Não adianta chorar o “leite derramado”, a solução é renegociar as dívidas!

São Paulo - Falta de planejamento, descontrole, compulsão! Gastar de mais e ficar com o bolso e a vida financeira desequilibrados, tem sido a prática de milhões de brasileiros.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 42 milhões de pessoas sofrem com o endividamento crônico. Isso significa que mais de 22% da população tem dívidas impagáveis conforme sua possibilidade de ganho. Ou seja, o brasileiro gasta além do que ganha.

Para o Consultor Financeiro e Presidente da Boriola Consultoria, Cláudio Boriola, não adianta chorar o “leite derramado”, a solução para esse problema é renegociar as dívidas. “Todo cidadão deve ter em mente que antes de sair por aí gastando sem controle é fundamental um planejamento de suas finanças, saber ao certo quanto se ganha e quanto se pode gastar. Depois de feito tudo de forma descontrolada, não adianta ficar correndo e se lamentando. O fato é que o devedor deve encarar o problema de frente e buscar uma solução”, comenta.

Contas a pagar, desespero e falta de recursos. Correr a agiotas, financeiras e empréstimos bancários, para muitos tem sido a melhor maneira de liquidar as dívidas. Atualmente o brasileiro descobre aqui para cobrir ali. Portanto, tornou-se comum as pessoas pagarem suas contas fazendo outras e sem perceberem colocam em risco toda a família.

De acordo com o especialista, antes de negociar uma dívida, é necessário postura, equilíbrio e correr das altas taxas de juros. “O melhor é manter-se tranqüilo e firme na hora de negociar suas dívidas. Exponha com clareza sua situação e condições de pagamento, fazendo com que o credor entenda você, consumidor, que quer resolver sua situação, porém de forma coerente com suas expectativas. Seja sincero, mas não ingênuo. Não aceite juros fora dos permitidos por lei ou propostas impostas pelo credor. Negocie o saldo do seu cheque especial e do cartão de crédito e nunca corra a um agiota para quitar suas dívidas, pois, além de ser crime a agiotagem, você ainda assumirá outro problema ainda maior”, alerta.

Para o brasileiro não entrar em dívida ou até mesmo quita-la sem pagar juros abusivos, é necessário a elaboração de um orçamento doméstico onde consta o quanto pode ser utilizado para o pagamento de tais contas. “Corte gastos supérfluos e economize o máximo possível. Dessa maneira você seguirá normalmente sua vida e estará poupando para resolver suas dificuldades financeiras. Em relação aos juros, é preciso cuidado ainda maior. Em todas as negociações nunca se faz o cálculo de quanto se vai pagar de juros. É preciso fazer esses cálculos antes de assinar qualquer contrato financeiro a prazo. Sua análise pode poupar muito dinheiro e preocupação. Tenha sempre o hábito de planejar suas compras e analise os juros embutidos nas parcelas contratadas”, orienta Boriola. | Por: Fabrício Andrade/Boriola Consultoria