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21/04/2007 - 08:44

"Tomada "

Uma exposição coletiva com Mariana Manhães, Eva Marisaldi, Milton Marques e Paulo Vivacqua, de 26 de abril até 2 de Junho, de segunda a sexta-feira das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 17h, na Galeria Leme, Rua Agostinho Cantu, 88, São Paulo (SP), Telefone (+55 11) 3814- 8184 | [email protected] | www.galerialeme.com

"A Galeria Leme traz quatro artistas cujas trajetórias subvertem as formas habituais de se fazer uso da tecnologia. Desviando-se do high-tech e suas promessas de um mundo calcado na precisão e eficácia, esses quatro artistas, sempre fazendo uso de recursos mecânicos e eletrônicos sofisticados para a construção de suas esculturas e instalações, enveredam pela paródia, erro, inutilidade e sonho.

A carioca Mariana Manhães desenvolve vídeos-instalações e vídeos-objetos que fazem uso da manipulação da imagem e que contam com a imaginação do espectador como elemento estruturante. Nos seus trabalhos os objetos cotidianos aparecem convertidos em seres animados com voz e idiomas próprios; deixam de ser meras representações do real para se instalarem como produtos fantasiosos. As construções da artista surpreendem pela articulação entre alta tecnologia e capacidade de improviso, engenhocas eletrônicas e mecânicas que assumem configurações orgânicas, como se fossem robôs animados por sentimentos e idiossincrasias humanas.

Nascida e radicada em Bolonha, Eva Marisaldi vem apresentando obras que tornam difícil sua classificação neste ou naquele gênero ou mídia. O melhor será reconhecê-la como uma artista conceitual que opera de desenhos a filmes, que produz de esculturas a performances instalativas, trabalhos derivados de suas observações sobre as formas de sociabilidade desenvolvida na vida contemporânea. Este é o caso do “Disco-Party-Theatre”, um complexo e divertido aparato técnico resultante da análise que a artista faz sobre o lugar que a noção de festa sugere para diferentes pessoas. Nele, um “disco-party-robot” dança, emite luzes e joga confetes.

A obra – escultórica? – do artista brasiliense Milton Marques, vem ganhando corpo através de assemblages entre equipamentos variados, montagens nas quais aparelhos como lentes, scanners, vídeos, câmeras, livros etc, são conectados uns aos outros em engrenagens complexas e disparatadas. Cada peça é reaproveitada dentro de um novo encadeamento, o que sugere um funcionamento irregular, embora fértil na revelação de aspectos secretos da vida dos objetos. A recorrência ao objeto livro, por exemplo, renova a idéia do livro como máquina preguiçosa, dado que exige um leitor que o ponha a trabalhar, mas também como um objeto dotado de um organismo misterioso e inquietante.

Escapando do âmbito da imagem, o capixaba Paulo Vivácqua chegou às artes plásticas pela via da música contemporânea, daí o som haver se convertido na matéria prima de suas pesquisas. Realizando instalações de alcance ambiental e trilhas sonoras, Vivácqua dedica-se ao forte potencial imaginário da matéria sonora, a capacidade dela, em associação com o arranjo dos alto-falantes no espaço expositivo, dispostos sobre camadas de vidro, trazendo ou não luzes embutidas, transportar o espectador/ouvinte para um outro lugar. A ordenação dos elementos que constituem suas peças sonoras em um espaço dado confunde e altera a percepção desse espaço. "

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