coqueamento Retardado aumentará o rendimento de diesel; já no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a tecnologia de FCC Petroquímico permitirá o aproveitamento do petróleo pesado nacional para a produção de eteno e propeno.

Biocombustíveis - O Cenpes trabalha no desenvolvimento tecnológico para a produção de biodiesel a partir de diversas matérias-primas – como soja, mamona, girassol ou pinhão-manso. As pesquisas contemplam toda a cadeia produtiva, incluindo possibilidades de usos dos resíduos da matéria-prima para os mais diversos fins. A companhia desenvolve ainda tecnologias para a segunda geração de biocombustíveis, produzidos a partir de rejeitos agroindustriais. É o caso da pesquisa em etanol de lignocelulose. Na tecnologia em desenvolvimento no Cenpes, uma das matérias-primas em estudo é o bagaço de cana, hoje um dos resíduos agroindustriais mais expressivos do Brasil. Outra rota tecnológica da segunda geração volta-se para biocombustíveis sintéticos por um processo termoquímico, onde a biomassa é gaseificada para posterior síntese em combustíveis líquidos.

Sustentabilidade e Meio Ambiente - As pesquisas no Cenpes na área de desenvolvimento sustentável voltam-se para todas as atividades da Companhia, visando a minimizar os riscos e impactos ambientais. São desenvolvidas diversas tecnologias para o reuso de efluentes e o uso sustentável de recursos hídricos, tanto nas atividades de produção quanto nas refinarias. Em relação à mudança climática, as contribuições da Petrobras contra o aquecimento global englobam o desenvolvimento de projetos de armazenamento geológico de CO2, de fixação de carbono na biomassa, por meio de ações de reflorestamento ou de cultivo de oleaginosas, assim como projetos de eficiência energética.

O pré-sal - O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas no litoral brasileiro, a cerca de 300 km da costa, em uma área com aproximadamente 800 km de extensão e 200 km de largura, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo abaixo de uma camada de sal, em águas ultraprofundas. Essa camada não está distribuída de maneira uniforme e, na Bacia de Santos, por exemplo, atinge espessuras de cerca de 2 mil metros. As recentes descobertas de óleo e gás feitas pela Petrobras na área do pré-sal, em especial a de Tupi (na Bacia de Santos), localizada a 6 mil metros de profundidade e abaixo de uma espessa camada de sal, reposicionarão o Brasil na indústria mundial do petróleo.

Teste de Longa Duração (TLD) - A área de Tupi é fundamental para que se conheça melhor o pré-sal da Bacia de Santos. Em maio deste ano, o Teste de Longa Duração (TLD) de Tupi começou a operar com o uso do FPSO BW Cidade de São Vicente, ancorado a cerca de 300km da costa. Sua duração será de 15 meses. Com capacidade máxima para processar 30 mil barris diários de óleo, a produção será realizada por meio de dois poços, um de cada vez, possivelmente por seis meses cada um. Nos três meses restantes, serão realizados testes complementares (o tempo necessário para cada uma dessas etapas ainda está sendo decidido).

O TLD de Tupi proverá os profissionais envolvidos com diversas informações sobre as rochas carbonáticas encontradas no pré-sal. E também serão colhidas amostras dessas rochas para melhor caracterizá-las. Alguns dos dados a serem investigados são: o comportamento dos reservatórios em produção de longo prazo, a movimentação ou drenagem dos fluidos durante a produção, além do escoamento submarino e de estudos para a melhor geometria dos poços, que poderão ser verticais, horizontais ou e/ou desviados.

Informações sobre o TLD: Profundidade do reservatório (a partir da superfície do mar): 5.313m \ Profundidade d´água: 2.140m; Espessura da camada de sal: 2.000m \ Distância da costa: 290 km | Grau API do óleo produzido: 28º.

Perfil da Petrobras - A Petrobras possui um ousado plano de investimentos. O Plano de Negócios da Companhia prevê, para o período 2009-2013, o investimento de US$ 174,4 bilhões. Todo esse montante contribuirá para um crescimento ainda maior da Companhia. Atualmente a Petrobras é a oitava empresa no mundo em valor de mercado, de acordo com ranking recente da consultoria Ernst & Young; e é a quarta do mundo em reputação, segundo o Reputation Institute, de Nova York. São 16 refinarias, 115 plataformas em operação e 14 bilhões em reservas provadas de petróleo e gás, ainda sem incluir as reservas da região do pré-sal.

Fora do Brasil, o Plano de Negócios da Petrobras prevê investimentos de US$ 15,9 bilhões entre 2009 e 2013. A maior parte de recursos será destinada às atividades internacionais de Exploração e Produção (79%), seguida de Gás & Energia (8%), Refino, Transporte, Comercialização e Petroquímica (7%) e Distribuição (5%). Estados Unidos (28%), Argentina (16%), Nigéria (12%) e Angola (5%) receberão a maior parcela dos investimentos internacionais.

A Petrobras possui ativos, operações e negócios em 29 países em quatro continentes: Américas, África, Ásia e Europa. Recentemente, a companhia ampliou suas operações em países como o Japão, onde adquiriu uma refinaria e tem associação com uma empresa para desenvolvimento do mercado de etanol; e o Chile, onde acaba de inaugurar o primeiro de 230 postos de combustíveis com a marca Petrobras.

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