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22/08/2009 - 11:24

Latino-americanos mais espanhóis participam de capacitação na Lapa


Um grupo de educadores, artistas e trabalhadores sociais, provenientes da Argentina, Chile, Costa Rica, Guatemala, México e Espanha, todos interessados em multiplicar o Método Boal em seus países, participam de 24 a 28 de agosto, de uma capacitação no Centro de Teatro do Oprimido - CTO. Nas oficinas, em espanhol, ministradas pelos curingas Helen Sarapeck (coordenadora geral da instituição), Olivar Bendelak e Geo Britto, serão realizados jogos, exercícios e técnicas do arsenal do Teatro do Oprimido.

De forma a acompanhar o trabalho realizado pela equipe do CTO e entender o contexto da realidade local, na quinta-feira, dia 27/08, às 9 horas, o grupo visita o Manicômio Judiciário da Frei Caneca para assistirem a uma apresentação da peça “Anseios por liberdade”, com o GTO Liberarte, formado por detentos portadores de transtornos mentais; também na quinta-feira, dia 27/08, às 19:30h, o grupo assiste a uma apresentação pública (com entrada franca) da peça “Eu também sou mulher”, com o GTO Marias do Brasil, um grupo popular formado por mulheres trabalhadoras domésticas que há 11 anos praticam Teatro do Oprimido.

Como resultado do processo, no dia 28 de agosto, às 18h30, o grupo faz uma apresentação pública, ingressos grátis, de peças curtas de Teatro-Fórum, técnica do arsenal do Teatro do Oprimido.

Em 2008, houve uma primeira experiência com capacitação de latinos no CTO, o que objetivou a criação de uma Rede Latino Americana de Teatro do Oprimido. “Estas pessoas buscam o CTO como referência internacional na capacitação do Método, com objetivo de no retorno, multiplicarem em seus países”, afirma Flavio Sanctum, pedagogo do Centro de Teatro do Oprimido. “Fortalecendo a Rede Latino Americana de Teatro do Oprimido o CTO pretende ampliar as atuações no continente onde a metodologia nasceu e principalmente estar socializando os meios de produção cultural”, conclui.

O evento acontece um mês após o CTO ter recebido 52 representantes de 25 países dos cinco continentes para a Conferência Internacional de Teatro do Oprimido, e 15 dias após ter ministrado a disciplina Theater of the Oppressed para uma turma da New York University, que integra a grade curricular da Steinhardt School of Culture, Education and Human Devolopment.

[Glossário:GTO = Grupo de Teatro do Oprimido | Curinga = Artista com função pedagógica; especialista e facilitador do método].

. [ As apresentações públicas acontecem no Centro de Teatro do Oprimido, que fica na Av. Mem de Sá 31, na Lapa, Rio de Janeiro,telefone (21) 2232-5826). O local tem capacidade para 150 pessoas, com acesso facilitado para portadores de deficiência. A classificação é livre e o ingresso é grátis.

Perfil: O Centro de Teatro do Oprimido - CTO surgiu em 1986, com direção artística de Augusto Boal. O CTO é um centro de pesquisa e difusão, que desenvolve metodologia específica do Teatro do Oprimido em laboratórios e seminários, ambos de caráter permanente, para revisão, experimentação, análise e sistematização de exercícios, jogos e técnicas teatrais. Nos laboratórios e seminários são elaborados e produzidos projetos sócio-culturais, espetáculos teatrais e produtos artísticos, tendo como alicerce a Estética do Oprimido. A filosofia e as ações desta instituição visam à democratização dos meios de produção cultural, como forma de expansão intelectual de seus participantes, além da propagação do Teatro do Oprimido como meio, da ativação e do democrático fortalecimento da cidadania. O CTO implementa projetos que estimulam a participação ativa e protagônica das camadas oprimidas da sociedade, e visam à transformação da realidade a partir do diálogo e através de meios estéticos. Dessa forma o CTO desenvolve projetos na área da educação, saúde mental, sistema prisional, pontos de cultura, movimentos sociais, comunidades, entre outros. Por conta de sua natureza humanística e do potencial do Teatro do Oprimido, está atuante em todo o Brasil e em países como Moçambique, Guiné Bissau, Angola e Senegal. | Por: Flávio Sanctum & Ney Motta

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