Anfavea aceita câmbio e busca alternativas par competitividade

São Paulo - O setor automotivo decidiu sair da discussão somente em cima atual patamar do câmbio e vai trabalhar em outras frentes, como gargalos de infra-estrutura, para contrabalançar efeitos negativos do dólar baixo sobre a competitividade no exterior, disse o presidente da Anfavea empossado dia 20 de abril, Jackson Schneider.

Ele foi enfático ao dizer que o setor sofre queda de exportações com o atual câmbio, mas ressaltou que isso é resultado de uma política econômica de sucesso e que a indústria não irá pressionar por medidas artificiais para valorizar o dólar.

"A política cambial é, não está. Estamos aceitando isso. Temos que analisar gargalos e amarras ao setor e atacá-los para compensar esses efeitos do câmbio, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores a jornalistas.

"Não há ações artificiais que possam mexer nesse câmbio. Isso o setor não pretende pedir. Se o câmbio for maior ou menor, isso vai depender do fluxo de recursos que entram no país."

Schneider disse que irá estudar a criação de um grupo técnico para avaliar os problemas de competitividade da indústria automotiva e apontar soluções que deverão ser discutidas com o governo.

"É um trabalho a quatro mãos que depende de análise entre governo e indústria.", diz.

Ele ressaltou a demanda doméstica, que vem contrabalançando as perdas de exportação e garantindo recordes ao setor. | Por: Vanessa Stelzer/Reuters