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21/08/2009 - 11:39

Encontros GLBTT e outros

Parece que no dicionário de língua portuguesa não está inserido a palavra homofobia. Assim, cumpre perguntar: o que é homofobia? Pode-se dizer que é o preconceito motivado pela opção ou orientação sexual de determinada pessoa da sociedade, alcançando gays, lésbicas e bissexuais (GLB), ou, ainda, por identidade de gênero, que atinge travestis e transexuais (TT), gerando atos de violência contra essas pessoas. A homofobia se interrelaciona com outras formas de preconceito – por sexo, raça, classe social e idade, vitimando seus integrantes ou simpatizantes de diferentes formas.

Houve um período na história brasileira, marcado por verdadeira discriminação contra certos grupos sociais, entre eles, negros, pobres, prostitutas, homossexuais e, também, defensores de políticas oposicionistas ao governo vigente. Período esse compreendido entre os anos de 1964 a 1985, denominado de Ditadura Militar. Nesses anos, direitos e garantias fundamentais do cidadão foram tolhidos pelos governantes militares, utilizando-se de uma forte ferramenta política – os atos institucionais. Entre eles o AI-5, o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar, conferindo poderes extraordinários ao Presidente da República, sobrepondo-se até a Constituição de 1967 e as Constituições Estaduais. Essas pessoas recebiam por parte da cúpula do governo, a alcunha de agitadores, desocupados, pervertidos e subversivos. Isso bastava para serem jogadas ao cárcere e, em algumas circunstâncias, não serem mais vistas por seus familiares e amigos. Registrou-se, assim, fase nebulosa da história político-militar brasileira.

Com a Constituição Cidadã de 1988, muitas coisas mudaram no cenário político-social. Houve grande abertura das liberdades e garantias individuais, como a liberdade de expressão, locomoção e, também, a promoção de atos públicos, como é realizado todo ano em São Paulo, a Parada do Orgulho Gay, é o momento de maior visibilidade do segmento GLBTT.

Nota-se, que em alguns países não funciona assim. Foi noticiado recentemente pela imprensa que “A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch afirmou ontem que milícias conservadoras vêm assassinando homossexuais no Iraque, em uma campanha que já teria deixado centenas de mortos”. Os gays também são vitimas da própria família, os chamados crimes de honra, ou seja, eles são mortos por familiares que alegam defender a respeitabilidade da família.

Estima-se que alguns comportamentos humanos, decorrem de modismos e de influências variadas, que podem contribuir positiva ou negativamente para a formação da personalidade do individuo. Parece que o movimento GLBTT, transformou-se em nada menos que um encontro e/ou grande carnaval. Perdendo-se seu real significado: manifestação popular pela luta e reconhecimento à igualdade e outros direitos assegurados na Constituição Federal.

Essa foi à impressão passada no dia 16/08/09, no “encontro” realizado na praia de Jacaraípe/ES. Observou-se, que alguns “simpatizantes” ou freqüentadores do evento, principalmente jovens e adolescentes, sequer sabiam o motivo de estarem ali, talvez, quem sabe, por falta de opção ou por influência de amigos. O que impera nesses encontros, é o uso de drogas (licitas e ilícitas), e o contraste entre a ostentação de fantasias e a exposição do quase nu corporal, deixando à mostra as modernidades da medicina estética, com a aplicação de próteses de silicone e o famoso botox.

Esquecem-se seus organizadores do real sentido do movimento, transformando-o em mero encontro de pessoas simpatizantes ou que comungam de uma mesma orientação sexual.

. Por: Eduardo Veronese da Silva| Licenciatura Plena em Educação Física – UFES.Bacharel em Direito – FABAVI/ES.\ Mentor e Facilitador do Proerd – PMES.| Subtenente da PMES.| Contato:(27) 9863.9443.

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