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19/08/2009 - 09:32

Codesp faz balanço positivo após 12 meses de gestão


Encerrando um ano de gestão à frente da Codesp, o diretor-presidente José Roberto Serra, fez um balanço de sua administração no maior complexo portuário do país, destacando que foi um período extremamente produtivo com a realização e o encaminhamento de todas as ações e metas previstas na época de sua posse.

Agregar toda estrutura portuária, resgatar e consolidar o conceito de Autoridade Portuária e retomar os processos licitatórios de arrendamento de áreas foram os primeiros pontos destacados por Serra, reconhecendo que há ainda muito que se fazer, mesmo com diversos projetos e ações já inicialmente deflagrados.

Nesse rol de ações já iniciadas, cita os estudos de reestruturação organizacional da empresa, iniciativa imprescindível para novos ajustes que trarão melhores condições aos empregados e às atribuições da empresa como por exemplo a atividade de fiscalização das operações portuárias. Outro item também destacado é a estabilização financeira que vai permitir à Codesp começar a reinvestir com recursos próprios no Porto de Santos.

Com relação à parte financeira, lembrou que a empresa projeta para este exercício um resultado financeiro positivo da ordem de R$ 100 milhões, proporcionado pelos novos arrendamentos e ajustes internos. Com essa situação já foi possível impulsionar algumas atividades com recursos próprios como o serviço de dragagem de manutenção do canal de navegação.

A fórmula apontada por Serra para obter e manter esse desempenho não é nenhum segredo. Além dos recursos captados com a nova modalidade para contratos de arrendamento, foi estabelecida uma meta de redução de despesas com custeio da ordem de 15% mais outras fontes de receitas como a procedente de leilões.

Serra explica que são elevadas as despesas, principalmente as procedentes dos serviços terceirizados para manutenção da infraestrutura portuária e é necessário novas medidas para a empresa ter fôlego financeiro para cumprir essas atribuições.

Com essa preocupação, anunciou, entre outras medidas, que a Codesp se prepara para pleitear ajuste tarifário, lembrando que o ultimo ocorreu já há cinco anos. Uma nova proposta será encaminhada ao Conselho de Autoridade Portuária – CAP dentro de 2 meses. Trata-se de uma ação que tem caráter prioritário para a administração portuária, considerando a necessidade de oferecer uma infraestrutura adequada, principalmente após a conclusão do aprofundamento do canal.

Em outra frente, novos recursos serão captados com a realização este ano de mais dois processos licitatórios para arrendamento de áreas: de um terminal para grãos na margem esquerda e um terminal para granéis líquidos na Ilha do Barnabé.

Há, ainda, a meta de se reequilibrar alguns contratos de áreas, algo permitido por lei após cinco anos de vigência. O presidente explica que existe hoje grande disparidade nos preços de terminais, inclusive concorrentes. A tendência é se comparar a realidade de cada contrato, considerando os diversos aspectos de cada um e promover um reequilíbrio satisfatório.

Quanto à expansão do Porto de Santos, a criação da área de Planejamento Estratégico e Controle é apontada por Serra como indispensável para que o complexo santista possa garantir o escoamento de cargas previsto para as próximas décadas. Dois estudos estão em fase final de conclusão e se complementam. Trata-se do chamado Master Plan, que definirá a demanda atual do Porto, por tipo de carga, assim como projeção do crescimento em cenários qüinqüenais até 2024. “Os estudos do Master Plan caminham em conjunto com o estudo de acessibilidade, dimensionando-se os acessos rodoferroviários de acordo com o estabelecido como expansão portuária para Santos”, comenta Serra, explicando que esses trabalhos irão identificar os gargalos nos acessos num cenário de expansão física, determinando os projetos necessários para atender de forma suficiente o novo perfil do Porto.

Transformação administrativa - Quanto à reorganização administrativa da empresa, Serra destaca a necessidade de não só a Codesp mas as companhias docas do país adequarem seu perfil para uma autêntica Autoridade Portuária, estabelecendo um novo padrão de eficiência para os portos. A contratação de empresa especializada permitirá promover uma nova estrutura administrativa centrada no planejamento da expansão portuária, investimentos em infraestrutura, arrendamentos de área, fiscalização, meio ambiente, entre outros itens.

Serra explica que, além do estudo em vias de conclusão, há, na Codesp, diversas particularidades que necessitam de soluções para a implementação de um novo organograma, como os casos de aposentados ainda em atividade, empregados que não aderiram ao novo Plano de Cargos e Salários. Todos esses aspectos precisam ser avaliados e resolvidos, até porque a realização de concurso público passa necessariamente por essas soluções.

Outro aspecto considerado pelo presidente é a reestruturação física permitindo que todos estejam mais próximos e que haja maior interação entre os setores, diálogo permanente e modernização dos procedimentos. Serra acrescenta que o ideal seria não apenas a Autoridade Portuária, mas, também, os demais setores intervenientes na área portuária pudessem compartilhar uma única instalação, agilizando o trâmite de processos e facilitando o atendimento ao usuário. Isso, no entanto, é apontado como uma etapa futura.

Ainda em relação ao quadro de empregados, o presidente destacou a implantação da Participação nos Lucros e Resultados da empresa, já autorizado pelo DEST - Departamento de Coordenação e Controle das Estatais. Com o resultado estimado para este ano, os empregados já serão contemplados com mais essa iniciativa.

Infraestrutura - Dentre as ações voltadas para oferecer melhor infraestrutura ao Porto de Santos, destaca as obras de implantação da Avenida Perimetral da Margem Direita, anunciando o lançamento da licitação para execução do trecho 3 que se estende do canal 4 à região da Santa, onde será erguido mais um viaduto. A previsão é a conclusão até o final de 2010.

O novo viário da margem direita irá ainda incorporar futuras intervenções. A empresa está contratando projeto executivo para a construção de 1 quilometro de mergulhão no trecho do Valongo. Serra informa que a partir do projeto poderá encaminhar ao Governo Federal a estimativa de custo para inclusão no orçamento da União.

A Codesp aguarda a conclusão de um trabalho financiado pelo BID e pelo Governo Federal para elaboração de um master plan com base na demanda futura de cargas para promover estudo de logística que apontará entre outras ações as próximas etapas de implantação para concluir o viário do Porto de Santos, com a possibilidade de se executar uma ligação a seco entre as duas margens do complexo, algo que demandará o envolvimento de prefeituras municipais, Marinha, Aeronáutica e a comunidade de forma a encaminhar o assunto de maneira abrangente.

Quanto à Avenida Perimetral da Margem Esquerda informou que a empresa está concluindo o processo licitatório para contratação do estudos ambientais e na iminência de assinar o contrato para elaboração do projeto executivo. Outra necessidade para instalar o novo viário na margem esquerda são os estudos referentes às desapropriações de imóveis na rua do Adubo e estima para até o final do ano deflagrar a licitação para execução das obras, com conclusão prevista após 2010.

Outra iniciativa é o lançamento previsto para o próximo mês da licitação para aquisição com recursos próprios do VTMS – Vessel Traffic Management Systems para monitoramento das embarcações a partir da instalação de 4 radares com alcance de 12 milhas. Serra lembra que com o aprofundamento e alargamento do canal de navegação é indispensável o controle de tráfego o que proporcionará maior agilidade e um conseqüente ganho operacional.

Com relação ao aprofundamento do canal de acesso, destacou o grande empenho da Autoridade Portuária em apoio à Secretaria Especial de Portos -SEP, responsável pela licitação e contratação dos serviços. A Codesp contratou todos os estudos necessários à obtenção das autorizações ambientais e estima que até o final deste mês seja emitida a licença do IBAMA.

O presidente destacou ainda outras ações compromissadas na época de sua posse como o Sistema de Gestão por Resultados, implementado através de software especialmente desenvolvido pela companhia. A Codesp foi a única empresa a desenvolver o modelo atendendo à diretriz da SEP que implantou, através de portaria, a gestão por resultados no setor. São cerca de 30 indicadores que acompanham atividades de infra-estrutura, financeira, projetos e desempenhos operacionais, entre outras. A empresa disponibilizou o software às demais companhias docas para que se adaptem, o quanto antes, às medidas do governo.

Outra iniciativa realizada nessa gestão foi a criação do Banco de Dados Comum de Credenciamento em conjunto com a Alfândega do Porto de Santos e a Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados – ABTRA. Trata-se de um cadastro único de todos os funcionários, visitantes e veículos de empresas que atuem na área portuária, com estimativa de demanda de cerca de 30 mil usuários, além do cadastro realizado pela CODESP que atinge mais 34 mil cartões.

“Fazer com que Santos encontre seu melhor caminho é, além de uma meta profissional, um compromisso pessoal que assumo”, cita o presidente, acrescentando que o próximo ano de gestão será também de muito trabalho e desafios.

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