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22/08/2009 - 10:31

Os efeitos da economia na área de Recursos Humanos na América Latina

Diante da atual crise econômica mundial, a Watson Wyatt realizou a segunda edição da pesquisa “Efeitos da Economia sobre os Programas de RH”, que mostra como as empresas estão ajustando os seus programas de Recursos Humanos — recrutamento e seleção, remuneração, benefícios e aumentos salariais. O estudo contou com a participação de 441 executivos da área, envolvendo empresas de diferentes setores, portes e origem de capital, e que atuam em diversos países da região, sendo que 52% consideram-se globais, enquanto o restante se divide entre nacionais e internacionais.

O trabalho constatou que muitas medidas já foram tomadas em relação ao atual cenário e que as companhias ainda buscam ações de prevenção de possíveis impactos negativos no curto prazo. Por outro lado, identificou-se um grupo de empresas otimista frente ao futuro, acreditando que o pior já passou.

Aproximadamente 40% dos participantes entendem que a empresa foi altamente afetada em razão do atual cenário econômico e 37% acreditam que ainda sofrerão grandes impactos nos próximos 12 meses. Nesse sentido, 89% dos entrevistados informaram que algumas ações foram implantadas em reação à crise, seja em função da pressão por redução de custos, do declínio do volume de vendas ou das incertezas econômicas. Dentre eles, 47% seguiram uma decisão global, enquanto 38% adotaram ações locais (somente no país) e 15% em toda a região (América Latina).

Face ao cenário econômico que se apresenta, sua empresa entende que:

Como era de se esperar, as incertezas de mercado como, o baixo crescimento da economia, o aumento das demissões e a taxa de câmbio são os fatores de maior preocupação e estão impactando diretamente as decisões tomadas. Quando indagados por quanto tempo se prolongarão os efeitos da crise na empresa, apenas 9% das empresas foram otimistas e acreditam em menos de seis meses, enquanto a maioria respondeu que deve durar de seis meses a um ano.

Por quanto tempo você espera que se prolongarão os efeitos da crise em sua empresa?

Dentre os principais temas da área de Recursos Humanos mais afetados até agora, destacam-se: redução ou suspensão de treinamento e desenvolvimento; redução dos orçamentos para aumentos salariais e programas de mérito; revisão dos pacotes de remuneração e benefícios; e congelamento de novas contratações.

O trabalho constatou que, devido ao grau de desconfiança do mercado, 66% têm realizado ações de comunicação interna junto a seus colaboradores, esclarecendo a atual situação do mercado, os principais impactos da crise no negócio e as medidas que a empresa está tomando frente à crise, como a redução de custo. Em relação ao ano passado, muitas mudanças foram realizadas. Até o momento, a principal ação observada foi a redução do orçamento para ajustes salariais – 56% já realizaram e 27% planejam realizar nos próximos 12 meses. Em segundo lugar, está a não contratação de novos empregados – 57% já o fizeram e 22% pretendem fazer em até um ano (Tabela em anexo).

Com relação ao orçamento destinado à área de RH, 48% dos participantes responderam que o mesmo diminuiu (média de 15,9%) e 7% que aumentou (média de 14,9%). Para os próximos 12 meses, 29% pretendem diminuir (média de 13,5%) e somente 2% planejam aumentar (média de 11,7%). Na pesquisa anterior, apenas 35% pensavam em diminuir o orçamento nos 12 meses seguintes. Com as pressões por redução de custos, a grande maioria considera que a crise afetará os aumentos salariais, sendo que aproximadamente um terço acredita que os aumentos coletivos serão abaixo da inflação e 57% responderam que os aumentos coletivos devem seguir a inflação. Apesar disso, a tendência é de um cenário positivo para o Brasil, já que os orçamentos totais, que consideram dissídio, mérito e movimentações, estão acima da inflação, atualmente em 4,4%, de acordo com fontes oficiais.

Em termos do orçamento da área de Recursos Humanos, o que sua empresa planeja? Previsão de orçamento total para aumentos salariais:

Outro ponto mencionado foi a dificuldade na retenção de talentos. Cerca de 76% das entrevistadas já tomou ou pretende tomar alguma medida, em especial para key positions (posições-chave) e high potentials (empregados de alto potencial). Já quanto à oferta de mão-de-obra, metade das empresas considerou que a mesma aumentou e 19% acham que só aumentará nos próximos 12 meses. Apesar do grau de incerteza presente no mercado, aproximadamente 34% dos participantes acreditam que o clima organizacional não tenha sido afetado e 37% esperam que não seja afetado no futuro próximo. O restante se divide entre visões otimistas e pessimistas frente a esta questão.

A periodicidade para definição e/ou revisão das metas de incentivos de vendas tem se tornado mais frequente, devido ao grau de instabilidade do mercado. Já o bônus por resultado manteve, em sua maioria, a periodicidade em um ano. Ao contrário do que se especulava, em média, 50% dos colaboradores terão mantidos seus bônus e/ou participação nos resultados no mesmo nível que o ano anterior. Nos planos de ações, como Stock Options e Restricted Stocks, somente um quarto acredita numa diminuição da concessão, motivada pelo alinhamento do plano à estratégia do negócio e pela queda do valor das ações na bolsa. Destes, a grande maioria não pretende compensar essa redução com aumentos salariais ou ajustes nos incentivos de curto prazo.

Perfil da Watson Wyatt Worldwide - A Watson Wyatt (NYSE, Nasdaq: WW) é a parceira das organizações líderes do mercado global em assuntos financeiros e de capital humano. Os serviços globais da empresa incluem: gestão de custo e eficácia dos programas de benefícios aos empregados; desenvolvimento de estratégias de retenção, atração e recompensas; consultoria estratégica e financeira às seguradoras e empresas de serviços financeiros; e a provisão de tecnologia, serviços de informação e terceirização relacionados a recursos humanos. A Watson Wyatt tem mais de 7.700 associados distribuídos em 33 países. [ www.watsonwyatt.com]

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