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18/08/2009 - 09:55

CNI e empresários querem aumentar investimento brasileiro em inovação

3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria terá manifesto dos industriais brasileiros pelo aumento dos investimentos, públicos e privados, em Pesquisa e Desenvolvimento. Evento terá a participação de 600 empresários, entre eles as principais lideranças do setor, e de membros do governo, como o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Brasília – Metade de tudo o que se investe em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Brasil vem do setor privado: em 2007, as empresas aplicaram R$ 17,5 bilhões em inovação. Desse total, 76,6% (R$ 13,4 bilhões) saíram diretamente do caixa das empresas e 23,4% (R$ 4,1 bilhões) tiveram apoio governamental, seja por meio de incentivos fiscais, seja por subvenção econômica.

No entanto, ainda se investe pouco em inovação no país: 1% do Produto Nacional Bruto (PNB), entre gasto público e privado, ante 3,17% no Japão e 2,61% nos Estados Unidos. Para aumentar esses investimentos e possibilitar maior competitividade internacional ao produto brasileiro é que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criou a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), formada pelas mais importantes lideranças industriais do país, que se reunirão em São Paulo, na próxima quarta-feira (19/08), para o 3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria.

Durante o congresso, a CNI e os empresários da MEI divulgarão um manifesto em que se empenharão no esforço de inovar. “É um compromisso do setor em assumir a importância da inovação e o protagonismo privado na agenda brasileira de inovação, com uma meta clara de mobilização empresarial”, antecipa o diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi.

Enquanto o Brasil investiu 1% do PNB em Pesquisa e Desenvolvimento em 2006, de acordo com os últimos dados disponíveis no Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e compilados pela CNI, economias emergentes que disputam mercado com o Brasil investiram mais: a China investiu 1,36% do PNB e a Rússia, 1,38%.

Mas aumentar os investimentos em P&D de modo a alcançar os percentuais investidos pelas principais economias do mundo só será possível, segundo Lucchesi, se houver integração entre o Poder Público e as empresas. “O segundo objetivo da Mobilização Empresarial pela Inovação é um esforço de coordenação das ações entre os setores público e privado para o desenvolvimento da inovação no Brasil”, resume.

O diretor da CNI ressalta que tanto a MEI quanto o 3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria estão tendo colaboração do governo. “O ministro Sérgio Rezende, da Ciência e Tecnologia, e o presidente Luciano Coutinho, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), têm trabalhado conosco”, conta Rafael Lucchesi. Rezende e Coutinho, assim como Ivan Ramalho, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, participarão do Congresso.

Essa parceria é necessária porque uma parte do empresariado, notadamente os de micro e pequeno portes, investe em P&D a partir de incentivos fiscais ou de subvenção econômica. O total de gasto público em inovação cresceu de R$ 2,3 bilhões em 2006 para R$ 4,1 bilhões em 2007, de acordo com dados do MCT. Apesar desse crescimento, os incentivos e as subvenções representam somente 30% de tudo o que é investido em inovação no Brasil.

Congresso - O 3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, no dia 19, terá a participação de 600 empresários do setor. Entre eles, Adilson Primo, da Siemens, Pedro Luiz Barreiros Passos, da Natura, Pedro Wongtchowski, do Grupo UItra, José Wilmar de Mello Justo Filho, da Thyssenkrupp, Pedro Suarez, da Dow, Ricardo Pelegrini, da IBM, Rolf-Dieter Acker, da Basf, e Wilson Ferreira Júnior, da CPFL. Também estarão presentes Jorge Gerdau Johanpetter, do Grupo Gerdau, Cledorvino Belini, da Fiat, e Michel Vale, da 3M, e Luiz Fernando Furlan, da Sadia.

A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), liderada pela CNI, promoveu 15 encontros com cerca de 100 grandes empresas industriais brasileiras em 2009, que também tiveram a participação de representantes dos diversos setores industriais e de membros do governo. O congresso de quarta-feira é o ponto alto, neste ano, dessa mobilização.

O evento, que será realizado no World Trade Center, na zona sul de São Paulo, contará com a participação de especialistas internacionais em inovação. O inglês Rowan Gibson, executivo de estratégia que fez carreira em empresas como General Eletric e Procter & Gamble, falará sobre o tema “Inovação – repensando o futuro”.

O francês Jean Guinet, especialista em inovação da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o brasileiro César Vohringer, que foi executivo da área de inovação de empresas como Philips e Telefônica, participarão do painel “Iniciativas de inovação no Brasil e no mundo”. Em seguida, a norte-americana Nancy Tennant, vice-presidente corporativa de competências de liderança e estratégia da gigante Whirpool Corporation (dona no Brasil das marcas Cônsul e Brastemp), falará sobre casos de sucesso em inovação.

. [ 3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, promovido pela CNI, Armando Monteiro Neto, presidente da CNI, Sério Rezende, ministro de Ciência e Tecnologia, Luciano Coutinho, presidente do BNDES, Jorge Gerdau, Pedro Wongtchowski, Pedro Luiz Barreiros Passos, Cledorvino Belini, entre outros, no dia 19 de agosto (quarta-feira), a partir das 9 horas e até 17h30, no Centro de Convenções do World Trade Center, em São Paulo (Av. das Nações Unidas, 12.551, Brooklin Novo). | www.cni.org.br/inovacao ].

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