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21/04/2007 - 08:56

Disciplina é chave para a previdência complementar

A popularização cada vez maior da previdência complementar é tida por alguns dos principais especialistas do mercado como uma realidade cada vez mais freqüente e uma tendência para o futuro. A lógica para os mais jovens é: não espere que o Estado venha suprir suas necessidades financeiras quando da aposentadoria, cuide de seus próprios negócios. E, se o Estado não estará presente, é necessário que uma poupança compulsória particular complemente o benefício esperado. Mas para que a previdência complementar cumpra suas promessas, uma qualidade é fundamental para o poupador: disciplina no pagamento.

“A disciplina dos atuais trabalhadores é condição sine qua non para que possamos assistir a um aumento expressivo na relação entre as reservas previdenciárias e o produto interno bruto, que hoje está em cerca de 18%. Nos países desenvolvidos, estas reservas correspondem a mais da metade da produção nacional”, afirma Keyton Pedreira, gerente de negócios da Kiman Solutions, economista formado pela PUC de São Paulo e com especialização em Previdência Complementar pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

Os atuais mecanismos usados pelas empresas de previdência complementar podem e devem, segundo o especialista, serem substituídos ou complementados por outros sistemas de cobrança, mais eficientes. Uma destas alternativas, por exemplo, seria o desconto direto na folha de salário, mecanismo usado hoje em dia somente nos fundos de pensão e em alguns planos previdenciários vendidos por bancos. “É uma das eficientes de cobrar e trazer disciplina aos futuros aposentados”, analisa Keyton Pedreira.

O economista cita alguns exemplos nos quais o desconto em folha poderia funcionar muito bem. As operadoras de planos de saúde, que garantem o pagamento de grande número de médicos e profissionais de saúde, poderiam fazer convênios com bancos e oferecer aos seus associados no sistema de previdência complementar com desconto automático em seus recebimentos mensais. Um outro exemplo similar, que comprova a eficiência da proposta, é o que ocorre com os caminhoneiros, que já realizam descontos no valor de seus fretes para os órgãos como Sest e Senat, e deles recebem produtos e serviços especializados. O mesmo formato poderia ser adotado para garantir um plano previdenciário para a categoria. Atualmente, há cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos, a grande maioria sem cobertura previdenciária.

Nos dois casos, o desconto em folha ajuda a garantir a arrecadação e, no futuro, o retorno ao poupador. Keyton lembra que a previdência brasileira necessita aperfeiçoar seus mecanismos de arrecadação nas áreas pública e privada, pois a quantidade de pessoas com mais de 60 anos em pouco tempo representará 35% da população. “É agora que precisamos nos preparar para atender as demandas e necessidades de cobertura previdenciária deste público. Mecanismos de desconto em folha são uma das alavancas para o crescimento da previdência no Brasil e no Mundo”, conclui o economista.

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